Transladação da Santa Casa de Loreto
Sta. Joana Francisca de Chantal, viúva e religiosa
1ª
Leitura (Is 40,1-5.9-11): Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso
Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os
seus trabalhos e está perdoada a sua culpa, porque recebeu da mão do Senhor
duplo castigo por todos os seus pecados. Uma voz clama: «Preparai no deserto o
caminho do Senhor, abri na estepe uma estrada para o nosso Deus. Sejam alteados
todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos
tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas. Então se manifestará a glória do
Senhor e todo o homem verá a sua magnificência, porque a boca do Senhor falou».
Sobe ao alto dum monte, arauto de Sião! Grita com voz forte, arauto de
Jerusalém! Levanta sem temor a tua voz e diz às cidades de Judá: «Eis o vosso
Deus. O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com Ele vem o seu
prémio, precede-O a sua recompensa. Como um pastor apascentará o seu rebanho e
reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as
ovelhas ao seu descanso».
Salmo
Responsorial: 84
R. Mostrai-nos o vosso amor e
dai-nos a vossa salvação.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis. A sua salvação está perto dos
que O temem e a sua glória habitará na nossa terra.
Encontraram-se a misericórdia e a
fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça. A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.
O Senhor dará ainda o que é bom e
a nossa terra produzirá os seus frutos. A justiça caminhará à sua frente e a
paz seguirá os seus passos.
2ª
Leitura (2Pe 3,8-14): Há uma coisa, caríssimos, que não deveis esquecer:
um dia diante do Senhor é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não
tardará em cumprir a sua promessa, como pensam alguns. Mas usa de paciência
para convosco e não quer que ninguém pereça, mas que todos possam
arrepender-se. Entretanto, o dia do Senhor virá como um ladrão: nesse dia, os
céus desaparecerão com fragor, os elementos dissolver-se-ão nas chamas e a
terra será consumida com todas as obras que nela existem. Uma vez que todas as
coisas serão assim dissolvidas, como deve ser santa a vossa vida e grande a
vossa piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, em que os céus se
dissolverão em chamas e os elementos se fundirão no ardor do fogo! Nós
esperamos, segundo a promessa do Senhor, os novos céus e a nova terra, onde
habitará a justiça. Portanto, caríssimos, enquanto esperais tudo isto,
empenhai-vos, sem pecado nem motivo algum de censura, para que o Senhor vos
encontre na paz.
Aleluia. Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas e toda a criatura verá a salvação de Deus.
Aleluia.
Evangelho
(Mc 1,1-8): Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Está
escrito no profeta Isaías: «Eis que envio à tua frente o meu mensageiro, e ele
preparará teu caminho. Voz de quem clama no deserto: Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as veredas para ele». Assim veio João, batizando no deserto
e pregando um batismo de conversão, para o perdão dos pecados. A Judéia inteira
e todos os habitantes de Jerusalém saíam ao seu encontro, e eram batizados no
rio Jordão, confessando os seus pecados. João se vestia de pelos de camelo,
usava um cinto de couro à cintura e alimentava-se de gafanhotos e mel
silvestre. Ele proclamava: «Depois de mim vem aquele que é mais forte do que
eu. Eu nem sou digno de, abaixando-me, desatar a correia de suas sandálias. Eu
vos batizei com água. Ele vos batizará com o Espírito Santo».
«Assim veio João, batizando no
deserto e pregando um batismo de conversão»
Fr. Faust BAILO (Toronto, Canadá)
Hoje, quando se levanta o pano do
drama divino, podemos ouvir logo a voz de alguém que proclama: «Preparai o
caminho do Senhor, endireitai as veredas para ele» (Mc 1,3). Hoje,
encontramo-nos perante um João Batista que prepara o cenário para a chegada de
Jesus.
Alguns julgavam que João era o
verdadeiro Messias. Pois falava como os antigos profetas, dizendo que o homem
deve sair do pecado para fugir do castigo e voltar a Deus a fim de encontrar a
sua misericórdia. Mas esta é uma mensagem para todos os tempos e para todos os
lugares, e João proclamava-a com urgência. Assim, aconteceu que um caudal de
gente, de Jerusalém e de toda a Judeia, inundou o deserto de João para ouvir a
sua pregação.
Como é que João atrai tantos
homens e mulheres? Certamente denunciava Herodes e os líderes religiosos, um
ato de valor que fascinava as pessoas do povo. Mas, ao mesmo tempo, não se
poupava em palavras fortes para todos eles: porque eles também eram pecadores e
deviam arrepender-se. E, ao confessarem os seus pecados, batizava-os no rio
Jordão. Por isso, João Batista os fascinava, porque entendiam a mensagem do
autêntico arrependimento que lhes queria transmitir. Um arrependimento que era
algo mais que uma confissão do pecado —em si, um grande passo em frente e de
fato muito bonito! Mas, também, um arrependimento baseado na crença de que
apenas Deus pode, ao mesmo tempo, perdoar e apagar, cancelar a dívida e varrer
os restos do meu espírito, retificar os meus caminhos morais, tão desonestos.
«Não desaproveiteis este tempo de
misericórdia oferecido por Deus», diz São Gregório Magno. —Não estraguemos este
momento apto para impregnar-nos deste amor purificador que se nos oferece,
podemos agora dizer que o tempo de Advento começa agora, entre nós, a abrir-se
caminho.
Estamos preparados, durante este
advento, para direcionar os nossos caminhos a nosso Senhor? Posso converter
este tempo num tempo para uma conversão mais autêntica, mais penetrante na
minha vida? João pedia sinceridade –sinceridade comigo próprio- ao mesmo tempo
que abandono na misericórdia Divina. Ao fazê-lo, ajudava o povo a viver para
Deus, a compreender que viver é a forma de lutar para abrir os caminhos da
virtude e deixar que a graça de Deus vivifique o espírito com a sua alegria.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Nós sabemos de uma terceira
vinda do Senhor. Além da primeira e da última, há uma vinda intermédia. Esta
vinda intermédia é como um trilho pelo que se chega da primeira à última: na
primeira, Cristo foi a nossa redenção; na última, vai aparecer como a nossa
vida; nesta, é o nosso descanso e o nosso conforto» (São Bernardo)
«Uma das características de Deus
é que Ele é o "Deus-que-vem". Não é um Deus que está no céu, sem
interessar-se por nós e pela nossa história, senão que Ele é o “Deus-que-vem”.
É um Padre que nunca deixa de pensar em nós» (Bento XVI)
«Finalmente, com João Baptista, o
Espírito Santo inaugura, em prefiguração, aquilo que vai realizar com e em
Cristo: restituir ao homem «a semelhança» divina. O batismo de João era para o
arrependimento: o Batismo na água e no Espírito será um novo nascimento»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 720)
João Batista apareceu no
deserto, a pregar um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados.
Do site da Ordem do Carmo em
Portugal.
* A unidade literária de Marcos
1, 1-13, à qual pertence o nosso texto (Mc 1, 1-8), é uma breve introdução ao
anúncio da Boa Nova. São três os pontos principais: 1) A Boa Nova é preparada
pela atividade de João Baptista (Mc 1, 2-8). 2) É proclamada por ocasião do
Baptismo de Jesus (Mc 1, 9-11). 3) É provada no momento da tentação de Jesus no
deserto (Mc 1, 12-13). Nos anos 70, época em que Marcos escreve o seu
Evangelho, as comunidades viviam numa situação difícil. Do exterior eram
perseguidas pelo império romano. A partir de dentro viviam-se dúvidas e
tensões. Alguns grupos afirmavam que João Baptista era igual a Jesus (At 18,
26; 19,3). Outros queriam saber como deviam começar o anúncio da Boa Nova de Jesus.
Nestes poucos versículos Marcos começa a responder, narrando como se iniciou a
Boa Nova de Deus que Jesus nos anuncia e qual é o lugar que João Baptista ocupa
no projeto de Deus.
* O Evangelho de Marcos começa
deste modo: Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1, 1).
Tudo tem um início. Também a Boa Nova que Jesus nos comunica tem um princípio.
Cita os profetas Isaías e Malaquias e menciona João Baptista, que prepara a
vinda de Jesus. Marcos mostra-nos, deste modo, que a Boa Nova de Deus, revelada
por Jesus, não caiu do céu, mas que vem de longe, através da História. E tem um
precursor, alguém que preparou a vinda de Jesus. Também para nós a Boa Nova
chega-nos através de pessoas e acontecimentos bem concretos que nos indicam o
caminhos que leva a Jesus. Por isso, ao meditar o texto de Marcos, convém não
esquecer esta pergunta: “Na história da minha vida quem me indicou o caminho
que conduz a Jesus? Ajudei alguém a descobrir a Boa Nova de Deus? Fui o
precursor para alguém?”.
* Marcos 1, 1: Princípio do
Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. Na primeira frase do seu
Evangelho, Marcos diz: Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus!
(Mc 1, 1). No final do Evangelho, no momento da morte de Jesus, um soldado
romano exclama: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus! (Mc 15, 39). No
princípio e no fim encontra-se este título de Filho de Deus. Entre o princípio
e o fim, ao longo das páginas do Evangelho, Marcos esclarece como deve ser
entendida e anunciada esta verdade central da nossa fé: Jesus é o Filho de
Deus.
* Marcos 1, 2-3: A semente da
Boa Nova está escondida na esperança das pessoas. Para indicar o começo da
Boa Nova, Marcos cita os profetas Malaquias e Isaías. Nos textos destes dois
profetas aparece a esperança que habitava nos corações das pessoas no tempo de
Jesus. As pessoas esperavam que o mensageiro, anunciado por Malaquias, viesse a
preparar o caminho do Senhor (Mal 3, 1), segundo o que tinha sido proclamado
pelo profeta Isaías que diz: Uma voz grita: «Preparai no deserto o caminho do
Senhor» (Is 40, 3). Para Marcos a semente da Boa Nova é a esperança suscitada
nas pessoas pelas grandes promessas que Deus tinha feito no passado por meio
dos profetas. É importante descobrir a esperança que as pessoas têm no seu
coração. A esperança é a última a morrer!
* Marcos 1, 4-5: O movimento
popular suscitado por João Baptista faz crescer a esperança das pessoas.
Marcos faz como também nós fazemos. Serve-se da Bíblia para iluminar os
acontecimentos da vida. João Baptista tinha provocado um grande movimento
popular. Toda a região da Judeia e todos os habitantes de Jerusalém iam ao
encontro de João! Marcos serve-se dos textos de Malaquias e de Isaías para
iluminar este movimento popular, suscitado por João Baptista. Indica que com a
vinda de João Baptista a esperança do povo começou a encontrar uma resposta, a
realizar-se. A semente da Boa Nova começa a despontar, a crescer.
* Marcos 1, 6-8: João Baptista
é o Profeta Elias que as pessoas esperavam. Do Profeta Elias dizia-se que
vinha preparar o caminho do Messias “convertendo o coração dos pais para com os
filhos e o coração dos filhos para com os pais!” (Mal 3, 24; cf. Lc 1, 17), ou
seja, esperavam que Elias viesse
reconstruir a vida comunitária. Elias era conhecido como “um homem
vestido de peles e com um cinturão feito de couro à cintura” (2Re 1, 8). Marcos
diz que João se vestia com peles de camelo. Indicava com claridade que João
Baptista tinha vindo a cumprir a missão do Profeta Elias (Mc 9, 11-13).
* Nos anos 70, época em
que Marcos escreve, muitas pessoas pensavam que João Baptista fosse o Messias
(cf. At 19, 1-3). Para ajudá-las a discernir, Marcos cita as palavras do
próprio João: “Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu e de quem
não sou digno de desatar as suas sandálias. Eu batizei com água. Ele batizará
no Espírito Santo”. Marcos diz-nos que João indica o caminho para Jesus. Faz
saber às Comunidades que João não era o Messias, mas antes o seu precursor.
* O contexto mais amplo do
Evangelho de Marcos (Mc 1, 1-13). As pessoas pensavam que o baptismo de
João era uma realidade vinda de Deus !(Mc 11, 32) Tal como o povo, também Jesus
percebia que Deus se manifestava na mensagem de João. Por isso, saiu de Nazaré,
chegou ao Jordão, e colocou-se na fila para receber o baptismo. No momento em
que estava a ser batizado, Jesus teve uma experiência profunda de Deus. Viu os
céus a abrirem-se e o Espírito Santo descer sobre Ele, e a voz do Pai que
dizia: “Tu és o meu Filho predileto. Em ti pus toda a minha confiança”. Nesta
breves palavras aparecem três pontos muito importantes:
I
- Jesus experimentou Deus como um Pai e vê-se a si mesmo como um Filho. Eis
aqui a grande novidade que Ele nos comunica: Deus é Pai. O Deus que estava
longe como Deus Altíssimo torna-se próximo como Pai, bem próximo como Abba, Papai.
Isto é o centro da Boa Nova que Jesus nos traz.
II
- Uma frase que Jesus ouviu do Pai e do profeta Isaías, em que se
anuncia que o Messias é o Servo de Deus e do povo (Is 42,1). O Pai indicava a
Jesus a missão do Messias Servo e não a de um Rei glorioso. Jesus assumia esta
missão de serviço e foi fiel a ela até à morte, e morte de cruz! (cm Fil
2,7-8). Ele disse: “Não vim para ser servido, mas para servir!”(Mc 10,45).
III
- Jesus viu o céu a abrir-se e o Espírito descer sobre ele. Precisamente quando
Jesus descobre a sua missão de Messias Salvador, recebe o dom do Espírito Santo
para poder desenvolver a missão. O dom do Espírito Santo tinha sido prometido
pelos profetas (Is 11, 1-9; 61, 1-3; Jl 3, 1). A promessa começa a realizar-se
solenemente quando o Pai proclama Jesus como seu Filho predileto.
* Depois do Batismo o
Espírito de Deus toma posse de Jesus e lança-o para o deserto, onde se prepara
para a missão (Mc 1, 12s). Marcos diz que Jesus permaneceu no deserto 40 dias,
e que foi tentado pelo demónio, Satanás. Mateus 4, 1-11 explica as tentações,
tentações que assaltaram o povo no deserto depois da saída do Egipto: a
tentação do pão, a tentação do prestígio, a tentação do poder (Dt 8, 3; 6, 16;
Dt 6, 13). Tentação é tudo o que nos assalta no caminho para Deus. Deixando-se
orientar pela Palavra de Deus, Jesus enfrenta as tentações e não se deixa
desviar (Mt 4, 4.7.10). É em tudo igual a nós, até nas tentações, menos no
pecado (Hb 4, 15). Misturado no meio dos pobres e unido ao Pai pela oração,
fiel ao Pai e à oração, resiste e segue o seu caminho de Messias- Servo, o
caminho do serviço a Deus e ao povo (Mt 20, 28).
* Começo da Boa Nova de Jesus,
hoje. A semente da Boa Nova entre nós. Marcos começa o seu evangelho
descrevendo como foi o princípio do anúncio da Boa Nova de Deus. Talvez nós
desejaríamos uma data precisa. Mas o que temos é uma resposta aparentemente
confusa; depois Marcos cita Isaías e Malaquias (Mc 1, 2-3), fala de João
Baptista (Mc 1, 4-5), alude ao profeta Elias (Mc 1, 4), evoca a profecia de
Servo de Yahvé (Mc 1, 11) e faz-nos pensar nas tentações do povo no deserto,
depois da saída do Egipto (Mc 1, 13). Agora perguntemos: “Marcos, quando foi o
começo: na saída do Egipto, no deserto, com Moisés, Isaías, Malaquias ou com
João Baptista? Quando foi?”. O começo, a semente, pode ter sido tudo isso ao
mesmo tempo. O que Marcos quer sugerir é que deveríamos aprender a ler a nossa
história com outro olhar. O começo, a semente da Boa Nova de Deus, está
escondida na nossa vida, no nosso passado, na história em que vivemos. O povo
da Bíblia tinha esta convicção: Deus está presente na nossa vida e na nossa
história. Por isso ele preocupava-se em recordar os factos e as personagens do
passado. A pessoa que perde a memória da própria identidade não sabe de onde
vem nem para onde vai. Ele lia a história do passado para aprender a ler a
história do presente e descobrir nela os sinais da presença de Deus. É o que
Marcos faz no começo do seu evangelho. Trata de descobrir os factos, e aponta o
fio da esperança que vinha do Êxodo, de Moisés, passando pelo profeta Elias,
Isaías e Malaquias, até chegar a João Baptista que vê em Jesus aquele que
realiza a esperança do povo.
* Quais são os sinais de
esperança, por pequenos que sejam, que existem hoje na nossa história e que
apontam para um futuro mais justo e melhor? Eis algumas possíveis sugestões:
1)
a resistência e o despertar por todas as partes do mundo de raças oprimidas que
procuram a vida, a dignidade para todos;
2)
o despertar da consciência do género em muitas mulheres e homens, que revelam
novas dimensões da vida que antes não eram percebidas;
3)
a nova sensibilidade ecológica que aumenta por toda a parte, sobretudo entre os
jovens e as crianças;
4)
o conhecimento crescente da cidadania que procura novas formas de democracia;
5) diálogo e debates sobre problemas sociais que
suscitam um desejo de maior participação que até transforma as pessoas que no
meio do trabalho, do estudo, encontram tempo para dedicar gratuitamente o seu
serviço aos outros;
6)
a procura crescente de novas relações de ternura, de respeito mútuo entre as
pessoas;
7)
cresce a indignação das pessoas pela corrupção e a violência.
Algo de novo está a nascer que
não permite ficarmos indiferentes diante dos abusos políticos, sociais,
culturais de classe e de sexo. Há uma nova esperança, um sonho novo, um desejo
de mudança. O anúncio da Boa Nova será na verdade Boa Nova se for portadora
desta novidade que assoma no meio do povo. Ajudar a abrir os olhos para ver
esta novidade, comprometer as comunidades de fé na busca desta utopia significa
reconhecer a presença de Deus que liberta e transforma agindo no quotidiano da
nossa vida.
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