Beato Bartolomeu Fanti
Comum dos Pastores ou dos Santos Homens (para religiosos), exceto:
Nasceu em Mântua (Itália), desconhecendo-se o ano do seu nascimento. Em 1452 já era sacerdote carmelita da Congregação Mantuana. Foi durante 35 anos, na Igreja carmelita da sua cidade, diretor espiritual e reitor da Confraria da B. Virgem Maria, para a qual escreveu a Regra e os Estatutos. Distinguiu-se pelo seu amor à Eucaristia. Morreu em 1495. O seu culto foi confirmado por S. Pio X a 18 de março de 1909.
Oração: Deus, nosso Pai, fizestes do Beato Bartolomeu Fanti um apóstolo do culto à Divina Eucaristia e da devoção à Santíssima Virgem Maria, concedei-nos, a nós também, a mesma riqueza espiritual, que ele encontrou mediante a prática destas devoções. Por NSJC
Quarta-feira da 1ª semana do Advento
Evangelho (Mt 15,29-37): Partindo dali, Jesus foi para as margens do
mar da Galileia, subiu a montanha e sentou-se. Grandes multidões iam até ele,
levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Eles
os trouxeram aos pés de Jesus, e ele os curou. A multidão ficou admirada,
quando viu mudos falando, aleijados sendo curados, coxos andando e cegos
enxergando. E glorificaram o Deus de Israel. Jesus chamou seus discípulos e disse: «Sinto
compaixão dessa multidão. Já faz três dias que estão comigo, e não têm nada
para comer. Não quero mandá-los embora sem comer, para que não desfalecem pelo
caminho». Os discípulos disseram: «De onde vamos conseguir, num lugar deserto,
tantos pães que possamos saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou: «Quantos
pães tendes?» Eles responderam: «Sete, e alguns peixinhos». Jesus mandou que a
multidão se sentasse pelo chão. Depois tomou os sete pães e os peixes, deu
graças, partiu-os e os deu aos discípulos, e os discípulos os distribuíram às
multidões. Todos comeram e ficaram saciados; e encheram sete cestos com os
pedaços que sobraram.
Comentário: Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)
Quantos pães
tendes? Eles responderam: Sete, e alguns peixinhos
Hoje, contemplamos no Evangelho a
multiplicação dos pães e peixes. Muitas pessoas —comenta o evangelista Mateus —
«iam até ele» (Mt 15,30) ao Senhor. Homens e mulheres que necessitam de Cristo,
cegos, coxos e doentes de todo tipo, assim como outros que os acompanhavam.
Todos nós também temos necessidade de Cristo, de sua ternura, do seu perdão, da
sua luz, da sua misericórdia... Nele acha-se a plenitude do humano.
O Evangelho de hoje nos ajuda a
dar-nos conta, também, da necessidade de homens que conduzam outros a Jesus
Cristo. Os que levam os doentes a Jesus para que os cure são imagem de todos
aqueles que sabem que o maior ato de caridade para com o próximo é aproximá-lo
a Cristo, fonte de toda a Vida. A vida de fé exige, portanto, a santidade e o
apostolado.
São Paulo exorta a ter os mesmos
sentimentos de Cristo Jesus (cf. Fl 2,5). Nosso relato mostra como é o coração:
«Sinto compaixão dessa multidão» (Mt 15,32). Não pode deixá-los porque estão
famintos e fatigados. Cristo busca o homem em toda a necessidade e faz-se
encontrado. Que bom é o Senhor conosco!; e que importantes somos as pessoas
diante dos seus olhos! Só em pensá-lo dilata-se o coração humano cheio de
agradecimento, admiração e desejo sincero de conversão.
Esse Deus feito homem, que tudo
pode, e que nos ama apaixonadamente e a quem necessitamos em tudo e para tudo
—«sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5)— precisa, paradoxalmente, também de
nós: esse é o significado dos sete pães e os poucos peixes que usará para
alimentar a multidão do povo. Se nos déssemos conta de como Jesus se apoia em
nós, e do valor que tem tudo o que fazemos para Ele, por pequeno que seja, nos
esforçaríamos mais e mais para Lhe corresponder com todo o nosso ser.
REFLEXÕES DE
FREI CARLOS MESTERS, O.CARM
Reflexão
O evangelho de cada dia é como o sol que se levanta. Sempre o mesmo sol,
todos os dias, a alegrar a vida e a fertilizar as plantas. O maior perigo é a
rotina. A rotina mata o evangelho, e apaga o sol da vida.
* São sempre os mesmos elementos que compõem o quadro do evangelho: Jesus,
a montanha, o mar, a multidão, os doentes, os necessitados, os problemas da
vida. Apesar de já bem conhecidos, como o sol de cada dia, estes mesmos
elementos sempre trazem uma nova mensagem.
* Como Moisés, Jesus sobe a montanha e o povo reúne ao redor. Eles trazem
consigo seus problemas: os doentes, os coxos, aleijados, cegos, mudos,
tantos... Não são os grandes, mas os pequenos. Eles são o começo do novo povo
de Deus que se reúne ao redor do novo Moisés. Jesus cura a todos.
* Jesus chama os discípulos. Ele
sente compaixão do povo que não têm o que comer. Para os discípulos, a solução
deve vir de fora: “Onde conseguir pão para tanta gente?” Para Jesus, a solução
deve vir de dentro do povo: “Quantos pães vocês têm?” –“Sete e uns peixinhos”.
Com este pouco Jesus matou a fome de todos, e ainda sobrou. Se houvesse
partilha hoje, não haveria fome no mundo. Sobrava, e muito! Realmente, um outro
mundo é possível!
* A narração da multiplicação dos
pães evoca a Eucaristia e dela revela o valor, ao dizer: “Jesus tomou o pão em
suas mãos, deu graças, o partiu e deu aos seus discípulos”.
Para um confronto pessoal
1. Jesus teve compaixão. Existe compaixão em mim pelos problemas da humanidade?
Faço algo?
2. Os discípulos esperam a solução de fora. Jesus desperta para a solução
de dentro. E eu?
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