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sexta-feira, 12 de maio de 2023

MÊS DE MARIA – Domingo VI da Páscoa

São Matias, Apóstolo
 
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (At 8,5-8.14-17): Naqueles dias, Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente. As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia. De muitos possessos saíam espíritos impuros, soltando enormes gritos, e numerosos paralíticos e coxos foram curados. E houve muita alegria naquela cidade. Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João. Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles: só estavam batizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo.
 
Salmo Responsorial: 65
R. A terra inteira aclame o Senhor.
 
Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória do seu nome, celebrai os seus louvores, dizei a Deus: «Maravilhosas são as vossas obras».
 
«A terra inteira Vos adore e celebre, entoe hinos ao vosso nome». Vinde contemplar as obras de Deus, admirável na sua ação pelos homens.
 
Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi, vou narrar-vos quanto Ele fez por mim. Bendito seja Deus que não rejeitou a minha prece, nem me retirou a sua misericórdia.
 
2ª Leitura (1Pe 3,1.15-18): Caríssimos: Venerai Cristo Senhor em vossos corações, prontos sempre a responder, a quem quer que seja, sobre a razão da vossa esperança. Mas seja com brandura e respeito, conservando uma boa consciência, para que, naquilo mesmo em que fordes caluniados, sejam confundidos os que dizem mal do vosso bom procedimento em Cristo. Mais vale padecer por fazer o bem, se for essa a vontade de Deus, do que por fazer o mal. Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.
 
Aleluia. Se alguém Me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Aleluia.
 
Evangelho (Jo 14,15-21): «Se me amais, observareis os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e está em vós. Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós. Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele».
 
«Eu o amarei e me manifestarei a ele»
 
P. Júlio César RAMOS González SDB (Mendoza, Argentina)
 
Hoje, Jesus —como já o fizera com os seus discípulos— despede-se, pois regressa ao Pai para ser glorificado. Parece que isto entristece os discípulos que ainda o vêm apenas com um olhar físico, humano, que acredita, aceita e se agarra apenas ao que vê e toca. Esta sensação dos seus seguidores, que ainda hoje se sente em muitos cristãos, permite ao Senhor assegurar-nos que «não vos deixarei órfãos» (Jo 14,18), pois Ele pedirá ao Pai que nos envie «outro Paráclito» (Auxiliador, Intercessor: Jo 14,16), «o Espírito de Verdade» (Jo 14,17); além disso, apesar de o mundo não o poder “ver”, «vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis» (Jo 14,19). Assim, a confiança e a compreensão destas palavras de Jesus, suscitarão ao verdadeiro discípulo, o amor que se mostrará claramente em “possuir os seus mandamentos” e “guardá-los” (cf. v. 21). E mais ainda: quem isto vive, será amado de igual forma pelo Pai, e Ele —o Filho— ao seu discípulo fiel, o amará e se lhe manifestará (cf. v. 21).
 
Quantas palavras de alento, confiança e promessa nos chegam este Domingo! No meio das preocupações quotidianas —onde o nosso coração fica oprimido pelas sombras da dúvida, do desespero e do cansaço pelas coisas que nos parecem sem solução ou que entraram num caminho sem saída— Jesus convida-nos a senti-lo sempre presente, a descobrirmos que está vivo e nos ama, ao mesmo tempo que, ao que dá o passo firme de viver os seus mandamentos, lhe garante na sua plenitude da vida nova e ressuscitada.
 
Hoje, se nos manifesta vivo e presente nos ensinamentos das escrituras que ouvimos e na Eucaristia que recebemos. —Que a tua resposta seja a da vida nova que se entrega na vivência dos seus mandamentos, em particular o do amor.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«A vida verdadeira e autêntica é o Pai, a fonte pela qual, através do Filho, no Espírito Santo, emanam os seus dons para todos, e pela sua bondade também a nós, homens, nos foi prometido verdadeiramente, os bens da vida eterna» (São Cirilo de Jerusalém)
 
«Ser cristão principalmente não significa, aderir a uma certa doutrina, mas pelo contrário, vincular a nossa vida à pessoa de Jesus. O Espírito ensina-nos a única coisa indispensável: amar como Deus ama» (Francisco)
 
«Mais ainda: o que o Pai nos dá, quando a nossa oração se une à de Jesus, é `o outro Paráclito, para ficar convosco para sempre, o Espírito de verdade´ (Jo 14,16-17). Esta novidade da oração e das suas condições aparece ao longo do discurso do adeus. No Espírito Santo, a oração cristã é comunhão de amor com o Pai, não somente por Cristo, mas também n'Ele» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.615)
 
Falemos de Amor…
 
Pe. Tiago Silva
 
A liturgia do VI Domingo da Páscoa convida-nos a contemplar o amor de Deus! É um Domingo que nos conduz diretos ao coração, ao núcleo da nossa fé e da Revelação cristã. “Deus é Amor!” (1 Jo 4, 8) Eis que tudo se condensa e converge nesta verdade, transformando tudo o resto em glosa e comentário.
 
Não há nada em toda a história da humanidade mais desejado, procurado e tantas vezes confundido como o amor. Parece ser algo que nos define, que dá sentido à vida, mas que também destrói e faz sofrer. Mas afinal o que é o amor? Será algo utópico, platónico, como a linha do horizonte que sempre nos escaparia? Ou será algo real, verdadeiro, puro, pleno, profundo e principalmente acessível, próximo, ao meu alcance?
 
Nós, cristãos, acreditamos que o amor não é uma ideia, não é um sentimento, não é loucura ou devaneio epidérmico. O Amor (verdadeiro, com “A” grande) revelou-Se em Jesus Cristo. E uma vez revelado e descoberto, quer que permanecermos nele. Esta é, afinal, a Grande Notícia: eu sou infinitamente amado!
 
Jesus acabou de contar a parábola da videira, e na continuação imediata fala-nos do amor do Pai por Ele, e do amor d’Ele por nós.
 
Temos logo no princípio uma revelação trinitária: o Pai, o Filho e o Amor, que é o Espírito Santo. Deus Trindade é uma comunhão de Amor, e foi para nos introduzir nesta comunhão que Jesus veio ao mundo. A seiva desta videira é o Amor: a fonte é o Pai, que o comunica ao Filho, o qual, por sua vez, o comunica aos seus discípulos e amigos, para que estes o vivam e o comuniquem a outros, fazendo-o frutificar.
 
À mesa com os seus amigos, Jesus revela a sua intimidade, os segredos do seu coração.
 
No início do Evangelho de São João diz-se que “ninguém jamais viu a Deus, mas o Filho que está voltado para o peito do Pai no-lo deu a conhecer” (Jo 1, 18). Jesus conta-nos o segredo entre Ele e o Pai. E o segredo é o Amor.
 
É este segredo que Jesus vai revelar plenamente na cruz. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos”. É como se Jesus estivesse, ali no cenáculo, a antecipar aos seus amigos o que vai acontecer verdadeiramente nas próximas horas: o que será visto por todos será um crime, de um inocente condenado à morte; mas Jesus diz aos seus amigos que será Amor o que acontecerá na cruz, e isto só os seus amigos poderão compreender. São João, o discípulo amado, entendeu-o perfeitamente, porque fez exatamente aquilo que Jesus faz com o Pai na eternidade: reclinou a sua cabeça no peito do Senhor.
 
Jesus está a revelar a natureza do Amor: amar é dar a vida, transmitir a vida, entregar a vida. O Amor consiste nisto: Deus amou-nos por primeiro, ainda antes de nós o amarmos. O amor que salva é o amor que se recebe. É claro que é necessário amar de volta. Mas em primeiro lugar está o amor gratuito, infinito de Deus, que nos é entregue como Dom.
 
Eu fui amado! Eu sou amado! Com um amor infinito. É isto que salva!
 
Por isso, somos salvos pela fé. Porque a fé é amor passivo: eu acredito, eu creio que Deus me ama. Quando olho para a Cruz de Cristo, vejo o Amor de Deus, e creio n’Ele.
 
A fé é o primeiro passo para permanecer neste Amor.
 
O segundo passo é corresponder a esse Amor. “Como não amar de volta um Amor assim”, exclama Santo Agostinho, contemplando a cruz do Senhor.
 
E quando o amor é correspondido, nasce uma coisa nova: a amizade.
 
Amizade é amor correspondido. Se eu sou amado por Deus, mas não amo a Deus de volta, não sou amigo de Deus. Por isso Jesus diz para guardar os mandamentos.
 
Mas aqui está o drama. Nós não somos capazes de guardar os mandamentos, principalmente não damos conta de guardar o mandamento que Ele nos está a dar aqui: “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Jesus está a pedir que amemos os nossos irmãos como Ele nos amou na Cruz? Parece inacessível às nossas forças…
 
Este “como” pode ser um comparativo: “assim como” Jesus me amou, da mesma forma, na mesma medida eu preciso de amar.
 
Mas este “como” pode ser também a realidade que revela a causa escondida. “Como” eu recebi a graça do Amor de Cristo, então eu posso amar. Porque fui amado infinitamente por Jesus, então tenho um reservatório de amor que me torna capaz de amar. Porque Jesus morreu na Cruz por mim, jorra do seu lado aberto uma fonte inesgotável de Amor que me torna capaz de amar também, que me torna capaz de dar fruto e fruto que permaneça.
 
O amor de Jesus, recebido e vivido, é eterno. Este é o verdadeiro amor, o segredo da história, a nossa origem, o nosso fim, o nosso sustento, a essência de Deus, e também a essência dos filhos de Deus. “A minha vocação é o Amor” (Santa Teresinha). Permanecer neste Amor é a felicidade, a salvação, a libertação, a razão para o qual fomos criados; enfim, é o sumo bem.
 
Permanecei no meu amor. Temos uma pressa de mostrar aos outros que os amamos. Mas talvez nos seja mais difícil deixarmo-nos amar. Porque talvez pensemos que não merecemos ser amados, sendo tão imperfeitos e pecadores. Aceito que Deus me ame, assim como sou?
 
Para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa. O fruto de quem sabe que é amado é a alegria. Deus ama-me! Por que permaneço então ainda tão envolto em tristezas? Compreendo que talvez precise de pedir a Jesus que aumente a minha fé, e me faça acreditar, mais e em todas as circunstâncias, no Seu Amor?
 
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Afinal, o que é para mim o amor? Será somente aquilo que dizem ser, à minha volta, um sentimento, uma paixão, algo extraterrestre? É com Jesus que eu quero aprender o que significa amar?
 
Já não vos chamo servos…, mas amigos. Alimento a minha amizade com Jesus? Falo com Ele, encontro-me com Ele, abro-Lhe o coração, peço-Lhe ajuda? Quanto tempo tenho para Jesus no meu dia a dia?
 
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros. Entendo as minhas incoerências quando não amo os outros? Porque se Deus me amou, logo a mim, como não amarei eu também os outros? Mesmo aqueles que não correspondem com amizade. O que me impede ainda de dar a vida pelos outros?
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria,  rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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