M E D I T A Ç Õ E S
Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo VIII
A quem buscais?
Tendo, pois, Judas recebido
a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a
este lugar com lanternas, tochas e armas.
Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir,
adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu.
Ora, Judas, o traidor, estava também com eles.
Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra (João
18.3-6).
A humilhação de Jesus começou com sua
concepção na virgem Maria. O santo Filho de Deus aceitou ser concebido e nascer
da virgem da Maria que, mesmo sendo muito temente a Deus, era de natureza
pecadora como todos nós. Que humilhação para o santo, unigênito Filho de Deus,
nascer duma criatura corrompida pelo pecado, como todos nós. Esta humilhação
aumentou gradativamente até sua morte na cruz e sepultamento. Ele se esvaziou, assumindo a forma de servo,
tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana
(Filipenses 2.7). Agora, sabendo tudo o que lhe iria acontecer, levantou-se
do seu lugar de oração e se entregou voluntariamente às mãos de seus inimigos.
Para isso disse a seus discípulos: Levantai-vos,
vamos! Eis que o traidor se aproxima (Mateus 26.46).
Jesus dirigiu-se à entrada do jardim, onde
estavam os outros discípulos. Ele foi para se enfrentar aos inimigos e proteger
seus discípulos. Os dois grupos se encontram. O pequeno grupo, com Jesus à
frente; e o grupo maior, com Judas à frente. O nome Judas significa: objeto de
louvor. Para isso Deus o havia criado, bem como toda a humanidade. Para isso
Jesus tinha escolhido Judas para ser apóstolo. Mas eis que Satanás, que seduziu
a humanidade e também a Judas, os reduziu a um objeto de horror. Atrás de Judas
uma grande turba (Mateus 26.47), os principais sacerdotes, os anciãos do povo,
guardas do templo e um capitão com alguns soldados. Na ponta desta turba estava
Judas. E todos eles dirigidos por Satanás.
O quadro não se alterou em nossos dias. A
igreja é um grupo pequeno, indefeso. Mas Jesus lhes diz: Não temais, ó pequenino rebanho (Lc 12.32). O grupo dos inimigos de
Cristo é grande, mesmo assim, temem a igreja e a combate com violência.
Jesus vai ao encontro deles. Se o primeiro
Adão, quando Deus o chamou se escondeu, o segundo Adão, Jesus, voluntariamente
se apresenta para a luta e o sofrimento. Jesus perguntou: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. A resposta
visava humilhar Jesus e ao mesmo tempo acalmar suas próprias consciências,
dizendo para si mesmos: Jesus é somente um homem, o homem de Nazaré, nada mais.
Jesus respondeu: Sou eu! Quando Jesus
lhes disse: Sou eu! Recuaram
apavorados e caíram para trás. Não esperavam encontrar Jesus de maneira tão
fácil e que ele se apresentasse voluntariamente. Por outro, foi mais uma
demonstração do poder de Jesus. Mas Jesus ainda não os derrubou em definitivo.
Era somente uma séria advertência. Jesus ainda não veio para julgar, mas para
salvar (Jo 3.17), para tanto lhes revelou um pouco de seu poder, para
induzi-los ao arrependimento, permitindo que se levantassem novamente. Mas
chegará a hora em que os inimigos de Cristo cairão para não mais se levantarem,
para serem julgados e condenados ao fogo eterno. Isto será no dia do juízo
final.
A quem buscais? O que nós estamos
buscando? Buscamos sinceramente a Cristo ou as coisas do mundo. A quem buscais?
Nós queremos responder esta pergunta em humilde arrependimento e apego a
Cristo: Buscamos a Jesus, o Nazareno! Nosso querido Salvador.
A confissão é um ato de grande
amor
Beata Teresa de Calcutá
A confissão é um ato magnífico,
um ato de grande amor. Só aí podemos entregar-nos enquanto pecadores,
portadores de pecado, e só da confissão podemos sair como pecadores perdoados,
sem pecado.
A confissão nunca é mais do que
humildade em ação. Dantes chamávamos-lhe penitência mas trata-se na verdade de
um sacramento de amor, do sacramento do perdão. Quando se abre uma brecha entre
mim e Cristo, quando o meu amor faz uma fissura, qualquer coisa pode vir
preencher essa falha. A confissão é esse momento em que eu permito a Cristo
suprimir de mim tudo o que divide, tudo o que destrói. A realidade dos meus
pecados deve vir primeiro. Quase todos nós corremos o perigo de nos esquecermos
de que somos pecadores e de que nos devemos apresentar à confissão como tais.
Devemos dirigir-nos a Deus para Lhe dizer quão pesarosos estamos de tudo o que
possamos ter feito que O tenha magoado.
O confessionário não é um local
para conversas banais ou para tagarelices. Aí preside um único tema – os meus
pecados, o meu arrependimento, como vencer as minhas tentações, como praticar a
virtude, como crescer no amor a Deus.
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