Santa Luzia, virgem e mártir
Salmo Responsorial - Lc 1
R. A minha alma se alegra no meu
Deus.
A minha
alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador, *
pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me
de bendita.
O Poderoso
fez por mim maravilhas, e santo é o seu nome! * Seu amor, de geração em
geração, chega a todos os que o respeitam.
De bens
saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos. * Acolheu Israel, seu
servidor, fiel ao seu amor.
2ªLeitura (1Tes
5,16-24): Irmãos, vivei sempre contentes. Orai
sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso
respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não
desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de
toda a espécie de mal. O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o
vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo! Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá.
Aleluia. O Espírito do
Senhor sobre mim fez a sua unção, enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz
proclamação. Aleluia.
Evangelho (Jo
1,6-8.19-28): Veio um homem, enviado por Deus; seu
nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para
que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar
testemunho da luz. Este é o testemunho de João, quando os judeus enviaram, de
Jerusalém, sacerdotes e levitas para lhe perguntar: «Quem és tu?». Ele
confessou e não negou; ele confessou: «Eu não sou o Cristo». Perguntaram: «Quem
és, então? Tu és Elias?» Respondeu: «Não sou». — «Tu és o profeta?» — «Não»,
respondeu ele. Perguntaram-lhe: “Quem és, afinal? Precisamos dar uma resposta
àqueles que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo?» Ele declarou: «Eu sou a voz
de quem grita no deserto: ‘Endireitai o caminho para o Senhor!’, conforme disse
o profeta Isaías». Eles tinham sido enviados da parte dos fariseus, e
perguntaram a João: «Por que, então, batizas, se não és o Cristo, nem Elias,
nem o profeta?» João lhes respondeu: «Eu batizo com água. Mas entre vós está
alguém que vós não conheceis: aquele que vem depois de mim, e do qual eu não
sou digno de desatar as correias da sandália! ». Isso aconteceu em Betânia, do
outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
«Mas entre vós está
alguém que vós não conheceis»
Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Rubí, Barcelona,
Espanha)
A alegria é
uma característica essencial da fé. Sentir-se amado e salvo por Deus é um
grande gozo; saber que somos irmãos de Jesus Cristo que deu sua vida por nós é
o motivo principal da alegria cristã. Um cristão abandonado à tristeza terá uma
vida espiritual raquítica, não chegará a ver tudo o que Deus fez por ele e,
portanto, será incapaz de comunicá-lo. A alegria cristã brota da ação de
graças, sobretudo pelo amor que o Senhor nos manifesta; cada domingo o faz comunitariamente
ao celebrar a Eucaristia.
O Evangelho
nos apresenta a figura de João Batista, o precursor. João gozava de grande
popularidade entre as pessoas simples; mas, quando lhe perguntam, ele responde
com humildade: «Pois, então, quem és? perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse
ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não.» (cf. Jo 1,21); «João
respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do
calçado.» (Jo 1,26-27). Jesus Cristo é Aquele a quem esperamos; Ele é a Luz que
ilumina o mundo. O Evangelho não é uma mensagem estranha, nem uma doutrina
entre tantas outras, e sim, a Boa Nova que completa o sentido de toda vida
humana, porque nos foi comunicada pelo próprio Deus que se fez homem. Todo
cristão está chamado a confessar a Jesus Cristo e a ser testemunha de sua fé.
Como discípulos de Cristo, estamos chamados a contribuir como o dom da luz. Más
além dessas palavras, o melhor testemunho, é e será o exemplo de uma vida fiel.
Alegrai-vos! A
verdadeira alegria na vida é Jesus que com o seu nascimento vem para dissipar
as trevas do pecado e nos envolver na sua luz maravilhosa.
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Em primeiro
lugar, alegremo-nos, porque se aproxima o nosso Salvador e Libertador. Do que
nos salva? (1 leitura). Das correntes e dos grilhões que, quem sabe, atam a
nossa alma e por isso não é livre para se relacionar na oração humilde com esse
Deus da Salvação. Dos medos que nos paralisam e não nos deixam descobrir que
esse Salvador é Pai e Amigo e Companheiro de caminho à eternidade. Das
tristezas que nos afogam que nos impedem de sorrir ao experimentar a ternura
deste Deus Libertador que vem com os despojos da sua vitória na mão depois de
uma luta terrível contra o inimigo da nossa alma. Das falsas expectativas,
utopias e piscares de olhos que nos faz este mundo e os nossos sonhos fátuos,
que nos apresentam o seguimento de Cristo como um caminho de rosas, de êxitos e
reconhecimentos, quando na realidade sabemos que devemos segui-lo pelo caminho
da cruz, do esforço, mas com Ele do nosso lado. Vem para nos salvar de tudo
isso: das falsas ideologias, de esperanças disfarçadas, dos sistemas
socioeconômicos escravizadores e desumanos, dos nossos ridículos e devoradores
egoísmos, vaidades e ambições. Salvação completa, de corpo e alma e espirito
(segunda leitura).
Em segundo
lugar, alegremo-nos porque volta a nascer o Sol de justiça que lança a sua luz
sobre o nosso mundo. Aonde quer chegar com a sua luz? Quer chegar até a nossa
Igreja nesta hora fatídica, mas ao mesmo tempo entusiasmante e desafiadora, da
sua história para que continue guardando com zelo e carinho o depósito da fé
sem permitir elixires doces ou misturas esquisitas. Chegar neste mundo que se
ufana das suas conquistas cientificas, à margem de Deus e inclusive contra de
Deus; e a única coisa que pretende é ser vagalume para si mesmo. Chegar às
nossas famílias hoje bombardeadas e cujos escombros não nos permitem ver a
beleza desta igreja doméstica. Chegar aos nossos jovens que se preparam para um
matrimônio fiel e feliz, para que tenham a luz e o discernimento para dar esse
nobre passo no projeto de vida matrimonial segundo os desígnios de Deus. Chegar
aos nossos seminaristas e sacerdotes para que descubram ou redescubram a beleza
da vocação de entrega alegre e gozosa ao Senhor no celibato pelo Reino dos
céus, e não busquem outras compensações mundanas e álibis, que nunca os farão
felizes por levar uma vida de duas caras e não acorde com a sua consagração a
Deus em santidade de vida. Chegar aos nossos anciãos, para que a Luz de Cristo
lhes encha de esperança e consolo nesta etapa dourada da sua existência e
possam vislumbrar a eternidade no ocaso da sua vida. Chegar aos nossos irmãos
mais pobres e desfavorecidos, para que essa Luz de Cristo entre nos corações de
todos os que podem socorrê-los material, espiritual, moral e psicologicamente.
E, enfim, a luz de Cristo quer chegar a todos: crianças, artistas,
comunicadores, literatos; da mesma maneira com que o sol manda os seus raios a
todos, assim Cristo. Só que quem não abrir a janela ficará na escuridão.
Finalmente,
alegremo-nos porque a Palavra de Deus se encarna e acampará entre nós. O que
nos dirá essa Palavra? Deus é Amor e é Pai. Bem-aventurados os pobres, os
mansos, os sofridos, os que têm fome e sede da Vontade de Deus, os puros, os
misericordiosos, os pacificadores, os perseguidos. “Amai-vos uns aos outros
como eu vos tenho amado”, repartindo o pão com o necessitado, enxugando as
lágrimas daquele que chora, consolando o que está triste, animando o que está
desanimado e perdoando o inimigo.
Para refletir: Vivo alegre na minha vida cristã?
Quem é a fonte da minha alegria? Já abri de par em par as portas da minha
existência à luz de Cristo ou tenho algumas janelas fechadas onde não entrou
ainda esta Luz de Cristo? Quais: afetividade, vontade, sentimentos, êxitos,
fracassos…?
Para rezar: Senhor, enchei-me da vossa alegria e
da vossa luz. Senhor, que eu seja portador da vossa alegria e da vossa luz ao
redor dos que convivem comigo. Que a minha alegria seja funda e profunda,
fundamentada em Vós.
Qualquer sugestão ou
dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
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