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terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Quinta-feira depois da Epifania

Santo André Corsini, Bispo de nossa Ordem
 
1ª Leitura (1Jo 4,19—5,4):
Caríssimos: Nós devemos amar, porque Deus nos amou primeiro. Se alguém disser: «Amo a Deus» e odiar o seu irmão, é mentiroso. Quem não ama o seu irmão, que vê, não pode amar a Deus, que não vê. É este o mandamento que recebemos d’Ele: quem ama a Deus ame também o seu irmão. Quem acredita que Jesus é o Messias nasceu de Deus e quem ama Aquele que gerou ama também o que d’Ele nasceu. Nós sabemos que amamos os filhos de Deus quando amamos a Deus, cumprindo os seus mandamentos, porque o amor de Deus consiste em guardar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé.
 
Salmo Responsorial: 71
R. Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
 
Deus, concedei ao rei o poder de julgar e a vossa justiça ao filho do rei. Ele governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.
 
Ele os libertará da opressão e da violência e o sangue deles será precioso a seus olhos; por ele hão de rezar sempre e todos os dias o bendirão.
 
O seu nome será eternamente bendito e durará tanto como a luz do sol; nele serão abençoadas todas as nações, todos os povos da terra o hão de bendizer.
 
Aleluia. O Senhor enviou-me a anunciar aos pobres a boa nova, a proclamar aos cativos a redenção. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 4,14-22): Jesus voltou para a Galileia, com a força do Espírito, e sua fama se espalhou por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas deles, e todos o elogiavam. Foi então a Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor». Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Todos testemunhavam a favor dele, maravilhados com as palavras cheias de graça que saíam de sua boca. E perguntavam: «Não é este o filho de José?».
 
«O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção»
 
Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
 
Hoje lembramos que «quem ama a Deus, ame também seu irmão» (1Jo 4,21). Como poderíamos amar a Deus a quem não vemos, se não amamos a quem vemos, imagem de Deus? Depois que São Pedro renegara, Jesus lhe perguntou se o amava: «Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo» (Jo 21,17), respondeu. Como a São Pedro, também Jesus nos pergunta: «Tu me amas?»;e queremos lhe responder agora mesmo: «Tu o sabes tudo, Senhor, tu sabes que te amo apesar de minhas deficiências; mas, ajuda-me a demonstrar-te; ajuda-me a descobrir as necessidades de meus irmãos, a me entregar de verdade aos outros, a aceitá-los tal como são, a valorizá-los».
 
A vocação do homem é o amor, é vocação a se entregar, procurando a felicidade do outro e, assim encontrar a própria felicidade. Como diz São João da Cruz, «No crepúsculo da vida, seremos julgados no amor». Vale a pena que nos perguntemos ao terminar cada jornada, cada dia, num breve exame de consciência, com foi este amor e, pontualizar algum aspecto a melhorar para o dia seguinte.
 
«O Espírito do Senhor está sobre mim» (Lc 4,18), dirá Jesus, fazendo seu este texto messiânico. É o Espírito do Amor que assim como fez o do Messias a «que consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres» (cf. Lc 4,18), também “repousa” sobre nós e nos conduz até o amor perfeito: Como diz o Concilio Vaticano II: «Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». O Espírito Santo nos transformará como fez com os Apóstolos, para que possamos agir sob sua moção, nos outorgando seus frutos e, assim levá-los a todos os corações: «O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio» (Gal 5,22-23).
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Nosso Salvador foi verdadeiramente homem, e Ele conseguiu a salvação do homem inteiro. Porque de forma nenhuma nossa salvação é fictícia nem afeta só o corpo, se não que a salvação de todo o homem foi realizada naquele que é o Verbo» (Santo Atanásio)
 
«Tem muitos cristãos com uma esperança com demasiada água. Para ser “cristãos vencedores” devemos crer confessando a fé, e custodiando a fé, e encomendando-nos a Deus, ao Senhor. E esta é a vitória que venceu o mundo: nossa fé» (Francisco)
 
«Cremos e confessamos que Jesus de Nazaré, nascido judeu de uma filha de Israel, (..) é o Filho eterno de Deus feito homem; “vindo de Deus” (Jo 13,3), “decido do céu” (Jo 3,13; 6,33), “veio na carne”, (1Jo 4,2) (...). De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça” (Jo 1,14.16)» (Catecismo da Igreja Católica, n°423)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
 
* Animado pelo Espírito Santo, Jesus volta para a Galileia e começa a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus.
Andando pelas comunidades e ensinando nas sinagogas, ele chega em Nazaré, onde tinha sido criado. Estava de volta na comunidade, onde, desde pequeno, tinha participado das celebrações durante trinta anos. No sábado seguinte, conforme o seu costume, ele vai na sinagoga para estar com o povo e participar da celebração.
 
* Jesus se levantou para fazer a leitura. Escolheu o texto de Isaías que falava dos pobres, presos, cegos e oprimidos. O texto refletia a situação do povo da Galileia no tempo de Jesus. Em nome de Deus, Jesus toma posição em defesa da vida do seu povo e, com as palavras de Isaías, define a sua missão: anunciar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos presos e a recuperação da vista aos cegos, restituir a liberdade aos oprimidos. Retomando a antiga tradição dos profetas, ele proclama “um ano de graça da parte do Senhor”. Proclama o ano do jubileu. Jesus quer reconstruir a comunidade, o clã, para que fosse novamente expressão da sua fé em Deus! Pois, se Deus é Pai/Mãe, todos e todas devemos ser irmãos e irmãs uns dos outros.
 
* No antigo Israel, a grande família, o clã ou a comunidade, era a base da convivência social. Era a proteção das famílias e das pessoas, a garantia da posse da terra, o veículo principal da tradição e a defesa da identidade do povo. Era a maneira concreta de se encarnar o amor de Deus no amor ao próximo. Defender o clã, a comunidade, era o mesmo que defender a Aliança com Deus. Na Galileia do tempo de Jesus, um duplo cativeiro marcava a vida do povo e estava contribuindo para a desintegração do clã, da comunidade: o cativeiro da política do governo de Herodes Antipas (4 aC a 39 dC) e o cativeiro da religião oficial. Por causa do sistema de exploração e de repressão da política de Herodes Antipas, apoiada pelo Império Romano, muita gente ficava sobrando e sem lugar, excluída e sem emprego (Lc 14,21; Mt 20,3.5-6). O clã, a comunidade, ficou enfraquecida. As famílias e as pessoas ficaram sem ajuda, sem defesa. E a religião oficial, mantida pelas autoridades religiosas da época, em vez de fortalecer a comunidade, para que ela pudesse acolher os excluídos, reforçava ainda mais esse cativeiro. A Lei de Deus era usada para legitimar a exclusão de muita gente: mulheres, crianças, samaritanos, estrangeiros, leprosos, possessos, publicanos, doentes, mutilados, paraplégicos. Era o contrário da fraternidade que Deus sonhou para todos! Assim, tanto a conjuntura política e econômica como a ideologia religiosa, tudo conspirava para enfraquecer a comunidade local e impedir, assim, a manifestação do Reino de Deus. O programa de Jesus, baseado no profeta Isaías oferecia uma alternativa.
 
* Terminada a leitura, Jesus atualizou o texto e o ligou com a vida do povo dizendo: “Hoje se cumpriu esta escritura nos ouvidos de vocês!” A sua maneira de ligar a Bíblia com a vida do povo, provocou uma dupla reação. Uns acreditaram e ficaram admirados. Outros tiveram uma reação de descrédito. Ficaram escandalizados e já não queriam saber dele. Diziam: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22) Por que ficaram escandalizados? É que Jesus falou em acolher os pobres, os cegos, os oprimidos. Mas eles não aceitaram a sua proposta. E assim, no momento em que apresentou o seu projeto de acolher os excluídos, ele mesmo foi excluído!
 
Para um confronto pessoal
1. Jesus ligou a fé em Deus com a situação social do seu povo. E eu, como vivo a minha fé em Deus?
2. No lugar onde eu moro existem cegos, presos, oprimidos? O que faço?

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

9 de janeiro

 Santo André Corsini
Bispo de nossa Ordem
 
Nasceu dentro de uma família muito conhecida em Florença: a família Corsini, no ano de 1302. Seus pais não podiam ter filhos, mas não desistiam, estavam sempre rezando nesta intenção até que veio esta graça e tiveram um filho. O nome: André. Os pais fizeram de tudo para bem formá-lo. Com apenas 15 anos, ele dava tanto trabalho e decepções para seus pais que sua mãe chegou a desabafar: “Filho, você é, de fato, aquele lobo que eu sonhava”. Ele ficou assustado, não imaginava o quanto os caminhos errados e a vida de pecado que ele estava levando, ainda tão cedo, decepcionava tanto e feria a sua mãe. Mas a mãe completou o sonho: “Este lobo entrava numa igreja e se transformava em cordeiro”. André guardou aquilo no coração e, sem a mãe saber, no outro dia, ele entrou numa igreja. Aos pés de uma imagem de Nossa Senhora ele orava, e a graça aconteceu. Ele retomou seus valores, começou uma caminhada de conversão e falou para o provincial carmelita que queria entrar para a vida religiosa. Não se sabe, ao certo, se foi imediatamente ou fez um caminho vocacional, o fato é que entrou para a vida religiosa na obediência às regras, na vida de oração e penitência. Ele foi crescendo nessa liberdade, que é dom de Deus para o ser humano. Santo André ia se colocando a serviço dos doentes, dos pobres, nos trabalhos tão simples como os da cozinha. Ele também saía para mendigar para as necessidades de sua comunidade. Passou humilhação, mas sempre centrado em Cristo. Os santos foram e continuam a ser pessoas que comunicaram Cristo para o mundo. Mas Deus tinha mais para André. Ele ordenou-se padre e como tal continuava nesse testemunho de Cristo até que Nosso Senhor o escolheu para Bispo de Fiesoli. De início, ele não aceitou e fugiu para a Cartuxa de Florença e ficou escondido; ao ponto de as pessoas não saberem onde ele estava e escolher outro para ser bispo, pela necessidade. Mas um anjo, uma criança apareceu no meio do povo indicando onde ele estava escondido. Apareceu também outra criança para ele lhe dizendo que ele não devia temer, porque Deus estaria com ele e a Virgem Maria estaria presente em todos os momentos. Distinguiu-se pelo zelo apostólico, prudência e amor em relação aos pobres. Em 1373, no dia de Natal, Nossa Senhora apareceu para ele dizendo do seu falecimento que estava próximo. Morreu a 6 de janeiro de 1374. Foi canonizado em 29 de abril de 1629.
 
INVITATÓRIO
R. Vinde, adoremos a Cristo, o grande Pontífice, que se compadece de nós.
 
LAUDES
Hino
André o Carmelo te canta,
ao festejar o teu dia!
Que nessa Morada Santa
ressoe nossa alegria!
 
Oh! Que brilhante porvir
clara Estrela te mostrou!
No caminho a seguir
a Mãe de Deus te guiou.
 
Alistado nas fileiras
dos ungidos do Senhor,
não te poupaste as canseiras,
sábio e prudente Pastor.
 
Recorda-te, Santo André,
dos irmãos que, reunidos,
professam a mesma fé,
no amor de Cristo unidos.
 
Ao Bom e Supremo Pastor,
na tua festividade
se preste honra e louvor
no tempo e na eternidade.
 
Ant. 1. Chamei o meu servo para colocar o poder nas suas mãos e o estabelecer num trono de glória.
 
Salmos e Cântico do Domingo da I Semana.
 
Ant. 2. A esmola para ele é como um selo e ele conservará a graça como a menina dos seus olhos.
 
Ant. 3. Fiéis são as obras das suas mãos; o louvor do Senhor permanece eternamente.
 
Leitura breve - Is 25,3-4c
Um povo forte vos glorificará e a cidade das nações poderosas vos temerá, porque sois o refúgio do fraco, o amparo do pobre na sua tribulação, um abrigo contra a tempestade e uma sombra contra o calor.
 
Responsório breve
R. Tive fome * e me destes de comer. R. Tive fome.
v. Todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a Mim que o fizestes. * E me destes de comer.
Glória ao Pai. R. Tive fome.
 
Cântico Evangélico Ant. à escolha 1) ou 2)
Ant1. Eu era os olhos para o cego, os pés para o coxo, o pai para os pobres, e com muito carinho examinava a causa dos desconhecidos.
ou
Ant2 Felizes os construtores da paz, porque serão chamados filhos de Deus, diz o Senhor.
 
Preces
Nosso Senhor Jesus Cristo escuta propício as preces dos necessitados e cumula de bens os famintos; por isso supliquemos com fé:
 
R. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
 
Vós, que misericordiosamente reunistes no vosso nome o vosso rebanho,
- fazei que não se perca nenhum daqueles que o Pai vos deu. R.
 
Vós, que aos pecadores concedeis a conversão e dais a força aos débeis,
- dai-nos a plenitude da graça e a salvação.
R.
 
Vós, que a todos amais com infinito amor,
- fazei que os fiéis vivam unidos entre si na unidade do espírito e pelo vínculo da paz. R.
 
Vós, que mediante a graça concedeis a todos a paz,
- fazei que hoje tenhamos paz com todos.
R.
 
Vós, que consolastes os tristes e humildes,
- ajudai os pobres nas suas tribulações. R.
 
(intenções livres)
 
Pai nosso
 
Oração
Pai santo, que chamais vossos filhos àqueles que promovem a paz, concedei-nos, pela intercessão de Santo André Corsini, admirável mediador da paz, a graça de trabalhar incansavelmente pela instauração da justiça, que pode garantir aos homens a paz firme e verdadeira. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 
VÉSPERAS
Hino
Qual vento que vem e passa,
assim o sopro divino
fez renascer pela graça
a alma de André Corsini
 
Que triunfo! Que alegria!
Foi vencida a encruzilhada,
e já na Ordem de Maria
para sempre dá entrada.
 
Não o destina o Senhor
a viver na solidão:
espera-o a cruz de Pastor
- alta e difícil missão.
 
Trabalha, sofre e ora,
se na fé jamais fraqueja,
a caridade o devora
pela unidade da Igreja.
 
Pai, a todos concedei
vosso perdão e amor!
Nossas preces atendei
por Jesus, nosso Senhor.
 
Ant.1. Fez o bem e praticou a verdade na presença do Senhor, procurando a Deus com todo o coração.
 
Salmos e Cântico do Comum dos pastores: para bispos
 
Ant.2. Foi encontrado perfeito e no tempo da ira tornou-se o elo da reconciliação.
 
Ant.3. Apascentarei as minhas ovelhas e eu as farei descansar.
 
Leitura breve - 1Pd 5,1-4
Exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos e participante da glória que será revelada: sede pastores do rebanho de Deus confiado a vós; cuidai dele, não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos do rebanho. Assim, quando aparecer o Pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória.
 
Responsório breve
R. Eis o amigo dos irmãos,
* que intercede pelo povo. R. Eis o amigo.
V. Dedicou sua vida em favor dos seus irmãos.
* Que intercede. Glória ao Pai. R. Eis o amigo.
 
Cântico Evangélico
Ant1. Este é o Sumo Sacerdote que na sua vida restaurou o Templo e nos seus dias fortificou o Santuário.
ou
Ant2. O Reino de Deus não é questão de comida e bebida; é justiça, é paz e alegria no Espírito Santo. Quem serve a Cristo nestas coisas agrada a Deus e é estimado pelos homens.
 
Preces
Bendigamos a Cristo que decidiu ser semelhante em tudo a seus irmãos, a fim de se tornar o misericordioso e fiel Pontífice junto de Deus; supliquemos, dizendo:
 
R. Concedei-nos, Senhor, os tesouros do vosso amor.
 
Robustecei os ministros da vossa Igreja, para que,
- pregando aos demais, sejam encontrados fiéis no vosso serviço.
R.
 
Fazei que os vossos sacerdotes sejam sal da terra e luz do mundo,
- para que com seu trabalho renovem a Igreja no seu interior. R.
 
Ensinai-nos hoje a reconhecer-vos presente em todos os nossos irmãos e irmãs
- e a encontrar-vos principalmente nos pobres e nos excluídos. R.
 
Nós vos pedimos pelos membros da vossa Igreja atribulados pela doença,
- libertai os prisioneiros, iluminai os cegos, socorrer os órfãos e as viúvas. R.

(intenções livres)
 
Tende misericórdia dos nossos irmãos e irmãs defuntos,
- associai-os aos outros irmãos, que já descansam em Cristo. R.
 
Oração
Pai santo, que chamais vossos filhos àqueles que promovem a paz, concedei-nos, pela intercessão de Santo André Corsini, admirável mediador da paz, a graça de trabalhar incansavelmente pela instauração da justiça, que pode garantir aos homens a paz firme e verdadeira. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Quarta-feira depois da Epifania

S. Pedro Tomás, Patriarca Latino de Constantinopla e Bispo de nossa Ordem.
 
1ª Leitura (1Jo 4,11-18):
Caríssimos: Se Deus nos amou tanto, também nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus ninguém jamais O viu. Se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e em nós o seu amor é perfeito. Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós: porque nos deu o seu Espírito. E nós vimos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor de Deus por nós e acreditamos no seu amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Nisto se realiza a perfeição do amor de Deus em nós, porque somos neste mundo como é Jesus e assim temos plena confiança no dia do juízo. No amor não há temor; o amor que é perfeito expulsa o temor, porque o temor supõe um castigo. Quem teme não é perfeito no amor.
 
Salmo Responsorial: 71
R. Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
 
Deus, concedei ao rei o poder de julgar e a vossa justiça ao filho do rei. Ele governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.
 
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes, os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas. Prostrar-se-ão diante dele todos os reis, todos os povos o hão de servir.
 
Socorrerá o pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo. Terá compaixão dos fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos.
 
Aleluia. Glória a Vós, Jesus Cristo, anunciado aos gentios; glória a Vós, Jesus Cristo, acreditado no mundo. Aleluia.
 
Evangelho (Mc 6,45-52): Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem na frente para Betsaida, na outra margem, enquanto ele mesmo despediria a multidão. Depois de os despedir, subiu a montanha para orar. Já era noite, o barco estava no meio do mar e Jesus, sozinho, em terra. Vendo-os com dificuldade no remar, porque o vento era contrário, nas últimas horas da noite, foi até eles, andando sobre as águas; e queria passar adiante. Quando os discípulos o viram andar sobre o mar, acharam que fosse um fantasma e começaram a gritar. Todos o tinham visto e ficaram apavorados. Mas ele logo falou: «Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!» Ele subiu no barco, juntando-se a eles, e o vento cessou. Mas os discípulos ficaram ainda mais espantados. De fato, não tinham compreendido nada a respeito dos pães. O coração deles continuava sem entender.
 
«Depois de os despedir, subiu a montanha para orar»
 
Rev. D. Melcior QUEROL i Solà (Ribes de Freser, Girona, Espanha)
 
Hoje, contemplamos como Jesus, depois de se despedir dos Apóstolos e das pessoas, retira-se sozinho a rezar. Toda sua vida é um diálogo constante com o Pai e, não obstante, vai-se à montanha a rezar. E nós? Como rezamos? Frequentemente levamos um ritmo de vida atarefado, que termina sendo um obstáculo para o cultivo da vida espiritual e não damo-nos conta que é tão necessário “alimentar” a alma quanto alimentar o corpo. O problema é que, com muita frequência, Deus ocupa um lugar pouco relevante em nossa ordem de prioridades. Nessa circunstância é muito difícil rezar de verdade. Não podemos dizer que se tenha um espírito de oração quando somente imploramos ajuda nos momentos difíceis.
 
Achar tempo e espaço para a oração pede um requisito prévio: o desejo de encontro com Deus com a consciência clara de que nada nem ninguém o pode substituir. Se não há sede de comunicação com Deus, facilmente transformaremos a oração num monólogo, porque a utilizamos para tentar solucionar os problemas que nos incomodam. Também é fácil que, nos momentos de oração, nos distraiamos porque nosso coração e nossa mente estão invadidos constantemente por pensamentos e sentimentos de todo tipo. A oração não é charlatanice, senão um simples e sublime encontro com o Amor; é relação com Deus: comunicação silenciosa do “Eu necessitado” com o “Você rico e transcendente”. O prazer da oração é se saber criatura amada diante do Criador.
 
Oração e vida cristã vão unidas, são inseparáveis. Nesse sentido, Orígenes diz que «reza sem parar aquele que une a oração às obras e as obras à oração. Somente assim podemos considerar realizável o princípio de rezar sem parar». Sim, é necessário rezar sem parar porque as obras que realizamos são fruto da contemplação e, feitas para sua glória. Devemos agir sempre desde o diálogo contínuo que Jesus oferece-nos, no sossego do espírito. A partir dessa certa passividade contemplativa veremos que a oração é o respirar do amor. Se não respiramos morremos, se não rezamos expiramos espiritualmente.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Não quero (…) desconfiar da bondade de Deus, por mais fraco e frágil me sinta. Além disso, se por causa do medo e do espanto visse que estou prestes a ceder, lembrar-me-ei de São Pedro, quando, devido à sua pouca fé, começou a afundarse por causa de uma única rajada de vento, e farei o que ele fez. Clamarei a Cristo: Senhor, salva-me» (Santo Tomás More)
 
«[Hoje em dia] Deus pode agir na esfera espiritual, mas não na matéria. Isto atrapalha-nos! Se Deus não tem poder também sobre a matéria, então ele não é Deus» (Bento XVI)
 
«Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria génese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado» (Catecismo da Igreja Católica, nº 338)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
 
* Depois da multiplicação dos pães (evangelho de ontem), Jesus obriga os discípulos a entrar no barco.
Por que? Marcos não explica. O evangelho de João informa o seguinte. De acordo com a esperança da época, o Messias iria repetir o gesto de Moisés de alimentar o povo no deserto. Por isso, diante da multiplicação dos pães, o povo concluiu que Jesus devia ser o messias esperado, anunciado por Moisés (cf. Dt 18,15-18) e quis fazer dele um rei (cf. Jo 6,14-15). Este apelo do povo era uma tentação tanto para Jesus como para os discípulos. Por isso, Jesus obrigou-os a embarcar. Queria evitar que eles se contaminassem com a ideologia dominante, pois o “fermento de Herodes e dos fariseus”, era muito forte (Mc 8,15). Jesus, ele mesmo, enfrenta a tentação por meio da oração.
 
* Marcos descreve com arte os acontecimentos. De um lado, Jesus sobe o monte para rezar. De outro lado, os discípulos descem para o mar e entram no barco. Parece até um quadro simbólico que prefigura o futuro: é como se Jesus já subisse para o céu, deixando os discípulos sozinhos em meio às contradições da vida, no barquinho frágil da comunidade. Era noite. Eles estavam em alto mar, todos juntos num pequeno barco, querendo avançar remando, mas o vento era contrário. Estavam cansados. Já era a quarta vigília, isto é, entre 3 e 6 da madrugada. As comunidades do tempo de Marcos eram como os discípulos. Noite! Vento contrário! Não conseguiam nada, apesar de todo o esforço que faziam! Jesus parecia ausente! Mas ele estava presente e vinha até elas, mas elas, como os discípulos de Emaús, não o reconheciam (Lc 24,16).
 
* No tempo de Marcos, em torno do ano 70, o barquinho das comunidades enfrentava o vento contrário tanto de alguns judeus convertidos que queriam reduzir o mistério de Jesus ao tamanho das profecias e figuras do Antigo Testamento, como de alguns pagãos convertidos que pensavam ser possível uma certa aliança da fé em Jesus com o império. Marcos procura ajudar os cristãos a respeitar o mistério de Jesus e a não querer reduzir Jesus ao tamanho dos próprios desejos e ideias.
 
* Jesus chega andando sobre as águas do mar da vida. Eles gritam de medo, porque pensam que se trata de um fantasma. Como na história dos discípulos de Emaús, Jesus faz de conta que quer seguir adiante (Lc 24,28). Mas o grito deles faz com que ele mude de rumo, se aproxime deles e diga: “Calma, gente! Sou eu! Não tenham medo!” Aqui, de novo, quem conhece a história do Antigo Testamento, lembra alguns fatos muito importantes: (1) Lembra como o povo, protegido por Deus, atravessou sem medo o Mar Vermelho. (2) Lembra como Deus, ao chamar Moisés, declarou várias vezes o seu nome dizendo: “Sou eu!” (cf. Ex 3,15). (3) Lembra ainda o livro de Isaías que apresenta o retorno do exílio como um novo êxodo, onde Deus aparece repetindo inúmeras vezes: “Sou eu!” (cf. Is 42,8; 43,5.11-13; 44,6.25; 45,5-7). Esta maneira de evocar o Antigo Testamento, de usar a Bíblia, ajudava as comunidades a perceber melhor a presença de Deus em Jesus e nos fatos da vida. Não tenham medo!
 
*Jesus sobe no barco e o vento pára. Mas o espanto dos discípulos, em vez de terminar, aumenta. O próprio evangelista Marcos faz um comentário crítico e diz: “Eles não tinham entendido nada a respeito dos pães. O coração deles estava endurecido” (6,52). A afirmação coração endurecido evoca o coração endurecido do faraó (Ex 7,3.13.22) e do povo no deserto (Sl 95,8) que não queria ouvir Moisés e só pensava em voltar para o Egito (Nm 20,2-10), onde havia pão e carne com fartura (Ex 16,3).
 
Para um confronto pessoal
1. Noite, mar agitado, vento contrário! Você já se sentiu assim alguma vez? Como fez para vencer?
2. Você já se espantou alguma vez porque não reconheceu Jesus presente e atuante em sua vida?

domingo, 5 de janeiro de 2025

 São Pedro Tomás
Patriarca de Constantinopla
Bispo de nossa Ordem.
 
Nasceu por volta do ano 1305 numa aldeia da Aquitânia, França. Os seus pais viviam em pobreza extrema, o que levou Pedro Tomás a abandonar o lar paterno muito cedo para não ser pesado aos seus. Era Pedro Tomás de estatura baixa, mas possuía uma inteligência rara e profunda. Vivendo de esmolas, conseguiu estudar, tornando-se mestre e professor com apenas 17 anos. Foi convidado para ser professor dos estudantes carmelitas, vindo também ele a entrar na Ordem em 1327. Ensinou várias matérias em muitos conventos da Ordem, até ser nomeado Procurador da Ordem junto da Santa Sé, que então se encontrava em Avinhão.  Em certa ocasião, vendo o Padre Geral a humilde e pequena aparência do santo, envergonhava-se de apresenta-lo aos Cardeais. No entanto, certo Cardeal que conhecia a fama de Frei Pedro Tomás resolveu apresentá-lo. O Papa fê-lo seu Núncio e Legado, encomendando-lhe muitas e difíceis missões que Frei Pedro Tomás resolveu sempre em bem.  Foi arauto e apóstolo incansável da paz e da unidade da Igreja, pelo que depressa este nosso irmão granjeou em toda a parte fama de santo. Depois de ter exercido o múnus de bispo em várias dioceses, foi nomeado Patriarca de Constantinopla. Apesar dos altos cargos que exerceu, nas suas viagens, Frei Pedro Tomás procurava sempre, como residência, os conventos dos seus irmãos carmelitas, vivendo como irmão e com os irmãos de Nossa Senhora do Carmo a vida normal da comunidade, segundo a Regra. Morreu no dia 6 de janeiro de 1366. Apesar de ser bispo, pediu que o vestissem com o hábito da Ordem. Era muito devoto da Virgem Maria e um dia contou a um irmão que Nossa Senhora lhe tinha aparecido dizendo-lhe que a Ordem do Carmo durará até ao fim dos tempos. Morreu na Ilha de Chipre, em 1366.
 
INVITATÓRIO
R. Vinde, adoremos a Cristo, o grande Pontífice, que se compadece de nós.
 
LAUDES
Hino
Sem os dons que a terra estima,
mas rico de bens dos céus,
São Pedro Tomás ensina
que só se é pobre... sem Deus.
 
Fraco e pequeno em estatura,
mais ainda em seu conceito,
Deus o ergueu à Sua altura,
vendo-o fiel e perfeito.
 
De Cristo soube imitar
a humildade profunda,
por isso pôde ensinar
ciência sublime e funda.
 
Da Mãe de Deus recebeu
promessa, que causa inveja,
mas toda a vida ofereceu
pelo serviço da Igreja.
 
Louvemos o Deus presente,
que é do Carmelo o Amor,
com o Filho onipotente
e o Santo Consolador.
 
Ant. 1. Unido a Vós estou, Senhor; a vossa mão me serve de amparo.
 
Salmos e cântico do domingo da I Semana.
 
Ant. 2. Louvai o nosso Deus vós todos, servos do Senhor.
 
Ant. 3. O Senhor coroa com a vitória os humildes.
 
Leitura breve - Lv11 2,6-7
A lei da verdade estava na sua boca, e a iniquidade não se encontrava nos seus lábios; andava comigo na paz e na retidão, e a muitos afastou do mal. Os lábios do sacerdote guardam a ciência, da sua boca espera-se a doutrina, porque é mensageiro do Senhor do Universo.
 
Responsório breve
R. Dar-vos-ei pastores
* segundo o meu coração. R. Dar-vos-ei.
V. E eles vos apascentarão com inteligência e sabedoria.
* Segundo. Glória ao Pai. R. Dar-vos-ei.
* Segundo. Glória ao Pai. R. Dar-vos-ei.
* Segundo. Glória ao Pai. R. Dar-vos-ei.
 
Cântico evangélico, Ant. (à escolha) 1 ou 2
1) Sirvamos ao Senhor sem pavor, na santidade e na justiça enquanto perdurarem nossos dias.
ou
2) Eu sou o Bom Pastor; dou minha vida pelas minhas ovelhas e haverá um só rebanho e um só Pastor.
 
Preces
Glorifiquemos, irmãos, a Cristo, nossa Paz e Reconciliação, que, mediante as obras e a pregação de São Pedro Tomás, fortaleceu e confortou a sua Igreja, e aclamemos:
 
R. Deus Santo, Deus Forte, Salvador!
 
Senhor Jesus Cristo, em vós formamos um só corpo e nos tomamos membros uns dos outros,
- fazei que vivamos em paz com todos. R.
 
Rei Pacífico, que transformais as espadas em arados e as lanças em foices,
- convertei as invejas em amor e os rancores em perdão. R.
 
Senhor Jesus, que sois perfeito Louvor da Glória do Pai,
- conservai-nos no vosso louvor até à morte.    R.
 
Filho Unigênito do Pai, que na Cruz nos destes por mãe Maria, vossa própria Mãe,
- concedei que com a sua ajuda guardemos no coração as vossas maravilhas, e com a vida as proclamemos. R.
 
(intenções livres)
Pai Nosso
 
Oração
Senhor, Deus da paz, que concedestes ao bispo São Pedro Tomás a força do vosso Espírito para estabelecer a paz e promover a unidade dos cristãos, concedei que, pelo seu exemplo e intercessão, testemunhemos a integridade da fé e vivamos unidos pelo vínculo da caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 
VÉSPERAS
Hino
Louvemos o eleito
São Pedro Tomás!
Carmelita perfeito,
evocar-te nos apraz.
 
Desde novo revelaste
virtude e sabedoria
do mal muitos desviaste:
teu zelo os convertia.
 
Em defesa da Senhora,
filho dileto da Virgem
escreves, provando que fora
sem mancha desde a origem.
 
O bom combate travaste,
justa causa defendeste;
pela fé que conservaste,
já o prêmio recebeste.
 
Pelo exemplo recebido
de tão santo Pastor
o Carmelo agradecido
te glorifica, Senhor.
 
Ant. 1. Apoiado na força divina, colaborou na difusão do Evangelho.
 
Salmos e Cântico do Comum dos Pastores: para bispos
 
Ant. 2. Este é o servo fiel e prudente, que o Senhor estabeleceu à frente de sua família.
 
Ant. 3. Grande é a glória do Senhor e eterna é a sua misericórdia.
 
Leitura breve - Is 52, 7.10
Como são belos por sobre os montes os pés do mensageiro, que vem anunciar a paz, que vem trazer a boa-nova, que vem proclamar a salvação e dizer a Sião: "Reina o teu Deus!" O Senhor desnudou o seu santo braço diante de todas as nações, e todos os confins da terra verão a vitória do nosso Deus.
 
Responsório breve - Sr 44,17
R. Eis o Sumo Sacerdote, que nos seus dias agradou ao Senhor
* e foi reconhecido como homem justo. R. Eis o Sumo Sacerdote.
V. E no tempo da ira foi o vínculo da reconciliação.
* E foi reconhecido. Glória ao Pai. R. Eis o Sumo Sacerdote.
 
Cântico Evangélico
Ant. Hoje um glorioso filho da Igreja deixou a terra da fé.  Hoje um pregador da Cruz e da verdade mergulhou no Mistério. Hoje um glorioso defensor da fé, poderoso em palavras e obras, recebeu a eterna recompensa.
 
Preces
Glorifiquemos a Cristo Jesus, o Sumo Pontífice, que entrou nos Céus e recompensou com o prêmio da Vida Eterna os trabalhos de São Pedro Tomás; e digamos:
 
R. Salvai o vosso povo, Senhor!
 
Vós que, por meio de santos e insignes pastores, fizestes resplandecer a vossa Igreja de modo admirável,
_ fazei que os cristãos, onde quer que se encontrem, trabalhem na construção do vosso Reino. R.
 
Vós, que suscitastes na vossa Igreja zelosos pregadores movidos de sincera caridade,
_ concedei aos sacerdotes e ministros do vosso povo o zelo e a constância. R.
 
Vós que, por meio dos santos pastores, sois o médico dos corpos e das almas,  
_ fortalecei os fracos, sarai os feridos, curai os enfermos e consolai os tristes. R.
 
Vós, que nos confiastes a Maria, vossa Mãe, e a confiastes ao nosso amor filial,
- fazei que, a exemplo de São Pedro Tomás, possamos beneficiarmos sempre do seu amor maternal. R.
 
 (intenções livres)
 
Vós que, por meio dos pastores da Igreja, dais a vida eterna às vossas ovelhas, para que ninguém as arrebate das vossas mãos,
- salvai os nossos irmãos e irmãs falecidos, pelos quais destes a vossa vida. R.
 
Pai Nosso ...
 
Oração
Senhor, Deus da paz, que concedestes ao bispo São Pedro Tomás a força do vosso Espírito para estabelecer a paz e promover a unidade dos cristãos, concedei que, pelo seu exemplo e intercessão, testemunhemos a integridade da fé e vivamos unidos pelo vínculo da caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.