ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Dan
3,14-20.91-92.95): Naqueles dias, Nabucodonosor, rei de Babilónia, disse
aos três jovens israelitas: «Será verdade, Sidrac, Misac e Abdénago, que não
prestais culto aos meus deuses, nem adorais a estátua de ouro que mandei
levantar? Pois bem. Quando ouvirdes tocar a trombeta, a flauta, a cítara, a
harpa, o saltério, a gaita de foles e todos os outros instrumentos, estais
dispostos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Se não a
quiserdes adorar, sereis imediatamente lançados na fornalha ardente. E qual é o
deus que poderá livrar-Vos das minhas mãos?». Sidrac, Misac e Abdénago
responderam ao rei Nabucodonosor: «Não é necessário responder-te a propósito
disto, ó rei. O nosso Deus, a quem prestamos culto, pode livrar-nos da fornalha
ardente e livrar-nos também das tuas mãos. Mas ainda que o não faça, fica
sabendo, ó rei, que não prestamos culto aos teus deuses, nem adoraremos a
estátua de ouro que mandaste levantar». Então Nabucodonosor encheu-se de cólera
e alterou o semblante contra Sidrac, Misac e Abdénago. Mandou aquecer a
fornalha sete vezes mais do que o costume e ordenou a alguns dos seus mais
valentes guerreiros que ligassem Sidrac, Misac e Abdénago e os lançassem na
fornalha ardente. Entretanto, o rei Nabucodonosor, sobressaltado, levantou-se
precipitadamente e perguntou aos seus conselheiros: «Não é verdade que ligámos
e lançámos três homens na fornalha ardente?» Eles responderam: «Certamente, ó
rei». Continuou o rei: «Mas eu vejo quatro homens a passearem livremente no
meio do fogo sem nada sofrerem e o quarto tem o aspecto de um filho dos
deuses». Então Nabucodonosor exclamou: «Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e
Abdénago, que enviou o seu Anjo para livrar os seus servos, que, confiando
n’Ele, desobedeceram à ordem do rei e arriscaram a sua vida a fim de não
prestarem culto ou adoração a qualquer divindade que não fosse o seu Deus».
Salmo Responsorial: Dn 3
R. Digno é o Senhor de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais: digno de
louvor e de glória para sempre. Bendito o vosso nome glorioso e santo: digno de
louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no templo santo da vossa glória: digno de
louvor e de glória para sempre. Bendito sejais no trono da vossa realeza: digno
de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos e estais sentado
sobre os Querubins: digno de louvor e de glória para sempre. Bendito sejais no
firmamento do céu: digno de louvor e de glória para sempre.
Felizes os que recebem a palavra de Deus de coração
sincero e generoso e produzem fruto pela perseverança.
Evangelho (Jo 8,31-42): Jesus,
então, disse aos judeus que acreditaram nele: «Se permanecerdes em minha
palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a
verdade vos tornará livres». Eles responderam: «Nós somos descendentes de
Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis
livres’?» Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: todo aquele que
comete o pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre na
casa, o filho nela permanece para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar,
sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão. No
entanto, procurais matar-me, porque minha palavra não encontra espaço em vós.
Eu falo do que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai». Eles
responderam: «Nosso pai é Abraão». Jesus, então, lhes disse: «Se fôsseis filhos
de Abraão, praticaríeis as obras de Abraão! Agora, no entanto, procurais
matar-me, porque vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto Abraão não fez. Vós
fazeis as obras do vosso pai». Eles disseram então a Jesus: «Nós não nascemos
da prostituição. Só temos um pai: Deus». Jesus respondeu: «Se Deus fosse vosso
pai, certamente me amaríeis, pois é da parte de Deus que eu saí e vim. Eu não
vim por conta própria; foi ele quem me enviou».
«Se Deus fosse vosso pai, certamente me amaríeis»
Pe. Givanildo dos SANTOS Ferreira (Brasília, Brasil)
Hoje, o Senhor dirige duras palavras aos judeus. Não a
quaisquer judeus, mas, precisamente, àqueles que abraçaram a fé: Jesus falou
«aos judeus que acreditaram nele» (Jn 8,31). Sem dúvida, este diálogo de Jesus
reflete o início daquelas dificuldades causadas pelos cristãos judaizantes na
primeira hora da Igreja.
Como descendiam de Abraão segundo a carne, esses tais
discípulos de Jesus consideravam-se acima não somente dos gentios que viviam
longe da fé, mas também acima de qualquer discípulo não judeu partícipe da
mesma fé. Diziam eles: «Nós somos descendentes de Abraão» (Jn 8,33); «nosso pai
é Abraão» (v. 39); «só temos um pai, Deus» (v. 41). Apesar de serem discípulos
de Jesus, temos a impressão de que Jesus nada representava para eles, nada
acrescentava ao que já possuíam. Mas é aí mesmo que se encontra o grande erro
de todos eles. Os verdadeiros filhos não são os descendentes segundo a carne,
mas os herdeiros da promessa, isto é, aqueles que creem (cf. Rom 9,6-8). Sem a
fé em Jesus não é possível que alguém alcance a promessa de Abraão. Assim
sendo, entre os discípulos, "não há judeu ou grego; não há escravo ou
livre; não há homem ou mulher", porque todos são irmãos pelo batismo (cf.
Gal 3,27-28).
Não nos deixemos seduzir pelo orgulho espiritual. Os
judaizantes se consideravam superiores aos outros cristãos. Não é necessário
falar, aqui, dos irmãos separados. Mas pensemos em nós mesmos. Quantas vezes
alguns católicos se consideram melhores do que os outros católicos porque
seguem este ou aquele movimento, porque observam esta ou aquela disciplina,
porque obedecem a este ou àquele uso litúrgico. Uns, porque são ricos; outros,
porque estudaram mais. Uns, porque ocupam cargos importantes; outros, porque
vêm de famílias nobres. «Gostaria que cada um sentisse a alegria de ser
cristão... Deus guia a sua Igreja, a apoia mesmo e sobretudo nos momentos
difíceis» (Bento XVI).
«Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres»
Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu (Terrassa, Barcelona, Espanha)
Hoje quando estão faltando poucos dias para a Semana Santa,
o Senhor pede-nos que lutemos para viver coisas concretas, pequenas, mas às
vezes, não fáceis. Ao longo da reflexão as iremos explicando: basicamente
trata-se de perseverar na sua palavra. Que importante é referir nossa vida
sempre no Evangelho! Podemo-nos perguntar: que faria Jesus nesta situação que
devo afrontar? Como trataria a esta pessoa que me custa especialmente? Qual
seria a sua reação ante esta circunstância? O cristão deve ser — segundo São
Paulo— “outro Cristo”: «Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim»
(Gl 2,20). O reflexo do Senhor na nossa vida de cada dia, Como é? Sou seu espelho?
O Senhor assegura-nos que se perseveramos na sua palavra,
conheceremos a verdade e, a verdade nos fará livres (cf. Jo 8,32). Dizer a
verdade não sempre é fácil. Quantas vezes se nos escapam pequenas mentiras,
dissimulamos, fazemos como se não ouvíssemos? Não podemos enganar a Deus. Ele
vê-nos, nos contempla, nos ama e nos acompanha no nosso dia a dia. No oitavo
mandamento ensina-nos que não podemos fazer falsos testemunhos, nem dizer
mentiras, por pequenos que sejam, ainda que podem parecer insignificantes.
Tampouco tem cabimento as mentiras “de piedade”. «Seja o vosso sim, sim, e o
vosso não, não» (Mt 5,37), nos diz Jesus em outro momento. A liberdade, esta
tendência ao bem, está muito relacionada com a verdade. Algumas vezes não somos
suficientes livres porque na nossa vida há como um duplo fundo, não somos
claros. Temos de ser contundentes. O pecado da mentira nos escraviza.
«Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis» (Jo 8,42),
diz o Senhor. Como se concreta nosso interesse diário por conhecer o Mestre?
Com que devoção lemos o Evangelho, por pouco que seja o tempo de que dispomos?
Que posso deixar na minha vida, no meu dia? Os que me veem poderiam dizer que
leio a vida de Cristo?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Que morte mais fatal para a alma do que a liberdade de
errar?» (Santo Agostinho)
«“Libertação” significa transformação interior do homem,
como consequência do conhecimento da verdade. A transformação é, então, um
processo espiritual no qual o homem amadurece na verdadeira justiça e
santidade» (São João Paulo II)
«Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não
há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça. A opção pela
desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do
pecado (31)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.733)
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
* No evangelho de
hoje, continua a reflexão sobre o capítulo 8 de João. Em forma de círculos
concêntricos, João vai aprofundando o mistério de Deus que envolve a pessoa de
Jesus. Parece repetição, pois ele sempre torna a falar do mesmo assunto. Na
realidade, é o mesmo assunto, mas é cada vez num nível mais profundo. O evangelho
de hoje aborda o tema do relacionamento de Jesus com Abraão, o Pai do povo de
Deus. João procura ajudar as comunidades a compreenderem como Jesus se situa
dentro do conjunto da história do Povo de Deus. Ajuda-as a perceber a diferença
que existe entre Jesus e os judeus, pois também os judeus e aliás todos nós
somos filhos e filhas de Abraão.
* João 8,31-32: A liberdade que nasce da fidelidade à
palavra de Jesus. Jesus afirma aos judeus: "Se vocês guardarem a minha
palavra, vocês de fato serão meus discípulos; conhecerão a verdade, e a verdade
libertará vocês". Ser discípulo de Jesus é o mesmo que abrir-se para Deus.
As palavras de Jesus são na realidade palavras de Deus. Elas comunicam a
verdade, pois fazem conhecer as coisas do jeito que elas são aos olhos de Deus
e não aos olhos dos fariseus. Mais tarde, durante a última Ceia, Jesus ensinará
a mesma coisa aos discípulos.
* João 8,33-38: O que é ser filho e filha de Abraão?
A reação dos judeus é imediata: "Nós somos descendentes de Abraão, e nunca
fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: 'vocês ficarão livres'?” Jesus
rebate fazendo uma distinção entre filho e escravo e diz: "Quem comete o
pecado, é escravo do pecado. O escravo não fica para sempre na casa, mas o
filho fica aí para sempre. Por isso, se o Filho os libertar, vocês realmente
ficarão livres”. Jesus é o filho e vive na casa do Pai. O escravo não vive na
casa. Viver fora de casa, fora de Deus, é viver em pecado. Se eles aceitarem a
palavra de Jesus poderão tornar-se filhos e terão a liberdade. Deixarão de ser
escravos. E Jesus continua: “Eu sei que vocês são descendentes de Abraão; no
entanto, estão procurando me matar, porque minha palavra não entra na cabeça de
vocês”. Em seguida aparece bem clara a distinção: “Eu falo das coisas que vi
junto do Pai; vocês também devem fazer aquilo que ouvem do pai de vocês”. Jesus
lhes nega o direito de dizer que são filhos de Abraão, pois as obras deles
dizem o contrário.
* João 8,39-41a: Um filho de Abraão pratica as obras de
Abraão. Eles insistem em afirmar: “Nosso Pai é Abraão!” como se quisessem
apresentar a Jesus o documento de sua identidade. Jesus rebate: "Se vocês
são filhos de Abraão, façam as obras de Abraão. Agora, porém, vocês querem me
matar, e o que eu fiz, foi dizer a verdade que ouvi junto de Deus. Isso Abraão
nunca fez. Vocês fazem a obra do pai de vocês”. Nas entrelinhas, ele sugere que
o pai deles é satanás (Jo 8,44). Sugere que são filhos da prostituição.
* João 8,41b-42: Se Deus fosse pai de vocês, vocês me
amariam, porque eu saí de Deus. Usando palavras diferentes, Jesus repete a
mesma verdade: “Quem é de Deus escuta as palavras de Deus”. A origem desta
afirmação vem de Jeremias que disse: “Colocarei minha lei em seu peito e a
escreverei em seu coração; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.
Ninguém mais precisará ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: "Procure
conhecer a Javé". Porque todos, grandes e pequenos, me conhecerão -
oráculo de Javé. Pois eu perdoo suas culpas e esqueço seus erros” (Jr
31,33-34). Mas eles não se abriram para esta nova experiência de Deus, e por
isso não reconhecem Jesus como o enviado do Pai.
Para um confronto pessoal
1) Liberdade que se submete totalmente ao Pai. Existe
algo assim em você? Conhece pessoas assim?
2) Qual a experiência mais profunda em mim que me
leva a reconhecer Jesus como o enviado de Deus?
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as
vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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