Sto
Avertano de Luca e Bto Romeu, religiosos de nossa Ordem
São
Casimiro, leigo
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA - Com humildade e
respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste
mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos
animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as
honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª
Leitura (Si 35,1-12): Cumprir a lei equivale a muitas oferendas, ser
fiel aos mandamentos é um sacrifício de salvação. Dar graças é uma oblação de
flor de farinha e a esmola é um sacrifício de louvor. O que mais agrada ao
Senhor é desviar-se do mal, afastar-se da injustiça é um sacrifício de
expiação. Não te apresentes diante do Senhor de mãos vazias, todos estes
sacrifícios se oferecem porque são mandados por Deus. A oferenda do justo
enriquece o altar e o seu agradável perfume sobe à presença do Altíssimo. O
sacrifício do justo é agradável ao Senhor e o seu memorial não será esquecido.
Dá glória ao Senhor com generosidade e não sejas mesquinho nas primícias que
ofereces. Em todas as tuas oferendas mostra um rosto alegre e consagra o dízimo
de boa vontade. Dá ao Altíssimo conforme Ele te deu, com generosidade, segundo
as tuas posses. Porque o Senhor sabe retribuir e te dará sete vezes mais. Não
tentes suborná-lo com presentes, porque não os aceitará. Nem confies num
sacrifício injusto, porque o Senhor é juiz e não faz acepção de pessoas.
Salmo
Responsorial: 49
R. A quem segue o caminho reto
darei a salvação de Deus.
Reuni os meus fiéis, que selaram
a minha aliança com um sacrifício. – Os céus proclamam a sua justiça: o próprio
Deus vem julgar.
Ouve, meu povo, que Eu vou falar,
contra ti vou testemunhar: Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo, os teus
holocaustos estão sempre na minha presença.
Oferece a Deus sacrifícios de
louvor e cumpre os votos feitos ao Altíssimo. Honra-Me quem Me oferece um
sacrifício de louvor, a quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus.
Aleluia. Bendito sejais, ó
Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do
reino. Aleluia.
Evangelho
(Mc 10,28-31): Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te
seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho,
recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães,
filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos,
porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão
primeiros».
«Todo aquele que deixa casa,
por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida
,e, no mundo futuro, vida eterna»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje, como aquele amo que ia
todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor
procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta
fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus
discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa,
irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc
10,29).
Não há contrapartida? Não haverá
recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda
ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer:
que ganharemos com tudo isto?
A promessa do Senhor é generosa:
«recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida
eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta:
«com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se
o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as
perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as
soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e
responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus
Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.
Estamos sempre a tempo para
revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o
tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os
discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa
resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos)
há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar
tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo
e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é
urgente, não achas?
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«‘Bem, eu vos garanto que não há
ninguém...’. Isso não significa que abandonemos aos nossos pais, deixando-os
sem ajuda, ou que nos separemos das nossas esposas, mas antes que prefiramos a
honra de Deus a tudo o que é perecível» (Santa Beda, o Venerável)
«Não há dúvida de que as formas
concretas de seguir a Cristo estão graduadas por Ele próprio segundo as
condições, as possibilidades, as missões, os carismas das pessoas e dos grupos»
(São João Paulo II)
«Porque são membros do Corpo cuja
cabeça é Cristo (cf. Ef 1,22), os cristãos contribuem, pela constância das suas
convicções e dos seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja cresce,
aumenta e desenvolve-se pela santidade dos seus fiéis, ‘até ao estado do homem
perfeito, à medida da estatura de Cristo na sua plenitude’ (Ef 4, 13)»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 2.045)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* No evangelho de ontem, Jesus
falava da conversão que deve ocorrer no relacionamento dos discípulos com os
bens materiais: desapegar-se das coisas, vender tudo, dar para os pobres e
seguir Jesus. Ou seja, como Jesus, devem viver na total gratuidade, entregando
sua vida na mão de Deus e servindo aos irmãos e irmãs (Mc 10,17-27). No
evangelho de hoje Jesus explica melhor como deve ser esta vida de gratuidade e
de serviço dos que abandonam tudo por causa dele, Jesus, e do Evangelho (Mc
10,28-31).
* Marcos 10,28-31: Cem vezes mais desde agora,
mas com perseguições. Pedro observa: "Eis que nós deixamos tudo e te
seguimos". É como se dissesse: “Fizemos o que o senhor pediu ao jovem
rico. Deixamos tudo e te seguimos. Explica para nós como deve ser esta nossa
vida?” Pedro quer que Jesus explicite um pouco mais o novo modo de viver no
serviço e na gratuidade. A resposta de Jesus é bonita, profunda e simbólica:
"Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos,
campos, por causa de mim e do Evangelho, vai receber cem vezes mais. Agora,
durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos,
junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna”. O tipo
de vida que resulta da entrega de tudo é a amostra do Reino que Jesus quer
realizar: (1)
Alarga a família e cria comunidade, pois aumenta cem vezes o número de
irmãos e irmãs. (2) Provoca a partilha dos bens, pois todos terão cem
vezes mais casas e campos. A providência divina se encarna e passa pela
organização fraterna, onde tudo é de todos e já não haverá mais necessitados.
Eles realizam a lei de Deus que pede “entre vocês não pode haver pobres” (Dt
15,4-11). Foi o que fizeram os primeiros cristãos (At 2,42-45). É a vivência
perfeita do serviço e da gratuidade. (3) Não devem esperar nenhuma vantagem em troca, nem
segurança, nem promoção de nada. Pelo contrário, nesta vida terão tudo isto,
mas com perseguições. Pois os que, neste nosso mundo organizado a partir do
egoísmo e dos interesses de grupos e pessoas, vivem a partir do amor gratuito e
da entrega de si, estes, como Jesus, serão crucificados. (4) Serão
perseguidos neste mundo, mas, no mundo futuro terão a vida eterna de que falava
o jovem rico.
Jesus e a opção pelos pobres
* Um duplo cativeiro marcava a
situação do povo na época de Jesus: o cativeiro da política de Herodes,
apoiada pelo Império Romano e mantida por todo um sistema bem-organizado de
exploração e de repressão, e o cativeiro da religião oficial, mantida pelas
autoridades religiosas da época. Por causa disso, o clã, a família, a
comunidade, estava sendo desintegrada e uma grande parte do povo vivia
excluída, marginalizada, sem lugar, nem na religião, nem na sociedade. Por
isso, havia vários movimentos que, como Jesus, procuravam uma nova maneira de
viver e conviver em comunidade: essênios, fariseus e, mais tarde, os zelotes.
Dentro da comunidade de Jesus, porém, havia algo novo que a diferenciava dos
outros grupos. Era a atitude frente aos pobres e excluídos. As comunidades dos
fariseus viviam separadas. A palavra “fariseu” quer dizer “separado”. Viviam
separadas do povo impuro. Muitos dos fariseus consideravam o povo como
ignorante e maldito (Jo 7,49), cheio de pecado (Jo 9,34). Jesus e a sua
comunidade, ao contrário, viviam misturados com as pessoas excluídas,
consideradas impuras: publicanos, pecadores, prostitutas, leprosos (Mc 2,16;
1,41; Lc 7,37). Jesus reconhece a riqueza e o valor que os pobres possuem (Mt
11,25-26; Lc 21,1-4). Proclama-os felizes, porque o Reino é deles, dos pobres
(Lc 6,20; Mt 5,3). Define sua própria missão como “anunciar a Boa Nova aos
pobres” (Lc 4, 18). Ele mesmo vive como pobre. Não possui nada para si, nem
mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). E a quem quer segui-lo para
conviver com ele, manda escolher: ou Deus, ou o dinheiro! (Mt 6,24). Manda
fazer opção pelos pobres! (Mc 10,21) A pobreza, que caracterizava a vida de
Jesus e dos discípulos, caracterizava também a missão. Ao contrário dos outros
missionários (Mt 23,15), os discípulos e as discípulas de Jesus não podiam
levar nada, nem ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sacola, nem sandálias
(Mt 10,9-10). Deviam confiar é na hospitalidade (Lc 9,4; 10,5-6). E caso fossem
acolhidos pelo povo, deviam trabalhar como todo mundo e viver do que receberiam
em troca (Lc 10,7-8). Além disso, deviam tratar dos doentes e necessitados (Lc
10,9; Mt 10,8). Então podiam dizer ao povo: “O Reino chegou!” (Lc 10,9).
Para um confronto pessoal
1) Como você, na sua vida,
realiza a proposta de Pedro: “Deixamos tudo e te seguimos”?
2) Partilha, gratuidade,
serviço, acolhida aos excluídos são sinais do Reino. Como as vivo hoje?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível,
e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca
se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA
DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de
nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono
de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas
as suas possessões.
ORAÇÃO:
Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o
bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós
vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos
na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na
unidade do Espírito Santo. Amém.
LEMBRAI-VOS
Lembrai-vos ó puríssimo Esposo
de Maria Virgem, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado a vossa
proteção, implorado vosso socorro, não fosse por vós consolado e atendido. Com
esta confiança venho à vossa presença e a vós fervorosamente me recomendo. Não
desprezeis a minha súplica ó Pai virginal do Redentor, mas dignai-vos acolhê-la
piedosamente. Amém.
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