Santa Francisca Romana, viúva
e religiosa
ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Os 6,1-6): Vinde,
voltemos para o Senhor. Se Ele nos feriu, Ele nos curará. Se nos atingiu com os
seus golpes, Ele tratará as nossas feridas. Ao fim de dois dias, Ele nos fará
viver de novo; ao terceiro dia nos levantará e viveremos na sua presença.
Procuremos conhecer o Senhor: a sua vinda é certa como a aurora. Virá a nós
como o aguaceiro de Outono, como a chuva da Primavera sobre a face da terra.
«Que farei por ti, Efraim? Que farei por ti, Judá?» – diz o Senhor – «O vosso
amor é como o nevoeiro da manhã, como o orvalho da madrugada que logo se
evapora. Por isso os castiguei por meio dos Profetas e os matei com palavras da
minha boca; e o meu direito resplandece como a luz. Porque Eu quero a
misericórdia e não os sacrifícios, o conhecimento de Deus, mais que os holocaustos».
Salmo Responsorial: 50
R. Eu quero a misericórdia e não os sacrifícios.
Compadecei-Vos de Mim, ó Deus, por vossa bondade, pela vossa
grande misericórdia, apagai os meus pecados. Lavai-me de toda a iniquidade e
purificai-me de todas as faltas.
Não é do sacrifício que Vos agradais e, se eu oferecer um
holocausto, não o aceitareis. Sacrifício agradável a Deus é o espírito
arrependido: não desprezareis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.
Pela vossa bondade, tratai Sião com benevolência, reconstruí
os muros de Jerusalém. Então Vos agradareis dos sacrifícios devidos, oblações e
holocaustos, então serão oferecidas vítimas sobre o vosso altar.
Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos
corações.
Evangelho (Lc 18,9-14): Para
alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus
contou esta parábola: «Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu,
o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: ‘Deus, eu te
agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem
como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a
minha renda’. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar
os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem compaixão de
mim, que sou pecador! ’ Eu vos digo: este último voltou para casa justificado,
mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será
exaltado».
«Eu vos digo: este último voltou para casa justificado»
Fr. Gavan JENNINGS (Dublín, Irlanda)
Hoje, Cristo apresenta-nos dois homens que, a um observador
casual, podiam parecer quase idênticos, já que se encontram no mesmo lugar,
realizando a mesma atividade: ambos «subiram ao templo para orar» (Lc 18,10).
Porém, para além das aparências, no mais profundo das suas consciências, os
dois homens são radicalmente diferentes: um, o fariseu, tem a consciência
tranquila, enquanto o outro, o publicano—cobrador de impostos — está inquieto
devido a sentimentos de culpa.
Hoje em dia tendemos a considerar os sentimentos de culpa –
os remorsos — como algo próximo de uma aberração psicológica. Contudo, o
sentimento de culpa permite ao publicano sair reconfortado do Templo, uma vez
que «este voltou para casa justificado, mas o outro não» (Lc 18,14). «O
sentimento de culpa», escreveu Bento XVI, quando ainda era Cardeal Ratzinger
(“Consciência e verdade”), afasta a falsa tranquilidade de consciência e
podemos chamar-lhe “protesto da consciência” contra a minha existência auto
satisfeita. É tão necessário para o homem como a dor física, que significa uma
alteração corporal do funcionamento normal».
Jesus não nos induz a pensar que o fariseu não esteja a
dizer a verdade quando afirma que não é ladrão, nem desonesto, nem adúltero e
paga o dízimo no Templo (cf. Lc 18,11); nem que o cobrador de impostos esteja a
delirar ao considerar-se a si próprio como um pecador. A questão não é essa. O
que realmente acontece é que «o fariseu não sabe que também tem culpas. Ele tem
uma consciência plenamente clara. Mas o “silêncio da consciência” fá-lo
impenetrável perante Deus e perante os homens, enquanto o “grito de
consciência”, que inquieta o publicano, o torna capaz da verdade e do amor.
Jesus pode remover os pecadores!» (Bento XVI).
«Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será
exaltado»
Rev. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu, Barcelona,
Espanha)
Hoje, imersos na cultura da imagem, o Evangelho proposto tem
uma profunda carga de conteúdo. Mas vamos por partes.
Na passagem que contemplamos vemos que na pessoa há um nó
com três cordas, de maneira que é impossível desfazê-lo se não temos presentes
as três cordas mencionadas. A primeira nos relaciona com Deus; a segunda, com
os outros; e a terceira com nós mesmos. Reparemos nisto: aqueles a quem
dirige-se Jesus «que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros»
(Lc 18,9) e, desta maneira, rezavam mal. As três cordas estão sempre
relacionadas!
Como fundamentar bem essas relações? Qual é o segredo para
desfazer o nó? Nos diz a conclusão dessa incisiva parábola: a humildade. Assim
mesmo expressou Santa Teresa de Ávila «A humildade é a verdade».
É certo: a humildade nos permite reconhecer a verdade sobre
nós mesmos. Nem nos envaidecer, nem nos menosprezar. A humildade nos faz
reconhecer como tal os dons recebidos, e permite-nos apresentar ante Deus o
trabalho da jornada. A humildade reconhece também os dons dos outros. E mais
ainda, alegra-se deles.
Finalmente, a humildade é também a base da relação com Deus.
Pensemos que, na parábola de Jesus, o fariseu leva uma vida irrepreensível, com
as práticas religiosas semanais e, inclusive, exerce a esmola! Mas não é
humilde e isto carcome todos os seus atos.
Temos perto a Semana Santa. Prontamente contemplaremos –uma
vez mais!- a Cristo na Cruz. «O Senhor crucificado é um testemunho insuperável
de amor paciente e de humilde mansidão» (João Paulo II). Ali veremos como, ante
a súplica de Dimas –«Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar» (Lc
23,42)— o Senhor responde com uma “canonização fulminante”, sem precedentes:
«Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso» (Lc 23,43). Esta
personagem era um assassino que fica, finalmente, canonizado pelo próprio
Cristo antes de morrer.
É um caso inédito e, para nós, um consolo...: nós não
“fabricamos” a santidade, mas antes é entregue por Deus, se Ele encontra em nós
um coração humilde e convertido.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O coração tem que ser quebrantado. Não tenha medo de perder
o coração ao quebrantá-lo, pois também diz o salmo: Oh Deus, cria em mim um
coração puro. Para que seja criado esse coração puro, tem que quebrantar antes
o impuro» (Santo Agostinho)
«Estamos sempre prontos para passar por inocente, mas assim
não se avança na vida cristã... Antes e depois da confissão, em tua vida, em
tua oração, você é capaz de se acusar a você mesmo? Ou é mais fácil acusar aos
outros?» (Francisco)
«Sem ser estritamente necessária, a confissão das faltas
quotidianas (pecados veniais) é, contudo, vivamente recomendada pela Igreja.
Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a
nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por
Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência, neste
sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos»
(Catecismo da Igreja Católica, n° 1458)
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
* No Evangelho de hoje, Jesus conta a parábola do fariseu
e do publicano para ensinar como rezar. Jesus tinha outra maneira de ver as
coisas da vida. Ele via algo de positivo no publicano, de quem todo mundo
dizia: “Ele nem sabe rezar!” Jesus vivia tão unido ao Pai pela oração, que tudo
se tornava expressão de oração para ele.
* A maneira de
apresentar a parábola é muito didática. Lucas dá uma breve introdução que
serve como chave de leitura. Em seguida, Jesus conta a parábola e, no fim, o
próprio Jesus faz a aplicação da parábola na vida.
* Lucas 18,9: A
introdução. A parábola é apresentada com a seguinte frase: "Jesus
contou ainda esta parábola para alguns que, convencidos de serem justos,
desprezavam os outros!" A frase é de Lucas. Ela se refere, ao tempo de
Jesus. Mas ela também se refere ao tempo do próprio Lucas e ao nosso tempo.
Sempre há pessoas e grupos de pessoas que se consideram justos e fiéis e que
desprezam os outros como ignorantes e infiéis.
* Lucas 18,10-13: A parábola. Dois homens sobem ao
templo para rezar: um fariseu e um publicano. Na opinião do povo daquela época,
os publicanos não prestavam para nada e não podiam dirigir-se a Deus, pois eram
pessoas impuras. Na parábola, o fariseu agradece a Deus por ser melhor do que
os outros. A sua oração nada mais é do que um elogio de si mesmo, uma auto
exaltação das suas boas qualidades e um desprezo pelos outros e pelo próprio
publicano. O publicano nem sequer levanta os olhos, bate no peito e apenas diz:
"Meu Deus, tem dó de mim que sou um pecador!" Ele se coloca no seu
lugar diante de Deus.
* Lucas 18,14: A aplicação. Se Jesus tivesse deixado
ao povo opinar para dizer quem dos dois voltou justificado para casa, todos
teriam respondido: "É o fariseu!" Pois esta era a opinião comum
naquela época. Jesus pensa diferente. Para ele, quem voltou justificado para casa,
isto é, em boas relações com Deus, não é o fariseu, mas sim o publicano. Jesus
virou tudo pelo avesso. As autoridades religiosas da época não devem ter
gostado da aplicação que ele fez desta parábola.
* Jesus Orante. É sobretudo Lucas que nos informa
sobre a vida de oração de Jesus. Ele apresenta Jesus em constante oração. Eis
uma lista de textos do evangelho de Lucas, nos quais Jesus aparece em oração:
Lc 2,46-50; 3,21: 4,1-12; 4,16; 5,16; 6,12; 9,16.18.28; 10,21; 11,1; 22,32;
22,7-14; 22,40-46; 23,34; 23,46; 24,30. Lendo o evangelho de Lucas você poderá
encontrar outros textos que falam da oração de Jesus. Jesus vivia em contato
permanente com o Pai. A respiração da vida dele era fazer a vontade do Pai (Jo
5,19). Jesus rezava muito e insistia, para que o povo e seus discípulos
fizessem o mesmo, pois é no contato com Deus que a verdade aparece e que a
pessoa se encontra consigo mesma em toda a sua realidade e humildade. Em Jesus,
a oração estava intimamente ligada aos fatos concretos da vida e às decisões
que ele devia tomar. Para poder ser fiel ao projeto do Pai, ele buscava estar a
sós com Ele para escutá-lo. Jesus rezava os Salmos. Como todo judeu piedoso,
conhecia-os de memória. Jesus chegou a fazer o seu próprio salmo. É o Pai
Nosso. Sua vida era uma oração permanente: "Eu a cada momento faço o que o
Pai me mostra para fazer!" (Jo 5,19.30). A ele se aplica o que diz o
Salmo: "Eu sou oração!" (Sl 109,4).
Para um confronto pessoal
1. Olhando no espelho desta parábola, eu sou como o
fariseu ou como o publicano?
2. Tem pessoas que dizem que não sabem rezar, mas
elas conversam com Deus o tempo todo. Você conhece pessoas assim?
ORAÇÃO - Ó
glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste
mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem
as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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