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segunda-feira, 20 de maio de 2024

MÊS DE MARIA – Quarta-feira da 7ª semana do Tempo Comum

Sta. Rita de Cássia, viúva e religiosa
Sta. Joaquina de Vedruna, viúva e religiosa
 
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (Tg 4,13-17): Caríssimos: Agora, escutai-me, vós que dizeis: «Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, onde passaremos um ano, fazendo negócio e tirando lucro». Mas vós não sabeis o que traz o dia de amanhã. Que vem a ser, afinal, a vossa vida? Sois como a neblina que aparece um momento e se esvai em seguida. Deveríeis antes dizer: «Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo». Mas ao contrário, envaideceis-vos com a vossa arrogância. Toda a presunção desse género é má. Assim, quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado.
 
Salmo Responsorial: 48
R. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus.
 
Povos todos, escutai, habitantes do mundo inteiro, prestai ouvidos, humildes e poderosos, ricos e pobres, todos juntos.
 
Porque hei-de inquietar-me nos dias maus, quando me cerca a iniquidade dos perseguidores, dos que confiam na sua opulência e se vangloriam na sua grande riqueza?
 
O homem não pode pagar o seu resgate, não pode pagar a Deus a sua redenção. É muito caro o resgate da sua vida e ele nunca pagará o suficiente, para prolongar indefinidamente a sua ida e não experimentar a corrupção da morte.
 
Vê que morrem os sábios como perecem o ignorante e o insensato e deixam a outros a sua riqueza.
 
Aleluia. Eu sou o caminho, a verdade e a vida, diz o Senhor: Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Aleluia.
 
Evangelho (Mc 9,38-40): João disse a Jesus: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco». Jesus, porém, disse: «Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso favor».
 
«Quem não é contra nós, está a nosso favor»
 
Rev. D. David CODINA i Pérez (Puigcerdà, Gerona, Espanha)
 
Hoje escutamos uma recriminação ao apóstolo João, que vê a gente fazer o bem no nome de Cristo sem formar parte do grupo de seus discípulos: «Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não andava conosco» (Mc 9,38). Jesus nos dá a visão adequada que devemos ter diante destas pessoas: acolhê-las e aumentar essa visão, com humildade respeito a nós mesmos, compartilhando sempre um mesmo nexo de comunhão, uma mesma fé, uma mesma orientação, ou seja, caminhar juntos à perfeição do amor a Deus e ao próximo.
 
Este modo de viver nossa vocação de “Igreja” nos convida a revisar com paz e seriedade a coerência com que vivemos esta abertura de Jesus Cristo. Enquanto houver “outros” que nos “incomodem” porque fazem o mesmo que nós, isto é um claro indício de que o amor de Cristo ainda não nos impregna em toda sua profundidade, e nos pedirá a “humildade” de aceitar que não esgotamos “toda a sabedoria e o amor de Deus”. Definitivamente, aceitar que somos aqueles que Cristo escolhe para anunciar a todos como a humildade é o caminho para aproximar-nos a Deus.
 
Jesus obrou assim desde sua Encarnação, quando nos aproxima ao máximo a majestade de Deus na insignificância dos pobres. Diz são João Crisóstomo: «Cristo não se contentou em padecer na cruz e com a morte, e quis também fazer-se pobre e peregrino, ir errante e nu, quis ser jogado no cárcere e sofrer as debilidades, para conseguir a tua conversão». Se Cristo não deixou passar nenhuma oportunidade para que possamos viver o amor com os demais, tampouco deixemos passar a ocasião de aceitar ao que é diferente a nós no modo de viver sua vocação a formar parte da Igreja, porque «Quem não é contra nós, está a nosso favor» (Mc 9,40).
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«‘Jesus disse: Não está certo impedir-lhe…’. E é assim que nos disse que não só não nos devemos opor ao bem de qualquer parte que venha, senão que pelo contrário devemos procurá-lo quando não exista» (São Beda o Venerável)
 
«Fazer o bem é um dever, é um bilhete de identidade que o nosso Pai deu a todos, porque nos fez à sua imagem e semelhança. E Ele faz o bem sempre» (Francisco)
 
«A liberdade faz do homem um sujeito moral. Quando age de maneira deliberada, o homem é, por assim dizer, o pai dos seus atos. Os atos humanos, quer dizer, livremente escolhidos em consequência dum juízo de consciência, são moralmente qualificáveis. São bons ou maus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.749)
 
Viver em comunhão com os outros
 
Do site opusdei.org
 
Os Discípulos ainda têm dificuldade de entender Jesus, especialmente quando fala da paixão e da morte que o esperam. Eles ainda têm uma visão muito humana. Sem dúvida, amam Cristo, mas ainda não incondicionalmente, pois projetam nele as suas expectativas terrenas. Mas é inegável que são sempre sinceros, a sua atitude é a de quem deseja aprender. Dizem ao Senhor, com simplicidade e clareza, tudo o que pensam, tudo o que se perguntam dentro de si; contam-lhe o que conversam entre si e relatam as suas andanças apostólicas. Em uma ocasião, “João disse a Jesus: Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue. Jesus disse: Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9,38-39).
 
Podemos imaginar a paciência do Senhor ao realizar esta correção. Talvez até tenha se divertido um pouco com os primeiros passos daqueles que tinha escolhido para serem apóstolos. Os discípulos estavam agindo com boa intenção, mas ainda lhes faltava uma melhor compreensão das coisas, considerá-las do ponto de vista de Deus. Ainda viam a realidade de uma maneira muito simples, como se estivesse em preto e branco. Jesus, por outro lado, mostra-lhes que esta tem um colorido muito rico e que aquele homem que fazia o bem em seu nome não era tão estranho a Cristo como parecia. “Que grande coisa é compreender uma alma!” [1], exclamava Santa Teresa de Jesus. Qualquer pessoa que queira fazer o bem merece nosso delicado respeito, interesse, empatia e carinho. “Em virtude de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus, que é comunhão e comunicação-de-Si, trazemos sempre no coração a nostalgia de viver em comunhão, de pertencer a uma comunidade. Como afirma São Basílio, ‘nada é tão específico da nossa natureza como entrar em relação uns com os outros, ter necessidade uns dos outros’” [2].
 
Santo Agostinho escrevia que “assim como existe na [Igreja] católica o que não é católico, assim pode existir fora da católica o que é católico” [3]. Toda manifestação de bem no mundo é um motivo de alegria para aqueles que amam a fonte de todo bem. Na passagem evangélica que estamos considerando, “a atitude dos discípulos de Jesus é muito humana, deveras comum, e podemos encontrá-la nas comunidades cristãs de todos os tempos, provavelmente até em nós mesmos. Em boa-fé, aliás com zelo, gostaríamos de proteger a autenticidade de uma certa experiência (...). Então não conseguimos apreciar o bem que os outros praticam” [4].
 
São Josemaria, falando com uma pessoa que vivia em uma região com poucos católicos, dizia: “Na sua terra há muitos que não são cristãos, mas que pertencem de alguma forma à Igreja, por causa da sua justiça e da sua bondade. Tenho certeza de que se soubessem o que é a fé católica, gostariam de ser católicos (...). Nós pertencemos ao corpo da Igreja: somos uma parte desse corpo maravilhoso. E eles, se cumprirem a lei natural, têm uma espécie de batismo de desejo” [5].
 
O espírito de comunhão nos leva a nos concentrarmos no que nos une aos outros, e não no que nos separa. Jesus convida os seus discípulos “a não pensar segundo as categorias de ‘amigo/inimigo’, ‘nós/eles’, ‘quem está dentro/quem está fora’, ‘meu/seu’, mas a ir além, a abrir o coração para poder reconhecer a sua presença e a ação de Deus inclusive em âmbitos incomuns e imprevisíveis, e em pessoas que não fazem parte do nosso círculo. Trata-se de estar atento à genuinidade do bem, da beleza e da verdade que se faz, e não tanto ao nome e à proveniência de quem o pratica” [6].
 
Na ordem natural, Deus criou uma multidão imensa de anjos; muitas galáxias e planetas; incontáveis espécies de animais, plantas e minerais. Não é surpreendente que, na ordem sobrenatural, o Espírito Santo tenha querido, ao longo dos séculos, dar origem a inúmeros carismas que enriquecem a sua Igreja de uma forma maravilhosa. Fica claro que o Senhor ama a pluralidade, provavelmente porque estes carismas incontáveis, assim como de certa forma as criaturas materiais, refletem com luzes diversas a sua infinita perfeição.
 
À imagem de Deus, cada um de nós cristãos deve amar com entusiasmo o pluralismo e a multiplicidade. Como em uma grande família, nos alegramos e nos orgulhamos dos frutos de santidade de tantas instituições, tão diversas umas das outras, que deixaram um largo e profundo sulco na história da Igreja, e também moldaram de muitas maneiras a sociedade em que vivemos. Todo o trabalho que estas realidades eclesiais realizaram e continuam a realizar, assim como o de outras mais recentes, é sem dúvida um dom de Deus para o mundo. Por isso, São Josemaria aconselhava “Alegra-te quando vires que outros trabalham em bons campos de apostolado. E pede, para eles, graça de Deus abundante e correspondência a essa graça”[7].
 
Podemos pedir a Maria que nos ajude a estar sempre abertos ao amplo horizonte da ação do Espírito Santo, para sermos “sempre capazes de nos apreciarmos e estimarmos reciprocamente, louvando o Senhor pela ‘fantasia’ infinita com que Ele age na Igreja e no mundo” [8].
 
[1] Santa Teresa de Jesus, Livro da vida, 23,17.
[2] Francisco, Mensagem, 24/01/2019.
[3] Santo Agostinho, Sobre o batismo contra os donatistas, PL 43, VII, 39, 77.
[4] Francisco, Ângelus, 30/09/2018.
[5] São Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 22/02/1970.
[6] Francisco, Ângelus, Ângelus, 30/09/2018.
[7] San Josemaría, Caminho, n. 965.
[8] Bento XVI, Ângelus, 30/09/2012.
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA

 
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria,  rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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