ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos
olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos
efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos
do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
LECTIO
DIVINA:
Evangelho (Jo
6,60-69): Muitos discípulos que o ouviram disseram então: «Esta palavra é
dura. Quem consegue escutá-la?». Percebendo que seus discípulos estavam
murmurando por causa disso, Jesus perguntou: «Isso vos escandaliza? Que será,
então, quando virdes o Filho do Homem subir para onde estava antes? O Espírito
é que dá a vida. A carne para nada serve. As palavras que vos falei são
Espírito e são vida. Mas há alguns entre vós que não creem». Jesus sabia desde
o início quem eram os que acreditavam e quem havia de entregá-lo. E
acrescentou: «É por isso que eu vos disse: ‘Ninguém pode vir a mim, a não ser
que lhe seja concedido pelo Pai’». A partir daquele momento, muitos discípulos
o abandonaram e não mais andavam com ele. Jesus disse aos Doze: «Vós também
quereis ir embora?». Simão Pedro respondeu: «A quem iremos, Senhor? Tu tens
palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo
de Deus».
«Tu tens palavras
de vida eterna»
Rev. D.
Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)
Hoje acabamos de
ler no Evangelho o discurso de Jesus sobre o Pão de Vida, que é Ele mesmo que
se dará a nós como alimento para as nossas almas e para a nossa vida cristã.
Como costuma acontecer, contemplamos duas reações bem diferentes, por parte de
quem lhe escuta.
Para alguns, a
sua linguagem é muito dura, incompreensível para a sua mentalidade obtusa à
Palavra salvadora do Senhor, São João diz – com certa tristeza - que «A partir
daquele momento, muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele»
(Jo 6,66). E o mesmo evangelista dá-nos uma pista para entender a atitude
destas pessoas: não acreditavam, não estavam dispostas a aceitar os
ensinamentos de Jesus, frequentemente incompreensíveis para eles.
Por outro lado,
vemos a reação dos Apóstolos, representada por Pedro: «A quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos» (Jo 6,68-69). Não é que os doze
sejam mais inteligentes que os outros, nem tampouco melhores, nem sequer mais
expertos em temas de Bíblia; sim que são mais simples, mais confiados, mais abertos
ao Espírito, mais dóceis. Surpreendemo-lhes de quando em quando nas páginas dos
evangelhos, equivocando-se, não entendem a Jesus, discutem sobre qual de eles é
mais importante, corrigem o Mestre quando lhes anuncia a sua paixão; mas sempre
os encontramos ao seu lado, fieis. O seu segredo: amavam-lhe de verdade.
Santo Agostinho o
expressa assim: «Não deixam sinais na alma os bons costumes, senão os bons
amores (...). Isto é em verdade o amor: obedecer e crer a quem amamos». À luz
deste Evangelho podemos perguntar-nos: onde tenho posto o meu amor? Que fé e
que obediência tenho no Senhor e no que a Igreja ensina? Que docilidade,
simplicidade e confiança vivo com as coisas de Deus?
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
* O evangelho de hoje traz a parte final do
Discurso do Pão da Vida. Trata-se da discussão dos
discípulos entre si e com Jesus (Jo 6,60-66) e da conversa de Jesus com Simão
Pedro (Jo 6,67-69). O objetivo é mostrar as exigências da fé e a necessidade de
um compromisso firme com Jesus e com a sua proposta. Até aqui tudo se passava
na sinagoga de Cafarnaum. Não se indica o lugar para esta parte final.
* João 6,60-63: Sem a luz do Espírito não
se entendem estas palavras. Muitos discípulos achavam
que Jesus estava indo longe demais! Estava acabando com a celebração da Páscoa
e estava se colocando a si mesmo no lugar mais central da Páscoa. Por isso,
muita gente se desligou da comunidade e não ia mais com Jesus. Jesus reage
dizendo: "É o espírito que dá vida, a carne para nada serve. As palavras
que vos disse são espírito e vida". Não devem tomar ao pé da letra as
coisas que ele diz. Só mesmo com a ajuda da luz do Espírito Santo é possível
entender o sentido pleno de tudo que Jesus falou (Jo 14,25-26; 16,12-13). Paulo
dirá na carta aos coríntios: “A letra mata, é o Espírito que dá vida à letra!”
(2Cor 3,6).
* João 6,64-66: Alguns de vocês não
acreditam. Em seu discurso Jesus tinha se apresentado como o
alimento que sacia a fome e a sede de todos aqueles e aquelas que buscam a
Deus. No primeiro Êxodo, aconteceu a prova de Meriba. Diante da fome e da sede
no deserto, muitos duvidavam de que Deus estivesse com eles: “Javé está ou não
está no meio de nós?” (Ex 17,7) e murmuravam contra Moisés (cf. Ex 17,2-3;
16,7-8). Queriam romper e voltar para o Egito. Nesta mesma tentação caem os
discípulos, duvidando da presença de Jesus na partilha do pão. Diante das
palavras de Jesus sobre “comer minha carne e beber o meu sangue”, muitos
murmuravam igual ao povo no deserto (Jo 6,60) e tomam a decisão de romper com
Jesus e com a comunidade. “voltavam atrás e já não andavam mais com ele” (Jo
6,66).
* João 6,67-71: Confissão de Pedro. No fim sobram só os doze. Diante
da crise provocada por suas palavras e seus gestos, Jesus se volta para seus
amigos e amigas mais íntimos, aqui representados pelos Doze, e diz para eles:
"Se quiserem, podem ir embora!" Jesus não faz questão de ter muita
gente. Nem muda o discurso quando a mensagem não agrada. Ele fala para revelar
o Pai e não para agradar a quem quer que seja. Prefere permanecer só, a estar
acompanhado por pessoas que não se comprometem com o projeto do Pai. A resposta
de Pedro é bonita: "A quem iremos! Tu tens palavras de vida eterna e nós
cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus!” Mesmo sem entender tudo,
Pedro aceita Jesus como Messias e crê nele. Em nome do grupo ele professa sua
fé no pão partilhado e na palavra. Jesus é a palavra e o pão que saciam o novo
povo de Deus. (Dt 8,3). Apesar de todos os seus limites, Pedro não é como
Nicodemos que queria ver tudo bem claro de acordo com as suas próprias ideias.
Mesmo assim, entre os doze havia quem não aceitava a proposta de Jesus. Neste
círculo mais íntimo existia um adversário (diabo) (Jo 6,70-71) “que come do meu
pão, mas levanta o calcanhar contra mim” (Sl 41,10; Jo 13,18).
Para um confronto pessoal
1) Coloco-me na
posição de Pedro diante de Jesus. Que resposta dou a Jesus que me pergunta:
“Você também quer ir embora?”
2) Coloco-me na
posição de Jesus. Hoje, muita gente está deixando de andar com Jesus. Culpa de
quem?
ORAÇÃO (COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE
LIGÓRIO):
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo,
pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos
oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período
de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre
rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por
vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a
morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida,
participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende misericórdia de nós.
V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R.
– Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS
Infundi,
Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela
anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso
Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da
ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
“LEMBRAI-VOS”
DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria,
que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado
vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso
dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis
as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e
dignai-vos atender-me. Amém.
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