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sexta-feira, 5 de maio de 2017

MÊS DE MARIA – III Sábado da Páscoa

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

LECTIO DIVINA:
Evangelho (Jo 6,60-69): Muitos discípulos que o ouviram disseram então: «Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?». Percebendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso, Jesus perguntou: «Isso vos escandaliza? Que será, então, quando virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito é que dá a vida. A carne para nada serve. As palavras que vos falei são Espírito e são vida. Mas há alguns entre vós que não creem». Jesus sabia desde o início quem eram os que acreditavam e quem havia de entregá-lo. E acrescentou: «É por isso que eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai’». A partir daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele. Jesus disse aos Doze: «Vós também quereis ir embora?». Simão Pedro respondeu: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus».

«Tu tens palavras de vida eterna»

Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)

Hoje acabamos de ler no Evangelho o discurso de Jesus sobre o Pão de Vida, que é Ele mesmo que se dará a nós como alimento para as nossas almas e para a nossa vida cristã. Como costuma acontecer, contemplamos duas reações bem diferentes, por parte de quem lhe escuta.

Para alguns, a sua linguagem é muito dura, incompreensível para a sua mentalidade obtusa à Palavra salvadora do Senhor, São João diz – com certa tristeza - que «A partir daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele» (Jo 6,66). E o mesmo evangelista dá-nos uma pista para entender a atitude destas pessoas: não acreditavam, não estavam dispostas a aceitar os ensinamentos de Jesus, frequentemente incompreensíveis para eles.

Por outro lado, vemos a reação dos Apóstolos, representada por Pedro: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos» (Jo 6,68-69). Não é que os doze sejam mais inteligentes que os outros, nem tampouco melhores, nem sequer mais expertos em temas de Bíblia; sim que são mais simples, mais confiados, mais abertos ao Espírito, mais dóceis. Surpreendemo-lhes de quando em quando nas páginas dos evangelhos, equivocando-se, não entendem a Jesus, discutem sobre qual de eles é mais importante, corrigem o Mestre quando lhes anuncia a sua paixão; mas sempre os encontramos ao seu lado, fieis. O seu segredo: amavam-lhe de verdade.

Santo Agostinho o expressa assim: «Não deixam sinais na alma os bons costumes, senão os bons amores (...). Isto é em verdade o amor: obedecer e crer a quem amamos». À luz deste Evangelho podemos perguntar-nos: onde tenho posto o meu amor? Que fé e que obediência tenho no Senhor e no que a Igreja ensina? Que docilidade, simplicidade e confiança vivo com as coisas de Deus?

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm

* O evangelho de hoje traz a parte final do Discurso do Pão da Vida. Trata-se da discussão dos discípulos entre si e com Jesus (Jo 6,60-66) e da conversa de Jesus com Simão Pedro (Jo 6,67-69). O objetivo é mostrar as exigências da fé e a necessidade de um compromisso firme com Jesus e com a sua proposta. Até aqui tudo se passava na sinagoga de Cafarnaum. Não se indica o lugar para esta parte final.

* João 6,60-63: Sem a luz do Espírito não se entendem estas palavras. Muitos discípulos achavam que Jesus estava indo longe demais! Estava acabando com a celebração da Páscoa e estava se colocando a si mesmo no lugar mais central da Páscoa. Por isso, muita gente se desligou da comunidade e não ia mais com Jesus. Jesus reage dizendo: "É o espírito que dá vida, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida". Não devem tomar ao pé da letra as coisas que ele diz. Só mesmo com a ajuda da luz do Espírito Santo é possível entender o sentido pleno de tudo que Jesus falou (Jo 14,25-26; 16,12-13). Paulo dirá na carta aos coríntios: “A letra mata, é o Espírito que dá vida à letra!” (2Cor 3,6).

* João 6,64-66: Alguns de vocês não acreditam. Em seu discurso Jesus tinha se apresentado como o alimento que sacia a fome e a sede de todos aqueles e aquelas que buscam a Deus. No primeiro Êxodo, aconteceu a prova de Meriba. Diante da fome e da sede no deserto, muitos duvidavam de que Deus estivesse com eles: “Javé está ou não está no meio de nós?” (Ex 17,7) e murmuravam contra Moisés (cf. Ex 17,2-3; 16,7-8). Queriam romper e voltar para o Egito. Nesta mesma tentação caem os discípulos, duvidando da presença de Jesus na partilha do pão. Diante das palavras de Jesus sobre “comer minha carne e beber o meu sangue”, muitos murmuravam igual ao povo no deserto (Jo 6,60) e tomam a decisão de romper com Jesus e com a comunidade. “voltavam atrás e já não andavam mais com ele” (Jo 6,66).

* João 6,67-71: Confissão de Pedro.  No fim sobram só os doze. Diante da crise provocada por suas palavras e seus gestos, Jesus se volta para seus amigos e amigas mais íntimos, aqui representados pelos Doze, e diz para eles: "Se quiserem, podem ir embora!" Jesus não faz questão de ter muita gente. Nem muda o discurso quando a mensagem não agrada. Ele fala para revelar o Pai e não para agradar a quem quer que seja. Prefere permanecer só, a estar acompanhado por pessoas que não se comprometem com o projeto do Pai. A resposta de Pedro é bonita: "A quem iremos! Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus!” Mesmo sem entender tudo, Pedro aceita Jesus como Messias e crê nele. Em nome do grupo ele professa sua fé no pão partilhado e na palavra. Jesus é a palavra e o pão que saciam o novo povo de Deus. (Dt 8,3). Apesar de todos os seus limites, Pedro não é como Nicodemos que queria ver tudo bem claro de acordo com as suas próprias ideias. Mesmo assim, entre os doze havia quem não aceitava a proposta de Jesus. Neste círculo mais íntimo existia um adversário (diabo) (Jo 6,70-71) “que come do meu pão, mas levanta o calcanhar contra mim” (Sl 41,10; Jo 13,18).

Para um confronto pessoal
1) Coloco-me na posição de Pedro diante de Jesus. Que resposta dou a Jesus que me pergunta: “Você também quer ir embora?”
2) Coloco-me na posição de Jesus. Hoje, muita gente está deixando de andar com Jesus. Culpa de quem?

ORAÇÃO (COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO):
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.

Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.

V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS
Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de igual confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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