ORAÇÃO PREPARATÓRIA:
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos
olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos
efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos
do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA:
Evangelho (Jo 12,44-50): Jesus exclamou: «Quem
crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê
aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em
mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as
observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para
salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue:
a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta
própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e
falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo
de acordo com o que o Pai me disse».
«Quem crê em mim, não é em mim que
crê, mas naquele que me enviou»
P. Julio César RAMOS González
SDB (Mendoza, Argentina)
Hoje, Jesus grita; grita como alguém que precisa que
suas palavras sejam ouvidas por todos. Seu grito sintetiza sua missão
salvadora, pois tem vindo «não para julgar o mundo, mas para salvá-lo» (Jo
12,47), não por si mesmo, mas em nome do «Pai que me enviou, ele é quem me
ordenou o que devo dizer e falar» (Jo 12,49).
Ainda não faz um mês que celebramos o Tríduo Pascal:
o Pai estava tão presente na hora extrema, na hora da Cruz! Como escreveu S. João
Paulo II, «Jesus, aflito pela previsão da prova que o esperava, ante Deus, o
invoca com sua habitual e carinhosa expressão de confiança: ‘Abba, Pai’». Nas
horas seguintes, se faz evidente o diálogo estreito do Filho com o Pai: «Pai,
perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34); «Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).
A importância da obra do Pai, e do seu enviado,
merece a resposta de quem o escuta. Essa resposta é o crer, ou seja, a fé (cf.
Jo 12,44); fé que nos dá — por Jesus mesmo — a luz para não continuar na
escuridão. Ao contrário, quem rejeita esses dons e manifestações e não acolhe
essas palavras «já tem quem o julgue: a Palavra» (Jo 12,48).
Aceitar Jesus, então, é crer, ver, ouvir ao Pai,
significa não estar na escuridão, obedecer o mandato da vida eterna. Bem vinda
seja a repreensão de São João da Cruz: «[O Pai] tudo nos falou por esta palavra
só (...). Por isso, quem quiser perguntar alguma coisa a Deus ou ter uma visão
ou revelação, seria não só uma necedade, também estaria ofendendo a Deus, já
que não estaria colocando seu olhar em Cristo, evitando querer alguma outra
coisa ou novidade».
Reflexões de Frei Carlos Mesters,
O.Carm.
São João de Ávila Presbítero e Doutor da Igreja |
*
João 12,44-45: Crer em Jesus é crer naquele que o enviou. Esta frase é um resumo do evangelho de João. É o
tema que aparece e reaparece de muitas maneiras. Jesus está tão unido ao Pai,
que ele já não fala em nome próprio, mas sempre em nome do Pai. Quem vê a Jesus
vê o Pai. Se quiser conhecer a Deus, olhe para Jesus. Deus é Jesus!
*
João 12,46: Jesus é a luz que veio ao mundo. Aqui João retoma o que já
tinha sido dito no prólogo: “O Verbo era a luz verdadeira que ilumina todo ser
humano” (Jo 1,9). “A luz brilha nas trevas, mas as trevas não a apreenderam”
(Jo 1,5). Aqui ele repete: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que
acredita em mim não fique nas trevas”.
Jesus é uma resposta viva às grandes interrogações que movimentam e
inspiram a busca do ser humano. Ele é uma luz que clareia o horizonte. Faz
descobrir o lado luminoso da escuridão da fé.
*
João 12,47-48: Não vim para julgar o mundo. Chegando ao fim de uma
etapa, surge a pergunta: “Como vai ser o julgamento? Nestes dois versículos o
evangelista esclarece o tema do julgamento. O julgamento não se faz na base da
ameaça com maldições. Jesus diz: Eu não condeno quem ouve as minhas palavras e
não obedece a elas, porque eu não vim para condenar o mundo, mas para salvar o
mundo. Quem me rejeita e não aceita minhas palavras, já tem o seu juiz: a
palavra que eu falei será o seu juiz no último dia. O julgamento consiste na
maneira como a pessoa se define frente à verdade e frente a sua própria
consciência.
*
João 13,49-50: O que digo, eu o digo conforme o Pai me disse. As
últimas palavras do Livro dos Sinais são um resumo de tudo que Jesus disse e
fez até agora. Ele reafirma o que afirmava desde o começo: “Não falei por mim
mesmo. O Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar.
E eu sei que o mandamento dele é a vida eterna. Portanto, o que digo, eu o digo
conforme o Pai me disse”. Jesus é o reflexo fiel do Pai. Por isso mesmo, ele
não oferece prova nem argumento aos que o provocam para que se legitime e
apresente suas credenciais. É o Pai que o legitima através das obras que ele
faz. E dizendo obras, não se refere só aos grandes milagres, mas a tudo que ele
disse e fez, até nas mínimas coisas. Jesus, ele mesmo, é o Sinal do Pai. Ele é
o milagre ambulante, a transparência total. Ele já não se pertence, mas é todo
inteiro propriedade do Pai. As credenciais de um embaixador não vêm dele mesmo,
mas vem daquele a quem representa. Vem do Pai.
Para
um confronto pessoal
1) João faz
um balanço da atividade reveladora de Jesus. Se eu fizer um balanço da minha
vida, o que vai sobrar de positivo em mim?
2) Existe
algo em mim que me condena?
ORAÇÃO
(COMPOSTA
POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO):
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar
tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a
Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão, alcançai-me de Jesus a
graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver
servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna
dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS
Infundi,
Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela
anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso
Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de igual confiança, eu corro e venho a
vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó
Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo
encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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