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sexta-feira, 20 de abril de 2012


MEDITAÇÕES PASCAIS - 9ª Meditação
Cristo ressuscitado, felicidade infinita
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
     Ainda sobre o trecho de Mt 28, 9: “E eis que Jesus veio ao seu encontro e lhes disse: ‘Alegrai-vos”.
     Cristo Jesus exige que estejamos felizes, porque aquele que ressuscitou com Ele não vive mais nas trevas do pecado, mas sim, com o pensamento no céu: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra” (Cl 3, 1-2).
     Se o Senhor ressuscitou não temos motivo para vivermos mergulhados na tristeza. Devemos estar sempre felizes... nos alegrar com a vida mesmo quando houver escuridão sobre a nossa cabeça, como nuvens ameaçadoras.
  Diante das dificuldades não devemos nos desanimar, mas sim, contemplarmos o Senhor ressuscitado e nos alegrarmos nas tribulações.
     Se ressuscitamos com Cristo devemos nos alegrar, porque a graça santificante  brilha na nossa alma mais que o sol, e não temos que carregar o monstro do pecado.
     O nosso interior deverá estar sempre feliz, porque o nosso coração não é mais um túmulo úmido e escuro, mas agora é um jardim perfumado onde o Senhor ressuscitado passeia.
     Se viramos as costas para o túmulo chamado mundo e se vivemos mergulhados na luz de Cristo ressuscitado não temos motivos para nos entristecer; mas sim, para nos alegrar continuamente.
     Ó Jesus ressuscitado, vinde sempre ao nosso encontro para defender a nossa alma dos ataques de inúmeras e insistentes tentações e encher a mesma da verdadeira alegria.
     Amor Eterno, sentimos imensa necessidade da alegria que brota do Vosso Coração, porque sabemos que a mesma é pura e verdadeira.
     Doce Senhor, queremos viver sempre unidos a Ti, coração a Coração... esse pobre coração estará sempre alegre porque receberá continuamente do Seu grande Coração a verdadeira alegria.
     Jesus Querido, só a Vossa alegria nos basta... ela enche o nosso coração e o satisfaz; nada queremos com a falsa alegria oferecida pelas criaturas.
     Os mundanos não possuem a verdadeira alegria porque ainda estão no túmulo envoltos no pano dos vícios. A escuridão do ambiente onde vivem não permite que saiam dos vícios; os mesmos estão cegos e a pedra do pecado os impede de saírem do túmulo.
     Senhor ressuscitado, quanto mais mergulhamos em sua luz tanto mais sentimos nojo das criaturas, pois são falsas e não mais Vos temem.

Comentário ao Evangelho feito por Basílio da Selêucida (? - c. 468), bispo
Sermão para a ressurreição

«Vimos o Senhor»

     Escondidos numa casa, os apóstolos vêem Cristo; Ele entra com todas as portas fechadas. Mas Tomé, então ausente [...], fecha os ouvidos e quer abrir os olhos. [...] Ele deixa explodir a sua descrença, esperando que o seu desejo seja atendido. «As minhas dúvidas só desaparecerão quando O vir, diz ele. Meterei o meu dedo nas marcas dos pregos, e ouvirei esse Senhor que tanto desejo. Não me importo que me acuse de falta de fé, desde que me encha com a Sua visão. Agora sou incrédulo, mas assim que O vir, acreditarei. Acreditarei quando O apertar em meus braços e O contemplar. Quero ver essas mãos perfuradas, que curaram as malfeitoras mãos de Adão. Quero ver esse lado, que derrubou a morte do lado do homem. Quero ser eu próprio testemunha do Senhor e o testemunho doutro não me basta. As vossas histórias exasperam a minha impaciência. A feliz notícia que trazeis só aviva a minha dúvida. Não me curarei deste mal, a não ser que toque o remédio das Suas mãos.»

      O Senhor reapareceu e dissipou ao mesmo tempo a tristeza e a dúvida do Seu discípulo. Que digo? Ele não lhe dissipa a dúvida, ele preenche-lhe as expectativas. Ele entra com todas as portas fechadas.

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