MEDITAÇÕES PASCAIS - 15ª
Meditação
Cristo ressuscitado, companheiro consolador
“Ora, enquanto conversavam e discutiam
entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles” (Lc 24,
15).
Vejam que os discípulos de Emaús caminham
em direção ao seu povoado, e durante a viagem eles conversam e discutem: sobre
qual assunto? Sobre a vaidade do mundo? Não. Sobre os prazeres passageiros da
terra? Não. Falam sobre o que aconteceu
com o Amado Jesus.
Eles confiaram em Jesus e agora estão
tristes porque o Senhor morrera crucificado.
Também nós caminhamos, não para um povoado,
e sim, para a Pátria Eterna; e durante essa caminhada, que pode durar anos,
devemos usar bem o tempo, isto é, nos entreter com as coisas do alto,
principalmente quando “nuvens negras” nos ameaçarem.
Eles estavam tristes, mas não revoltados;
estavam cercados por uma “nuvem negra”, mas eis que a Luz Eterna se coloca
entre os mesmos para dissipar tal nuvem... e eles aceitaram a presença da Luz.
Às vezes, durante essa caminhada rumo à
eternidade, sentimo-nos sozinhos, confusos, corremos o risco de perder o
verdadeiro sentido e de entrarmos por desvios perigosos. Diante dessas
dificuldades, abramos o nosso coração para a Luz Eterna... o nosso caminho será
iluminado e não teremos mais dúvida.
Felizes dos discípulos de Emaús que
aceitaram a presença de Jesus Cristo; tudo estava “escuro” e logo a “escuridão”
desapareceu e surgiu a claridade.
Aceite você também a doce presença de
Cristo em sua vida. Como é agradável e seguro caminhar com Ele; caminhamos em
plena claridade mesmo quando a escuridão nos ameaça.
Eles discutiam pelo caminho e a discussão
cessou quando a Verdade chegou e se pôs a caminhar com eles.
Caminhemos também sempre unidos a Cristo
Jesus... abramos o nosso coração somente para Ele e não vacilaremos pelo
caminho.
Se aceitarmos a Sua doce presença seremos
atacados pelos inimigos, mas Ele nos sustentará e não deixará que a “nuvem
negra” das provações nos sufoquem.
Dialoguemos com Cristo Jesus, sejamos
dóceis aos seus sábios conselhos, abramos os ouvidos e o coração para Nosso
Senhor e caminharemos seguros e sem dúvida.
Vem Senhor, aproxime-se de nós, caminhe
conosco, somos pobres cegos e sem a vossa doce presença cairemos em perigosos
abismos.
Jesus Querido, amigo fiel, não nos abandone
nessa caminhada rumo à Eternidade Feliz. Ó Senhor, como é suave a vossa
presença, como é doce a vossa amizade, somente em Ti encontramos a verdadeira
segurança.
Comentário ao Evangelho do dia (Jo 6, 52-59) feito por Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionários da Caridade - Jesus, a Palavra, cap. 6
«Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele»
Com que ternura nos fala Jesus quando Se oferece aos Seus na Sagrada Comunhão: «A Minha carne é uma verdadeira comida e o Meu sangue uma verdadeira bebida. Quem realmente come a Minha carne e bebe o Meu sangue fica a morar em Mim e Eu nele». Que mais poderia dar-me o meu Jesus que o Seu corpo em alimento? Não, Deus não poderia ter feito mais, nem revelar-me maior amor.
A Sagrada Comunhão, como a própria palavra o diz, é a união íntima de Jesus com a nossa alma e o nosso corpo. Se queremos ter a vida e possuí-la de maneira mais abundante, temos de viver do corpo de Nosso Senhor. Efetivamente, os santos compreenderam-no tão bem que passavam horas em preparação e mais ainda em ação de graças. Quem poderá explicá-lo? «Oh, que profundidade de riqueza, de sabedoria e de ciência é a de Deus! Como são insondáveis as Suas decisões, exclama Paulo, e impenetráveis os Seus caminhos! Quem conheceu o pensamento do Senhor? (Rm 11,33-34).
Quando acolheis Cristo no vosso coração após a fração do Pão Vivo, lembrai-vos do que Nossa Senhora terá sentido enquanto o Santo Espírito a envolvia na Sua sombra, e que Ela, que era cheia de graça, recebeu o corpo de Cristo (Lc 1,26ss). O Espírito era tão forte nela que de imediato «levantou-se à pressa» (v. 39) para ir servir.
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