ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor, todo
poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas
as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios
de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior
glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com
piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe,
volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez
mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus
passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do
demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Jo
6,22-29): No dia seguinte, a multidão
que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e
que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos.
Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham
comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão percebeu que
Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram
procurar Jesus em Cafarnaum. Encontrando-o do outro lado do mar,
perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste aqui?» Jesus respondeu: «Em verdade, em
verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque
comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas
pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará.
Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo». Perguntaram então: «Que
devemos fazer para praticar as obras de Deus?» Jesus respondeu: «A obra de Deus
é que acrediteis naquele que ele enviou».
«Trabalhai (…) mas pelo
alimento que permanece até à vida eterna»
Rev. D. Jacques FORTIN (Alma, Quebec, Canadá)
Hoje depois
da multiplicação dos pães, a multidão põe-se em busca de Jesus e na sua busca
chega até Cafarnaum. Ontem como hoje, os seres humanos procuraram o divino. Não
é uma manifestação de esta sede do divino a multiplicação das seitas
religiosas, o esoterismo?
Mas algumas
pessoas quiseram someter o divino a suas próprias necessidades humanas. De
fato, a história nos revela que algumas vezes tentou-se usar o divino para fins
políticos ou outros. Hoje a multidão deslocou-se para Jesus. Por quê? É a
pergunta que faz Jesus afirmando: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me
procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes
saciados» (Jo 6,26). Jesus não se engana. Sabe que não foram capazes de ler os
sinais do pão multiplicado. Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento
espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá
esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé nele é um
alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.
Então
compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso
mundo que frequentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição
“Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II
nos lembram: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do
coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos
terrestres". E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos
proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos
convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao
mundo?
«A obra de Deus é que
acrediteis naquele que ele enviou»
Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera (Ripollet, Barcelona,
Espanha)
São José Operário |
Hoje
contemplamos os resultados da multiplicação dos pães, resultados que
surpreenderam a toda aquela multidão. Eles desceram da montanha, ao dia
seguinte, até beira do lago, e ficaram ali vendo Cafarnaúm. Ficaram ali porque
não havia nenhum barco. De fato, só havia um: aquele que na tarde anterior
havia partido sem levar Jesus.
A pergunta é:
Onde está Jesus? Os discípulos partiram sem Jesus, e, sem dúvida, Jesus não
está lá. Onde está então? Felizmente, as pessoas podem subir nas barcas que vão
chegando, e zarpam em busca do Senhor a Cafarnaúm.
E,
efetivamente, ao chegar do outro lado do lago, o encontram. Ficaram
surpreendidos com a sua presença ali, e lhe perguntam: «Rabi, quando chegaste
aqui?» (Jo 6,25). A realidade é que as pessoas não sabiam que Jesus havia
caminhado em cima das águas milagrosamente e, Jesus não dá respostas diretas às
perguntas que lhe fazem.
Que direção e
que esforço nos levam a encontrar a Jesus verdadeiramente? Nos responde o
próprio Senhor: «Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que
permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus
Pai o assinalou com seu selo» (Jo 6,27).
Atrás de tudo
isso continua estando a multiplicação dos pães, sinal da generosidade divina.
As pessoas insistem e continuam perguntando: «Que devemos fazer para praticar
as obras de Deus?» (Jo 6,28). «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele
enviou» (Jo 6,29).
Jesus não
pede uma multiplicação de obras boas, e sim que cada um tenha fé naquele que
Deus Pai enviou. Porque com fé, o homem realiza a obra de Deus. Por isso
designou a mesma fé como obra. Em Maria temos o melhor modelo de amor
manifestado em obras de fé.
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm
* No evangelho de hoje iniciamos a reflexão sobre o Discurso
do Pão da Vida (Jo 6,22-71), que se prolongará durante os próximos
seis dias, até o fim desta semana. Depois da multiplicação dos pães, o povo foi
atrás de Jesus. Tinha visto o milagre, comeu com fartura e queria mais! Não se
preocupou em procurar o sinal ou o apelo de Deus que havia em
tudo isso. Quando o povo encontrou Jesus na sinagoga de Cafarnaum, teve com ele
uma longa conversa, chamada Discurso do Pão da Vida. Não é
propriamente um discurso, mas trata-se de um conjunto de sete pequenos diálogos
que explicam o significado da multiplicação dos pães como símbolo do novo Êxodo
e da Ceia Eucarística.
* É bom ter presente a divisão do capítulo para poder
perceber melhor o seu sentido:
6,1-15: o
grande da multiplicação dos pães
6,16-21: a
travessia do lago, e Jesus caminhando sobre as águas
6,22-71: o
diálogo de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos
1º diálogo:6,22-27
|
com o povo:
|
o povo
procura Jesus e o encontra em Cafarnaum
|
2º diálogo:6,28-34
|
com o povo:
|
a fé como
obra de Deus e o maná no deserto
|
3º diálogo:6,35-40
|
com o povo:
|
o pão
verdadeiro é fazer a vontade de Deus
|
4º diálogo:6,41-51
|
com os
judeus:
|
murmurações
dos judeus
|
5º diálogo:6,52-58
|
com os
judeus:
|
Jesus e os
judeus
|
6º diálogo:6,59-66
|
com os
discípulos:
|
reação dos
discípulos
|
7º diálogo:6,67-71
|
com os
discípulos:
|
confissão
de Pedro
|
* A conversa de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos é um diálogo bonito, mas exigente. Jesus procura abrir os olhos do povo para que aprenda a ler os acontecimentos e descubra neles o rumo que deve tomar na vida. Pois não basta ir atrás de sinais milagrosos que multiplicam o pão para o corpo. Não só de pão vive o homem. A luta pela vida sem uma mística não alcança a raiz. Enquanto vai conversando com Jesus, o povo fica cada vez mais contrariado com as palavras dele. Mas Jesus não cede, nem muda as exigências. O discurso parece um funil. Na medida em que a conversa avança, é cada vez menos gente que sobra para ficar com Jesus. No fim só sobram os doze, e nem assim Jesus pode confiar em todos eles! Hoje acontece a mesma coisa. Quando o evangelho começa a exigir compromisso, muita gente se afasta.
* João 6,22-27: O
povo procura Jesus porque quer mais pão. O povo foi atrás de Jesus. Viu que ele
não tinha entrado no barco com os discípulos e, por isso, não entendeu como ele
tinha feito para chegar em Cafarnaum. Também não entendeu o milagre da
multiplicação dos pães. O povo viu o que aconteceu, mas não chegou a entende-lo
como um sinal de algo mais alto ou mais profundo. Parou
na superfície: na fartura de comida. Buscou pão e vida, mas só para o corpo. No
entender do povo, Jesus fez o que Moisés tinha feito no passado: deu alimento
farto para todos no deserto. Indo atrás de Jesus, eles queriam que o passado se
repetisse. Mas Jesus pede que o povo dê um passo adiante. Além do trabalho pelo
pão que perece, deve trabalhar pelo alimento não perecível. Este
novo alimento será dado pelo Filho do Homem, indicado pelo próprio Deus. Ele
traz a vida que dura para sempre. Ele abre para nós um
novo horizonte sobre o sentido da vida e sobre Deus.
* João 6,28-29: Qual
é a obra de Deus? O povo pergunta: O que devemos fazer
para realizar este trabalho (obra) de Deus? Jesus
responde que a grande obra que Deus pede de nós “é crer naquele
que Deus enviou”. Ou seja, crer em Jesus!
Para um
confronto pessoal
1) O povo estava com fome, comeu do pão e procurava mais
pão. Procurou o milagroso e não buscou o sinal de Deus que nele se escondia. O
que eu mais procuro na minha vida: milagre ou sinal?
2) Pare um momento, faça silêncio dentro de você e pergunte
a si mesmo: “Crer em Jesus: o que significa isto para mim bem concretamente no
dia a dia da minha vida?”
ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE
LIGÓRIO
Ó Maria,
filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus
primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo!
Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos
servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus.
Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça
de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido
de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos
eleitos. Amém.
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
tende piedade de nós.
Senhor, tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
ouvi-nos.
Jesus Cristo
atendei-nos.
Deus Pai dos Céus tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo,
Deus Espírito
Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa Maria
rogai por nós.
Santa Mãe de
Deus,
Santa Virgem
das virgens,
Mãe de Jesus
Cristo,
Mãe da divina
graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe
admirável,
Mãe do bom
conselho,
Mãe do
Criador,
Mãe do
Salvador,
Mãe da
Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem fiel,
Espelho de
justiça,
Sede da
sabedoria,
Causa da
nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso insigne
de devoção,
Rosa mística,
Torre de
Davi,
Torre de
marfim,
Casa de ouro,
Arca da
aliança,
Porta do Céu,
Estrela da
manhã,
Saúde dos
enfermos,
Refúgio dos
pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio dos
cristãos,
Esperança dos
carmelitas,
Rainha dos
anjos,
Rainha dos
patriarcas,
Rainha dos
profetas,
Rainha dos
apóstolos,
Rainha dos
mártires,
Rainha dos
confessores,
Rainha das
virgens,
Rainha de
todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha do
sacratíssimo Rosário,
Rainha das
famílias,
Rainha da paz,
Rainha e
esplendor do Carmelo,
Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V. – Rogai
por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das
promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a
vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó
Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo
encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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