Sta.
Rita de Cássia, viúva e religiosa
Sta.
Joaquina de Vedruna, viúva e religiosa
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas
devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que
em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em
honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (Tg 4,13-17): Caríssimos: Agora, escutai-me, vós que dizeis:
«Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, onde passaremos um ano, fazendo negócio e
tirando lucro». Mas vós não sabeis o que traz o dia de amanhã. Que vem a ser,
afinal, a vossa vida? Sois como a neblina que aparece um momento e se esvai em
seguida. Deveríeis antes dizer: «Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos
isto ou aquilo». Mas ao contrário, envaideceis-vos com a vossa arrogância. Toda
a presunção desse género é má. Assim, quem sabe fazer o bem e não o faz comete
pecado.
Salmo
Responsorial: 48
R. Bem-aventurados os pobres
em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
Povos todos, escutai, habitantes
do mundo inteiro, prestai ouvidos, humildes e poderosos, ricos e pobres, todos
juntos.
Porque hei-de inquietar-me nos
dias maus, quando me cerca a iniquidade dos perseguidores, dos que confiam na
sua opulência e se vangloriam na sua grande riqueza?
O homem não pode pagar o seu
resgate, não pode pagar a Deus a sua redenção. É muito caro o resgate da sua
vida e ele nunca pagará o suficiente, para prolongar indefinidamente a sua ida e
não experimentar a corrupção da morte.
Vê que morrem os sábios como
perecem o ignorante e o insensato e deixam a outros a sua riqueza.
Aleluia. Eu sou o caminho, a
verdade e a vida, diz o Senhor: Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Aleluia.
Evangelho
(Mc 9,38-40): João disse a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar
demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco».
Jesus, porém, disse: «Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome
poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso
favor».
«Quem não é contra nós, está a
nosso favor»
Rev. D. David CODINA i Pérez (Puigcerdà,
Gerona, Espanha)
Hoje escutamos uma recriminação
ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte
do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu
nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos
dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e
aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre
um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja,
caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.
Este modo de viver nossa vocação
de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que
vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos
“incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor
de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a
“humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”.
Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a
todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.
Jesus obrou assim desde sua
Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na
insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo não se contentou
em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir
errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para
conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade
para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a
ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a
formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc
9,40).
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«‘Jesus disse: Não está certo
impedir-lhe…’. E é assim que nos disse que não só não nos devemos opor ao bem
de qualquer parte que venha, senão que pelo contrário devemos procurá-lo quando
não exista» (São Beda o Venerável)
«Fazer o bem é um dever, é um
bilhete de identidade que o nosso Pai deu a todos, porque nos fez à sua imagem
e semelhança. E Ele faz o bem sempre» (Francisco)
«A liberdade faz do homem um
sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, o
pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em
consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons
ou maus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.749)
Viver em comunhão com os
outros
Do site opusdei.org
Os Discípulos ainda têm
dificuldade de entender Jesus, especialmente quando fala da paixão e da morte
que o esperam. Eles ainda têm uma visão muito humana. Sem dúvida, amam Cristo,
mas ainda não incondicionalmente, pois projetam nele as suas expectativas
terrenas. Mas é inegável que são sempre sinceros, a sua atitude é a de quem
deseja aprender. Dizem ao Senhor, com simplicidade e clareza, tudo o que
pensam, tudo o que se perguntam dentro de si; contam-lhe o que conversam entre
si e relatam as suas andanças apostólicas. Em uma ocasião, “João disse a Jesus:
Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos,
porque ele não nos segue. Jesus disse: Não o proibais, pois ninguém faz
milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a
nosso favor” (Mc 9,38-39).
Podemos imaginar a paciência do
Senhor ao realizar esta correção. Talvez até tenha se divertido um pouco com os
primeiros passos daqueles que tinha escolhido para serem apóstolos. Os
discípulos estavam agindo com boa intenção, mas ainda lhes faltava uma melhor
compreensão das coisas, considerá-las do ponto de vista de Deus. Ainda viam a
realidade de uma maneira muito simples, como se estivesse em preto e branco.
Jesus, por outro lado, mostra-lhes que esta tem um colorido muito rico e que
aquele homem que fazia o bem em seu nome não era tão estranho a Cristo como
parecia. “Que grande coisa é compreender uma alma!” [1], exclamava
Santa Teresa de Jesus. Qualquer pessoa que queira fazer o bem merece nosso
delicado respeito, interesse, empatia e carinho. “Em virtude de termos sido
criados à imagem e semelhança de Deus, que é comunhão e comunicação-de-Si,
trazemos sempre no coração a nostalgia de viver em comunhão, de pertencer a uma
comunidade. Como afirma São Basílio, ‘nada é tão específico da nossa natureza
como entrar em relação uns com os outros, ter necessidade uns dos outros’” [2].
Santo Agostinho escrevia que
“assim como existe na [Igreja] católica o que não é católico, assim pode
existir fora da católica o que é católico” [3]. Toda manifestação de
bem no mundo é um motivo de alegria para aqueles que amam a fonte de todo bem.
Na passagem evangélica que estamos considerando, “a atitude dos discípulos de
Jesus é muito humana, deveras comum, e podemos encontrá-la nas comunidades cristãs
de todos os tempos, provavelmente até em nós mesmos. Em boa-fé, aliás com zelo,
gostaríamos de proteger a autenticidade de uma certa experiência (...). Então
não conseguimos apreciar o bem que os outros praticam” [4].
São Josemaria, falando com uma
pessoa que vivia em uma região com poucos católicos, dizia: “Na sua terra há
muitos que não são cristãos, mas que pertencem de alguma forma à Igreja, por
causa da sua justiça e da sua bondade. Tenho certeza de que se soubessem o que
é a fé católica, gostariam de ser católicos (...). Nós pertencemos ao corpo da
Igreja: somos uma parte desse corpo maravilhoso. E eles, se cumprirem a lei
natural, têm uma espécie de batismo de desejo” [5].
O espírito de comunhão nos leva a
nos concentrarmos no que nos une aos outros, e não no que nos separa. Jesus
convida os seus discípulos “a não pensar segundo as categorias de
‘amigo/inimigo’, ‘nós/eles’, ‘quem está dentro/quem está fora’, ‘meu/seu’, mas
a ir além, a abrir o coração para poder reconhecer a sua presença e a ação de
Deus inclusive em âmbitos incomuns e imprevisíveis, e em pessoas que não fazem
parte do nosso círculo. Trata-se de estar atento à genuinidade do bem, da
beleza e da verdade que se faz, e não tanto ao nome e à proveniência de quem o
pratica” [6].
Na ordem natural, Deus criou uma
multidão imensa de anjos; muitas galáxias e planetas; incontáveis espécies de
animais, plantas e minerais. Não é surpreendente que, na ordem sobrenatural, o
Espírito Santo tenha querido, ao longo dos séculos, dar origem a inúmeros
carismas que enriquecem a sua Igreja de uma forma maravilhosa. Fica claro que o
Senhor ama a pluralidade, provavelmente porque estes carismas incontáveis,
assim como de certa forma as criaturas materiais, refletem com luzes diversas a
sua infinita perfeição.
À imagem de Deus, cada um de nós
cristãos deve amar com entusiasmo o pluralismo e a multiplicidade. Como em uma
grande família, nos alegramos e nos orgulhamos dos frutos de santidade de
tantas instituições, tão diversas umas das outras, que deixaram um largo e
profundo sulco na história da Igreja, e também moldaram de muitas maneiras a
sociedade em que vivemos. Todo o trabalho que estas realidades eclesiais
realizaram e continuam a realizar, assim como o de outras mais recentes, é sem
dúvida um dom de Deus para o mundo. Por isso, São Josemaria aconselhava
“Alegra-te quando vires que outros trabalham em bons campos de apostolado. E
pede, para eles, graça de Deus abundante e correspondência a essa graça”[7].
Podemos pedir a Maria que nos
ajude a estar sempre abertos ao amplo horizonte da ação do Espírito Santo, para
sermos “sempre capazes de nos apreciarmos e estimarmos reciprocamente, louvando
o Senhor pela ‘fantasia’ infinita com que Ele age na Igreja e no mundo” [8].
[1]
Santa Teresa de Jesus, Livro da vida, 23,17.
[2]
Francisco, Mensagem, 24/01/2019.
[3]
Santo Agostinho, Sobre o batismo contra os donatistas, PL 43, VII, 39, 77.
[4]
Francisco, Ângelus, 30/09/2018.
[5]
São Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 22/02/1970.
[6]
Francisco, Ângelus, Ângelus, 30/09/2018.
[7]
San Josemaría, Caminho, n. 965.
[8]
Bento XVI, Ângelus, 30/09/2012.
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do
Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como
vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse
período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser
sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha
fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel
e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o
coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de
nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois
um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna
glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem
pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo
Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os
pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. Rogai por nós, santa Mãe de
Deus.
R. Para que sejamos dignos
das promessas de Cristo.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima
Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm
recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido
por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo
debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das
virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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