Sto.
Óscar Arnulfo Romero, bispo e mártir
Sta. Catarina
da Suécia, virgem.
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA - Com humildade e
respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste
mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos
animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as
honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª
Leitura (2Re 5,1-15): Naqueles dias, Naamã, general dos exércitos do rei
da Síria, era tido em grande consideração e estima pelo seu soberano, porque,
por seu intermédio, o Senhor tinha dado a vitória à Síria. Mas este homem,
valente guerreiro, estava leproso. Ora, numa incursão, os sírios tinham levado
uma menina da terra de Israel, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Ela
disse à sua senhora: «Se o meu senhor fosse ter com o profeta que vive na
Samaria, ele decerto o livraria da lepra». Naamã foi contar ao soberano o que dissera
a jovem da terra de Israel. O rei da Síria respondeu-lhe: «Vai, que eu
escreverei uma carta ao rei de Israel». Naamã pôs-se a caminho, levando consigo
dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupa; e entregou
ao rei de Israel a carta, que dizia: «Logo que esta carta te chegar às mãos,
ficarás a saber que te envio o meu servo Naamã, para que o livres da sua
lepra». Depois de ter lido a carta, o rei de Israel rasgou as vestes,
exclamando: «Serei eu um deus que possa dar a morte e a vida, para este me
mandar dizer que livre um homem da sua lepra? Reparai e vede como ele procura
um pretexto contra mim». Quando Eliseu, o homem de Deus, soube que o rei de
Israel tinha rasgado as vestes, mandou-lhe dizer: «Por que motivo rasgaste as
tuas vestes? Esse homem venha ter comigo e saberá que existe um profeta em
Israel». Naamã seguiu com os seus cavalos e o seu carro e parou à porta de
Eliseu. Eliseu mandou-lhe dizer por um mensageiro: «Vai banhar-te sete vezes no
Jordão e o teu corpo ficará limpo». Naamã irritou-se e decidiu ir-se embora,
dizendo: «Eu pensava que ele mesmo viria ao meu encontro, invocaria o nome do
Senhor, seu Deus, colocaria a mão sobre a parte doente e me livraria da lepra.
Não valem os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, mais do que todas as águas de
Israel? Não poderia eu banhar-me neles para ficar limpo?» Deu meia volta e
partiu indignado. Mas os servos aproximaram-se dele e disseram: «Meu pai, se o
profeta te tivesse mandado uma coisa difícil, não a terias feito? Quanto mais,
se ele te diz apenas: ‘Vai banhar-te e ficarás limpo’?» Naamã desceu e
mergulhou sete vezes no Jordão, como lhe ordenara o homem de Deus. A sua carne
tornou-se como a de uma criança e ficou limpo. Voltou de novo, com todo o seu
séquito, à casa do homem de Deus, entrou e apresentou-se, dizendo: «Agora sei
que não há Deus em toda a terra, senão em Israel».
Salmo
Responsorial: 41
R. A minha alma tem sede do
Deus vivo: quando verei a face do Senhor?
Como suspira o veado pelas
correntes das águas, assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do
Deus vivo: quando irei contemplar a face de Deus?
Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.
E eu irei ao altar de Deus, a
Deus que é a minha alegria. Ao som da cítara Vos louvarei, Senhor, meu Deus.
Eu confio no Senhor, confio na
sua palavra, porque no Senhor está a misericórdia e a redenção.
Evangelho
(Lc 4,24-30): E acrescentou: «Em verdade, vos digo que nenhum profeta é
bem recebido na sua própria terra. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo
do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande
fome atingiu toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a
nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na
Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas
nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio». Ao ouvirem estas palavras, na
sinagoga, todos ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade.
Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a
intenção de empurrá-lo para o precipício. Jesus, porém, passando pelo meio
deles, continuou o seu caminho.
«Nenhum profeta é bem recebido
na sua própria terra»
Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN
IVE (Cobourg, Ontario, Canadá)
Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz
«que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar
este provérbio, está se apresentando como profeta.
“Profeta” é o que fala em nome de
outro, o que leva a mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram
homens enviados por Deus para anunciar, já com palavras, já com signos, a
presença de Deus, a vinda do Messias, a mensagem de salvação, de paz e de
esperança.
Jesus é o Profeta por excelência,
o Salvador esperado; Nele todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como
sucedeu nos tempos de Elias E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus,
pois são estes quem cheios de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).
Cada um de nós, por motivo de seu
batismo, também está chamado a ser profeta. Por isso:
1º.
Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o Papa Francisco, temos que
escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que toque nossa própria vida,
que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois se não dedicamos um tempo
para orar com essa Palavra, então se seremos um “falso profeta”, um
“contraventor” ou um “charlatão vazio”.
2º
Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos pedem que sejamos
imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que vivamos o desejo
profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os braços». É
indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus Cristo nos
salvou, de que seu amor é para sempre.
3º
Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim como Jesus
experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai estar
presente no horizonte de nossa vida cotidiana.
Que Maria, Rainha dos profetas,
nos guie em nosso caminho.
«Em verdade, vos digo que
nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»
Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre (La
Garriga, Barcelona, Espanha)
Hoje escutamos do Senhor que
«nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na
boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião—
justificação e desculpa para não nos complicar a vida. Jesus Cristo só quer
advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e que frequentemente,
entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.
A afirmação de Jesus é o
preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e assim, abrir os
seus olhos à evidência de que pelo simples feito de serem membros do “Povo
escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura, purificação (isso o
confirmará com os dados da história da salvação).
Mas, dizia que a afirmação de
Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva frequência, motivo de desculpa
para não “comprometer-nos evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é
uma daquelas frases que todos aprendemos de memória e, que efeito faz!
Parece como gravada na nossa
consciência de maneira particular e quando no escritório, no trabalho, com a
família, no círculo de amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar
decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para
trás como dizendo-nos: —Não vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem
recebido na sua terra! Temos a desculpa prefeita, a melhor das justificações
para não ter que dar testemunho, para não apoiar a aquele companheiro que é vítima
da gestão da empresa, ou ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal
conhecido.
São Paulo dirigiu-se em primeiro
lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três
meses, falava com toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca
do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria
dizer-nos?
Pensamentos para o Evangelho de
hoje
«Uma vez que o Senhor é bom é-o
ainda muito melhor para com os que lhe são fiéis, abracemo-nos a Ele, estejamos
ao seu lado com toda a nossa alma, com todo o coração» (Santo Ambrósio)
«Um menino, um estábulo! Portanto
as coisas simples, a humildade de Deus: é este o estilo divino, nunca o
espetáculo. Far-nos-á bem, nesta Quaresma, pensar na nossa vida e ver como o
Senhor nos fez seguir em frente, verificaremos que sempre o fez com coisas
simples» (Francisco)
«Jesus Cristo é Aquele que o Pai
ungiu com o Espírito Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo
de Deus participa destas três funções de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica,
nº 783)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm
* O evangelho de hoje (Lc
4,24-30) faz parte de um conjunto mais amplo (Lc 4,14-32). Jesus tinha
apresentado o seu programa na sinagoga de Nazaré por meio de um texto de Isaías
que falava dos pobres, presos, cegos e oprimidos (Is 61,1-2) e que refletia a
situação do povo da Galileia no tempo de Jesus. Em nome de Deus, Jesus tomou
posição e definiu sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a
libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, restituir a liberdade
aos oprimidos. Terminada a leitura, ele atualizou o texto e disse: “Hoje se
cumpriu esta escritura nos ouvidos de vocês!” (Lc 4,21).. Todos os presentes
ficaram admirados (Lc 4,16-22ª). Mas logo em seguida, houve uma reação de
descrédito. O povo na sinagoga ficou escandalizado e já não queria saber de Jesus.
Dizia: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22b) Por que ficaram escandalizados?
Qual o motivo daquela reação tão inesperada?
* É que Jesus citou o texto de
Isaías só até onde diz: "proclamar um ano de graça da parte do
Senhor", e cortou o final da frase que dizia: “e proclamar um dia de
vingança do nosso Deus” (Is 61,2). O povo de Nazaré ficou bravo porque
Jesus omitiu a frase sobre a vingança. Eles queriam que a Boa Nova da
libertação dos oprimidos fosse uma ação de vingança da parte de Deus contra os
opressores. Neste caso, a vinda do Reino seria apenas uma virada da mesa e não
uma mudança ou conversão do sistema. Jesus não aceita este modo de pensar. A
sua experiência de Deus como Pai ajudou-o a entender melhor o sentido das
profecias. Descartou a vingança. O povo de Nazaré não aceitou esta proposta e
começou a diminuir a autoridade de Jesus: “Não é este o filho de José?”
* Lucas 4,24: Nenhum profeta é
bem aceito em sua pátria. O povo de Nazaré ficou com ciúme de Jesus por ele
não ter feito nenhum milagre em Nazaré como tinha feito em Cafarnaum. Jesus
responde: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria!” No fundo, eles não
aceitavam a nova imagem de Deus que Jesus lhes comunicava através desta nova
interpretação mais livre de Isaías. A mensagem do Deus de Jesus ultrapassava os
limites da raça dos judeus e se abria para acolher os excluídos e toda a
humanidade.
* Lucas 4,25-27: Duas
histórias do Antigo Testamento. Para
ajudar a comunidade a superar o escândalo e entender o universalismo de Deus,
Jesus usou duas histórias bem conhecidas do AT: uma de Elias e outra de Eliseu.
Por meio destas histórias ele criticava o fechamento do povo de Nazaré. Elias
foi enviado para a viúva estrangeira de Sarepta (1 Rs 17,7-16). Eliseu foi
enviado para atender ao estrangeiro da Síria (2 Rs 5,14).
* Lucas 4,28-30: Queriam
matá-lo, mas ele prosseguia o seu caminho. A apelo de Jesus não adiantou.
Ao contrário! O uso destas duas passagens da Bíblia provocou mais raiva ainda.
A comunidade de Nazaré chegou ao ponto de querer matar Jesus. E assim, quando
apresentou o seu projeto de acolher os excluídos, Jesus mesmo foi excluído! Mas
ele manteve a calma. A raiva dos outros não conseguiu desviá-lo do seu caminho.
Lucas mostra assim como é difícil superar a mentalidade do privilégio e do
fechamento. Mostrava ainda que a polêmica abertura para os pagãos já vinha
desde Jesus. Jesus teve as mesmas dificuldades que as comunidades estavam tendo
no tempo de Lucas.
Para um confronto pessoal
1. Será que o programa de
Jesus está sendo o meu programa, o nosso programa? Minha atitude é a de Jesus
ou do povo de Nazaré?
2. Quais os excluídos que
deveríamos acolher melhor na nossa comunidade?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível,
e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca
se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA
DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de
nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono
de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas
as suas possessões.
ORAÇÃO:
Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o
bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós
vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos
na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na
unidade do Espírito Santo. Amém.
LEMBRAI-VOS
Lembrai-vos ó puríssimo Esposo
de Maria Virgem, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado a vossa
proteção, implorado vosso socorro, não fosse por vós consolado e atendido. Com
esta confiança venho à vossa presença e a vós fervorosamente me recomendo. Não
desprezeis a minha súplica ó Pai virginal do Redentor, mas dignai-vos acolhê-la
piedosamente. Amém.
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