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sexta-feira, 13 de abril de 2012

MEDITAÇÕES PASCAIS - 4ª Meditação

  Cristo ressuscitado, formosura infinita
 
     “Ela lhes diz: ‘Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram!” (Jo 20, 13).
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
     Quando uma pessoa encontra a adorável face de Jesus Cristo, não suporta mais viver longe desse amor eterno.
     Santa Maria Madalena pertence a esse grupo de pessoas apaixonadas por Nosso Senhor; não com aquela devoção melosa e superficial que acaba diante de uma provação; mas o seu amor por Nosso Senhor era verdadeiro, a ponto de chamá-Lo de “meu Senhor”.
    Só possui força para chamar Cristo de “meu Senhor”, quem vive mergulhado em Seu Amor, que anda em perfeita união com Ele e já pisou as vaidades e máximas do mundo.
     A alma apaixonada chama Cristo Jesus de “meu Senhor” porque não aceita outro senhor. Jesus é tudo para ela, Ele a satisfaz plenamente: “Entre dentro de si e trabalhe na presença do Esposo, que está sempre presente e lhe quer bem” (São João da Cruz, Ditos de Luz e Amor, 88).
     Santa Maria Madalena é uma alma grata. Sabia o bem que o Senhor lhe havia feito, expulsando de sua alma muitos demônios e também perdoando todos os seus pecados. O seu coração se escancarou para a graça, e a mesma deixou o amor de Cristo encher a sua alma imortal; por isso, O chama de “meu Senhor”.
     Querido Jesus, “meu Senhor”, queremos estar sempre mergulhados em Ti, oceano infinito! Nada queremos com o mundo e muito menos com as falsas criaturas. Para Te chamar de “meu Senhor”, é preciso que sejamos fiéis a Ti; aquele que possui outros senhores no coração não poderá dizer que Tu és o seu Senhor.
     Querido Senhor, quem possui um coração apegado ao mundo, além de não Te possuir é um adúltero. Ele possui uma alma feia, porque o mundo é uma fumaça negra que tira o brilho e a beleza da alma: “Todo o ser das criaturas comparado ao ser infinito de Deus nada é… Esta alma tão apegada às criaturas não poderá de forma alguma unir-se ao ser infinito de Deus, porque não pode existir conveniência entre o que é e o que não é… A alma, presa pelos encantos de qualquer criatura, é sumamente feia diante de Deus, e não pode de forma alguma transformar-se na verdadeira beleza que é Deus, pois a fealdade é de todo incompatível com a beleza” (São João da Cruz, Subida do Monte Carmelo, Livro I, Cap. IV, 4).
     Doce Amigo, ajude-nos a correr sempre ao Vosso encontro e que nada desse mundo atrapalhe a nossa união.
     Tu és a verdadeira felicidade... não existe motivo para Te abandonar; se isso acontecesse, somente nós seríamos prejudicados: “Perdido Deus, tudo está perdido” (Santo Afonso Maria de Ligório).

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