Senhor, todo poderoso e
infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as
criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de
devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior
glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade,
recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para
mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os
benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos,
guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio,
pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA
1ª
Leitura (At 1,15-17.20-26): Naqueles dias, estavam reunidas cerca de
cento e vinte pessoas. Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse: «Irmãos,
era necessário que se cumprisse o que o Espírito Santo anunciou na Escritura,
pela boca de David, a respeito de Judas, que foi o guia dos que prenderam
Jesus. Na verdade, era um dos nossos e foi-lhe atribuída uma parte neste
ministério. Está escrito no Livro dos Salmos: ‘Fique deserta a sua morada e não
haja quem nela habite’. E ainda: ‘Receba outro o seu cargo’. É necessário,
portanto, que de entre os homens que estiveram conosco durante todo o tempo que
o Senhor Jesus viveu no meio de nós, desde o baptismo de João até ao dia em que
do meio de nós foi elevado ao Céu, um deles se torne conosco testemunha da sua
ressurreição». Apresentaram dois: José, chamado Barsabás, de sobrenome Justo, e
Matias. E , dizendo: «Senhor, que
conheceis o coração de todos os homens, indicai-nos qual destes dois
escolhestes para ocupar, no ministério apostólico, o lugar que Judas abandonou,
a fim de ir para o seu lugar». Deitaram sortes sobre eles e a sorte caiu em
Matias que foi agregado aos onze Apóstolos.
Salmo Responsorial: 112
R. O Senhor fê-lo sentar-se com os grandes do seu povo.
Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre.
Desde o nascer ao pôr do sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor domina sobre todos os povos, a sua glória está acima dos céus.
Quem se compara ao Senhor nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas e Se inclina lá do alto a olhar o céu e a terra?
Levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria, para o fazer sentar com os grandes, com os grandes do seu povo.
Eu vos escolhi do mundo, para
que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça.
Evangelho (Jo 15,9-17): Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros».
«Eu vos disse isso, para que a
minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa»
+ Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona,
Espanha)
Hoje, a Igreja recorda o dia em
que os Apóstolos escolheram o discípulo de Jesus que devia substituir Judas
Iscariotes. Como nos diz acertadamente S. João Crisóstomo numa das suas
homilias, na hora de eleger pessoas que gozarão de uma certa responsabilidade
podem ocorrer rivalidades ou discussões. Por isso, S. Pedro «se desentende das
invejas que poderiam ter surgido», deixa à sorte, à inspiração divina e evita
assim essa possibilidade. Na continuação diz este Padre da Igreja: «É que as
decisões importantes muitas vezes originam desgostos».
No Evangelho deste dia, o Senhor
fala aos Apóstolos acerca da alegria que devem ter: «para que a minha alegria
esteja em vós, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15,11). Na verdade, o
cristão, tal como Matias, viverá feliz, com uma alegria serena, se assumir os
diversos acontecimentos da vida à luz da graça da filiação divina. De outro
modo, acabaria por se deixar levar por falsos desgostos, por invejas néscias ou
por preconceitos de qualquer tipo. A alegria e a paz são sempre fruto da
abundância de entrega apostólica e da luta por alcançar a santidade. É o
resultado lógico e sobrenatural do amor a Deus e do espírito de serviço ao
próximo.
Romano Guardini escreveu: « A fonte da alegria encontra-se no mais profundo do interior da pessoa (…). Aí reside Deus. Então a alegria dilata-se e faz-nos luminosos. E tudo aquilo que é belo é recebido em todo o seu esplendor». Quando não estivermos contentes, temos de saber rezar como S. Tomás More: «Meu Deus, concedei-me o sentido de humor para que saboreie a felicidade na vida e consiga transmiti-la aos outros». Não esqueçamos o que também Sta. Teresa de Jesus pedia: «Meu Deus, livrai-me dos santos de cara triste, pois um santo triste é um triste santo».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«A partir das realidades que a alma conhece, o discurso divino lhe inspira secretamente um amor que não conhecia» (São Gregório Magno)
«A vocação cristã é isto: permanecer no amor de Deus. A relação de amor entre Ele e o Pai é a relação de amor entre Ele e nós» (Francisco)
«Jesus faz da caridade o mandamento novo (Jo 13,34). Amando os seus “até ao fim” (Jo 13,1) manifesta o amor do Pai, que Ele próprio recebe. E os discípulos, amando-se uns aos outros, imitam o amor de Jesus, amor que eles recebem também em si. É por isso que Jesus diz:” Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor” (Jo 15,9). E ainda: “É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (Jo 15,12)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1823)
Reflexão de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* Hoje é a festa do apóstolo
Matias. O Evangelho João 15,9-17 já foi meditado na sexta-feira da 5ª
Semana da Páscoa. Vamos retomar alguns pontos que já foram vistos naquele dia.
* João 15,9-11: Permanecer no
amor, fonte da perfeita alegria. Jesus permanece no amor do Pai observando
os mandamentos que dele recebeu. Nós permanecemos no amor de Jesus observando
os mandamentos que ele nos deixou. E devemos observá-los com a mesma medida com
que ele observou os mandamentos do Pai: “Se vocês obedecem aos meus
mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeci aos mandamentos do
meu Pai e permaneço no seu amor”. É
nesta união de amor do Pai e de Jesus que está a fonte da verdadeira alegria:
“Eu disse isso a vocês para que minha alegria esteja em vocês, e a alegria de
vocês seja completa”.
* João 15,12-13: Amar os
irmãos como ele nos amou. O mandamento de Jesus é um só: "amar-nos uns
aos outros como ele nos amou!" (Jo 15,12). Jesus ultrapassa o Antigo
Testamento. O critério antigo era: "Amarás o teu próximo como a ti
mesmo" (Lv 18,19). O novo critério é: "Amai-vos uns aos outros como
eu vos amei". Aqui ele disse aquela frase que cantamos até hoje:
"Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão!"
* João 15,14-15 Amigos e não empregados "Vocês serão meus amigos se praticarem o que eu mando", a saber, a prática do amor até à doação total de si! Em seguida, Jesus coloca um ideal altíssimo para a vida dos discípulos e das discípulas. Ele diz: "Não chamo vocês de empregados, mas de amigos. Pois o empregado não sabe o que faz o seu patrão. Chamo vocês de amigos, porque tudo que ouvi do meu Pai contei para vocês!" Jesus já não tinha mais segredos para os seus discípulos e suas discípulas. Tudo que ouviu do Pai contou para nós! Este é o ideal bonito da vida em comunidade: chegarmos a uma total transparência, a ponto de não haver mais segredos entre nós e de podermos confiar totalmente um no outro, de podermos partilhar a experiência que temos de Deus e da vida e, assim, enriquecer-nos mutuamente. Os primeiros cristãos conseguiram realizar este ideal durante alguns anos. Eles "eram um só coração e uma só alma" (At 4,32; 1,14; 2,42.46).
* João 15,16-17: Foi Jesus que nos escolheu. Não fomos nós que escolhemos Jesus. Foi ele que nos encontrou, nos chamou e nos deu a missão de ir e dar fruto, fruto que permaneça. Nós precisamos dele, mas ele também quer precisar de nós e do nosso trabalho para poder continuar fazendo hoje o que fez para o povo na Galileia. A última recomendação: "Isto vos mando: amai-vos uns aos outros!"
Para um confronto pessoal
1) Amar o próximo como Jesus nos amou. Este é o ideal de cada cristão. Como isto está sendo vivido por mim?
2) Tudo que ouvi do meu Pai contei para vocês. Este é o ideal da comunidade: chegar a uma total transparência. Como isto está sendo vivido na minha comunidade?
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
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Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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