ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus
Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração
Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e
em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos
séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à
imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada,
todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas
as minhas obras e palavras. Amém.
LECTIO DIVINA
MISSA DA VIGÍLIA
Evangelho (Jo
7,37-39) - No último dia, o grande dia
da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a
mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão
do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter
sido glorificado.
«Do seu interior
correrão rios de água viva»
Rev. D. Joan MARTÍNEZ Porcel (Barcelona, Espanha)
Hoje
contemplamos Jesus no último dia da festa dos Tabernáculos, quando de pé
gritou: «Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim, conforme a
Escritura: ‘Do seu interior correrão rios de água viva’» (Jo 7,37-38).
Referia-se ao Espírito. A vinda do Espírito é um teofania na que o vento e o
fogo nos lembram a transcendência de Deus. Depois de receber ao Espírito, os
discípulos falam sem medo. Na Eucaristia da vigília vemos ao Espírito como
usualmente referimo-nos ao papel do Espírito em relação individual, porém hoje
a palavra de Deus remarca sua ação na comunidade cristã: «Ele disse isso
falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele» (Jo 7,39).
O Espírito constitui a unidade firme e sólida que transforma a comunidade em um
corpo só, o corpo de Cristo. Também, ele mesmo é a origem da diversidade de
dons e carismas que nos diferenciam a todos e a cada um de nós.
A unidade é
signo claro da presença do Espírito nas nossas comunidades. O mais importante
da Igreja é invisível e, é precisamente a presença do Espírito que a vivifica.
Quando olhamos a Igreja unicamente com olhos humanos, sem fazê-la objeto de fé,
erramos, porque deixamos de perceber nela a força do Espírito. Na normal tensão
entre unidade e diversidade, entre igreja universal e local, entre comunhão
sobrenatural e comunidade de irmãos, necessitamos saborear a presença do Reino
de Deus na sua Igreja peregrina. Na oração coleta da celebração eucarística da
vigília pedimos a Deus que «os povos divididos (...) se congreguem por meio do
teu Espírito e, reunidos, confessem teu nome na diversidade de suas línguas».
Agora devemos
pedir a Deus saber descobrir o Espírito como alma de nossa alma e alma da
Igreja.
MISSA DO DIA
Textos: At
2, 1-11; 1Co 12, 3-7.12-13; Jo 20, 19-23
Evangelho (Jo
20,19-23): Ao anoitecer daquele dia, o
primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por
medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: «A paz esteja
convosco». Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se
alegraram por verem o Senhor. Jesus disse de novo: «A paz esteja convosco. Como
o Pai me enviou também eu vos envio». Então, soprou sobre eles e falou:
«Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a
quem os retiverdes, ficarão retidos».
«Recebei o Espírito
Santo»
Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa. (Barcelona, Espanha)
Hoje, no dia
de Pentecostes se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos
Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o
Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostes
renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações
externas. Assim culmina o mistério pascal.
O Espírito
que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade.
Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de
Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentecostes
acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos
por pessoas das mais diversas procedências e línguas.
O Espírito
Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a
obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe
uma força, uma capacidade nova.
O primeiro
dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de
Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível
para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um
vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes
então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um
deles» (At 2,2-3).
Todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens
atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam
o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito
estava neles.
O Espírito
Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida
da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu
interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a
relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração
de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.
A ação visível do
Espírito Santo na Igreja, através de um vento ruidoso, um fogo e umas línguas (primeira leitura).
Pe. Antonio Rivero, L.C.
No sexto
domingo de Páscoa vimos a ação invisível do Espírito Santo na alma de cada um
de nós: é o nosso Consolador ou Paráclito. Hoje, Pentecostes, a liturgia ressalta
a ação visível do Espírito Santo na Igreja. O Espírito Santo converte a Igreja
em missionária e católica, cujos efeitos são: vento que leva o pólen divino,
fogo que queima com a caridade quem o toca e língua para levar a mensagem de
Cristo.
Em primeiro
lugar, o Espírito Santo hoje se manifesta como vento, como sopro vivificador. O
Espírito Santo é como a alma da Igreja, que infunde santidade e estabilidade,
apesar de todos os pecados e misérias dos seus integrantes. É sopro que varre
toda a escória para deixar em cada coração o aroma do céu. Se a Igreja fosse
somente uma instituição humana, já teria se corrompido faz tempo e desaparecido
totalmente; como aconteceu com tantos projetos e impérios humanos. A Igreja,
apesar dos retrocessos, contramarchas e terríveis crises, permanece sempre com
o aroma do essencial, pois o Espírito é o sopro que limpa e purifica. E esse
aroma é transmitido como pólen divino que fecundará todas as culturas com o
amor de Cristo.
Em segundo
lugar, o Espírito Santo também se manifesta como fogo. Esse vento se converte
também em fogo que arde dentro de nós y nos impulsiona a sair para fora a todas
as periferias existenciais, como diria o Papa Francisco, para incendiar esse
mundo com a palavra do Evangelho. Em Pentecostes nasce a Igreja missionária e
ardente, lançada para levar o calor divino a todos os lugares do mundo. Sempre
teremos a tentação de voltar para o Cenáculo e de fechar a porta, especialmente
quando lá fora sopram ventos de contradição. Somente o Espírito nos dará força
para vencer esses medos e paralisias, como fez com os primeiros apóstolos, que
de covardes e medrosos, se converteram em intrépidos e audazes mensageiros da
Boa Nova, que levaram com ardor missionário a mensagem da salvação de Jesus.
Finalmente, o
Espírito Santo se manifesta como língua. Língua, não línguas, como aconteceu em
Babel a soberba do Gênese onde ninguém entendia ninguém. A língua do Espírito
Santo é uma só: a caridade, que nos une a todos num mesmo coração e numa mesma
alma. E com essa língua, a caridade, formamos em só corpo em Cristo pelo
Espírito (segunda leitura); e com essa língua podemos entender-nos em todas
partes, como aconteceu com os apóstolos, e levar a todo o mundo a mensagem de
amor e de perdão trazida por Cristo a este mundo (primeira leitura e
evangelho). O que destrói esta língua do Espírito são os mil dialetos
ideológicos que às vezes queremos falar nas relações com os demais para
defender o nosso egoísmo, os nossos interesses e as nossas ambições. No
Cenáculo, onde o Espírito Santo é infundido, as diferenças e as divisões são
superadas. A verdadeira unidade só provem de Deus Espírito que é princípio de
coesão (segunda leitura).
Para refletir: vou deixar a porta e as janelas
abertas do meu ser para que entrem o vento e o fogo do Espírito Santo neste
Pentecostes para depois contagiá-lo no meu entorno com a minha língua e a minha
conduta? Experimento em mim outros ventos e fogos que querem me destruir e
devorar a minha vida de graça e meu amor a Cristo? Falo a língua do Espírito
Santo que é a caridade ou tenho outros dialetos ideológicos?
Qualquer
sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
LADAINHA DO SAGRADO
CORAÇÃO
Senhor, tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
tende piedade de nós.
Senhor, tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos
Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de
Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de
Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de
Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de
Jesus, de majestade infinita,
Coração de
Jesus, templo santo de Deus,
Coração de
Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de
Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de
Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de
Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de
Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de
Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de
Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de
Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de
Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de
Jesus, no qual o Pai Celeste põe as suas complacências,
Coração de
Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de
Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de
Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de
Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de
Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de
Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de
Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de
Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de
Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de
Jesus, atravessado pela lança,
Coração de
Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de
Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de
Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de
Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de
Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de
Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de
Jesus, delícia de todos os Santos,
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos
Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais os pecados do mundo, tende
piedade de nós.
V. — Jesus,
manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante
ao vosso.
ORAÇÃO
Onipotente e
eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores
e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam
vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo,
vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por
todos os séculos dos séculos. Amém.
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO
DE JESUS (composta
por Sta. Margarida Maria)
Eu... (nome),
dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e
minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma
de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar. É esta a minha vontade
irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando
completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo,
pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida,
segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância,
reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó
Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de
mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha
confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da
vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que
o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa
jamais me esquecer, nem me separar de Vós.
Suplico-vos,
também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero
fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer
convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.
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