Sta Luísa de Marillac,
viúva e religiosa. Patrona das Assistentes Sociais
ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Sab 2,1a.12-22): Dizem
os ímpios, pensando erradamente: «Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda
e se opõe às nossas obras. Censura-nos as transgressões da Lei e repreende-nos
as faltas de educação. Declara ter o conhecimento de Deus e chama-se a si mesmo
filho do Senhor. Tornou-se uma censura viva dos nossos pensamentos e até a sua
vista nos é insuportável. A sua vida não é como a dos outros e os seus caminhos
são muito diferentes. Somos considerados por ele como escória e afasta-se dos
nossos caminhos como de uma coisa impura. Proclama feliz a morte dos justos e
gloria-se de ter a Deus como pai. Vejamos se as suas palavras são verdadeiras,
observemos o que sucede na sua morte. Porque se o justo é filho de Deus, Deus o
protegerá e o livrará das mãos dos seus adversários. Provemo-lo com ultrajes e
torturas, para conhecermos a sua mansidão e apreciarmos a sua paciência.
Condenemo-lo à morte infame, porque, segundo diz, Alguém virá socorrê-lo».
Assim pensam os ímpios, mas enganam-se, porque a sua malícia os cega. Ignoram os
segredos de Deus e não esperam que a santidade seja premiada, nem acreditam que
haja recompensa para as almas puras.
Salmo Responsorial: 33
R. O Senhor está perto dos corações atribulados.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal, para
apagar da terra a sua memória. Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado e salva
os de ânimo abatido. Muitas são as tribulações do justo, mas de todas elas o
livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos, nem um só será quebrado. O
Senhor defende a vida dos seus servos, não serão castigados os que n’Ele se
refugiam.
Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai
da boca de Deus.
Evangelho (Jo
7,1-2.10.14.25-30): Depois disso, Jesus percorria a Galileia; não queria
andar pela Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo. Estava próxima a festa
dos judeus, chamada das Tendas. Depois que seus irmãos subiram para a festa,
Jesus subiu também, não publicamente, mas em segredo. Lá pelo meio da festa,
Jesus subiu ao templo e começou a ensinar. Alguns de Jerusalém diziam: «Não é
este a quem procuram matar? Olha, ele fala publicamente e ninguém lhe diz nada.
Será que os chefes reconheceram que realmente ele é o Cristo? Mas este, nós
sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é». Enquanto,
pois, ensinava no templo, Jesus exclamou: «Sim, vós me conheceis, e sabeis de
onde eu sou. Ora, eu não vim por conta própria; aquele que me enviou é
verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho dele e foi ele
quem me enviou!». Eles procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as
mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora.
«Ninguém lhe deitou as mãos, porque ainda não era chegada
a sua hora»
Fr. Matthew J. ALBRIGHT (Andover, Ohio, Estados Unidos)
Hoje, o Evangelho permite-nos contemplar a confusão que
surgiu quanto à identidade e missão de Jesus Cristo. Quando nos pomos cara a
cara com Jesus, há mal-entendidos e conjecturas acerca de quem Ele é, como se
cumprem n’Ele, ou não, as profecias do Antigo Testamento e sobre o que Ele
fará. As suposições e os preconceitos conduzem à frustração e à ira. Isto
sempre foi assim: a confusão à volta de Cristo e dos ensinamentos da Igreja
desperta sempre controvérsia e divisões religiosas. O rebanho dispersa-se se as
ovelhas não reconhecem o seu pastor!
As pessoas dizem: «Este nós sabemos de onde vem. Do Cristo,
porém, quando vier, ninguém saberá de onde seja» (Jo 7,27), e concluem que
Jesus não pode ser o Messias porque Ele não corresponde à imagem de “Messias”
em que tinham sido instruídos. Por outro lado, sabem que os Príncipes dos
Sacerdotes O querem matar, mas ao mesmo tempo vêem que Ele se movimenta
livremente sem ser preso. De modo que se perguntam se talvez as autoridades
«terão reconhecido verdadeiramente que este é o Cristo» (Jo 7,26).
Jesus atalha a confusão identificando-se a si próprio como o
enviado por Ele que é “verdadeiro” (cf. Jo 7,28). Cristo tem consciência da
situação, tal como João a retrata, e ninguém lhe deita a mão porque ainda não
tinha chegado a hora de revelar plenamente a sua identidade e missão. Jesus
desafia as expectativas ao mostrar-se, não como um líder conquistador para
derrotar a opressão romana, mas como o “Servo Sofredor” de Isaías.
O Papa Francisco escreveu: «A alegria do Evangelho enche o
coração e a vida inteira dos que se encontram com Jesus». É urgente que
ajudemos os outros a irem mais além das suposições e dos preconceitos sobre
quem é Jesus e o que é a Igreja, e ao mesmo tempo facilitar-lhes o encontro com
Jesus. Quando uma pessoa consegue saber quem é realmente Jesus, então abundam a
alegria e a paz.
«Mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha
chegado a sua hora»
Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha)
Hoje, o evangelista João diz-nos que a Jesus «não tinha
chegado a sua hora» (Jo 7,30). Refere-se à hora da Cruz, no preciso e precioso
momento de dar-se pelos pecados de toda a Humanidade. Ainda não tinha chegado a
sua hora, mas estava muito próxima. Será na Sexta-feira Santa quando o Senhor
levará até ao fim a vontade do pai Celestial e sentirá —como escrevia o Cardeal
Wojtyla— todo «o peso daquela hora na qual o servo de Yahvé deverá cumprir a
profecia de Isaías, pronunciando o seu “sim”».
Cristo —no seu constante desejo sacerdotal— fala muitíssimas
vezes desta hora definitiva e determinante (Mt 26,45; Mc 14,35; Lc 22,53; Jo
7,30; 12,27; 17,1). Toda a vida do Senhor será dominada por uma hora suprema e
irá desejá-la com todo o seu coração: «Um batismo eu devo receber, e como estou
ansioso até que isto se cumpra!» (Lc 12,50). E «na véspera da festa da Páscoa,
sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, a hora de passar deste mundo para o
Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim» (Jo 13,1).
Naquela sexta-feira, o nosso Redentor entregará o seu espírito nas mãos do Pai,
e desde esse momento a sua missão, já cumprida, passará a ser a missão da
Igreja e de todos os seus membros, animados pelo Espírito Santo.
A partir da hora de Getsêmani, da morte do Senhor na Cruz e
da Ressurreição, a vida começada por Jesus «guia toda a História» (Catecismo da
Igreja n.1165). A vida, o trabalho, a oração, a entrega de Cristo tornam-se
presente agora na sua Igreja: é também a hora do Corpo do Senhor; da sua hora
advém a nossa hora, a de o acompanhar na oração de Getsêmani, «sempre despertos
—como afirma Pascal— apoiando-o na sua agonia, até ao final dos tempos». É a
hora de agir como membros vivos de Cristo. Por isso, «tal como a Páscoa de
Jesus, acontecida “uma vez por todas” permanece sempre atual, da mesma forma a
oração da Hora de Jesus continua sempre presente na Liturgia da sua Igreja»
(Catecismo da Igreja n. 2746).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Muitas vezes, procurar Jesus é uma coisa boa porque é a
mesma coisa que procurar a Palavra, a verdade e a sabedoria. Enquanto
mantivermos a semente da verdade depositada na nossa alma, e os mandamentos, a
Palavra não se afastará de nós» (Orígenes)
«A liberdade nem sempre é poder fazer o que se quer: isto
torna-nos fechados, distantes e impede-nos de ser amigos abertos e sinceros. A
liberdade é o dom de se poder escolher o bem: isto sim é liberdade» (Francisco)
«Jesus, como antes d'Ele os profetas, professou pelo templo
de Jerusalém o mais profundo respeito. Ali foi apresentado por José e Maria,
quarenta dias depois do seu nascimento. Na idade de doze anos, decidiu ficar no
templo para lembrar aos seus pais que tinha de Se ocupar das coisas de seu Pai.
Ao templo subiu todos os anos, ao menos pela Páscoa, durante a vida oculta. O
seu próprio ministério público foi ritmado pelas peregrinações a Jerusalém nas
grandes festas judaicas» (Catecismo da Igreja Católica, nº 583)
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
* Ao longo dos capítulos 1 a 12 do Evangelho de João, vai
acontecendo a progressiva revelação que Jesus faz de si mesmo aos discípulos e
ao povo. Ao mesmo tempo e na mesma proporção, vai crescendo o fechamento e
a oposição das autoridades contra Jesus a ponto de elas decidirem a condenação
e a morte de Jesus (Jo 11,45-54). O capítulo 7, que meditamos no evangelho de
hoje, é uma espécie de balanço no meio do caminho. Já faz prever como será o
desfecho final.
* João 7,1-2.10: Jesus decide ir à festa dos Tabernáculos
em Jerusalém. A geografia da vida de Jesus no evangelho de João é diferente
da geografia nos outros três evangelhos. É mais completa. Conforme os outros
evangelhos, Jesus foi apenas uma única vez a Jerusalém, aquela em que ele foi
preso e morto. Conforme o evangelho de João, Jesus foi no mínimo duas ou três
vezes a Jerusalém para a festa de Páscoa. Por isso sabemos que a vida pública
de Jesus durou em torno de três anos. O evangelho de hoje informa que Jesus se
dirigiu mais uma vez para Jerusalém, mas não publicamente. Foi às ocultas, pois
na Judéia os judeus queriam matá-lo.
* Tanto aqui no capítulo 7 como nos outros capítulos,
João fala de “judeus”, e de “vocês judeus”, como se ele e Jesus não fossem
judeus. Esta maneira de falar reflete a situação da trágica ruptura que
ocorreu no fim do primeiro século entre os judeus (Sinagoga) e os cristãos
(Eclésia). Ao longo dos séculos, esta maneira de falar do evangelho de João
contribuiu para fazer crescer o antissemitismo. Hoje, é muito importante tomar
distância desta polêmica para não alimentar um antissemitismo. Nunca podemos
esquecer Jesus é judeu. Nasceu judeu, viveu como judeu e morreu como judeu.
Toda a sua formação é da religião e da cultura dos judeus.
* João 7,25-27: Dúvidas dos habitantes de Jerusalém a
respeito de Jesus. Jesus está em Jerusalém e fala publicamente às pessoas
que querem ouvi-lo. O povo fica confuso. Sabe que querem matar Jesus e ele anda
solto aos olhos de todos. Será que as autoridades reconheceram que ele é o
Messias? Mas como é que Jesus pode ser o messias? Todos sabem que ele vem lá de
Nazaré, mas do Messias, assim se ensinava, ninguém sabe a origem.
* João 7,28-29: Esclarecimento da parte de Jesus.
Jesus fala da sua origem. “Vocês sabem de onde eu sou”. Mas o que o povo não
sabe é a vocação e a missão que Jesus recebeu de Deus. Ele não veio por própria
vontade, mas como todo profeta veio obedecendo a uma vocação, que é o segredo
da vida dele. “Eu não vim por mim mesmo. Quem me enviou é verdadeiro, e vocês
não o conhecem. Mas eu o conheço, porque venho de junto dele, e foi ele quem me
enviou."
* João 7,30: Ainda não chegara a hora. Quiseram
prender Jesus, mas ninguém pôs a mão nele, “porque ainda não chegara a sua
hora”. No evangelho de João quem determina a hora e o rumo dos acontecimentos
não são os que detêm o poder, mas é o próprio Jesus. Ele é que determina a hora
(cf. Jo 2,4; 4,23; 8,20; 12.23.27; 13,1; 17,1). Mesmo pendurado na cruz, é
Jesus quem determina até a hora de morrer (Jo 19,29-30).
Para um confronto pessoal
1) Como eu vivo o meu relacionamento com os judeus?
Descobri alguma vez um pouco de antissemitismo dentro de mim? Consegui
eliminá-lo?
2) Como no tempo de Jesus, hoje em dia, há muitas ideias
e opiniões novas sobre as coisas da fé. Como faço? Eu me agarro às ideias
antigas e me fecho nelas, ou procuro entender o porquê das novidades?
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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