ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó
Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Mt 25,31-46): «Quando o Filho do Homem vier em sua
glória, acompanhado de todos os anjos, ele se assentará em seu trono glorioso.
Todas as nações da terra serão reunidas diante dele, e ele separará uns dos
outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as
ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que
estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o
Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com
fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era
forasteiro, e me recebestes em casa; estava nu e me vestistes; doente, e
cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me’. Então os justos lhe
perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com
sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos como forasteiro, e te
recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou
preso, e fomos te visitar? ’. Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos
digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus
irmãos, foi a mim que o fizestes! ’. Depois, o Rei dirá aos que estiverem à sua
esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para
o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome, e não me destes de
comer; com sede, e não me destes de beber; eu era forasteiro, e não me
recebestes em casa; nu, e não me vestistes; doente e na prisão, e não fostes
visitar-me. E estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou
com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos? ’ Então, o Rei
lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a
um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer! ’ E estes irão
para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna».
«Todas as vezes que não fizestes isso a
um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer!»
Rev.
D. Joaquim MONRÓS i Guitart (Tarragona, Espanha)
Hoje é-nos recordado o juízo final,
«quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos» (Mt
25.31), e é-nos sublinhado que dar de comer, beber, vestir… resultam obras de
amor para um cristão, quando ao fazê-las se sabe ver nelas o próprio Cristo.
Diz São João da Cruz: «À tarde te
examinarão no amor. Aprende a amar a Deus como Deus quer ser amado e deixa a
tua própria condição». Não fazer uma coisa que tem que ser feita, em serviço
dos outros filhos de Deus e nossos irmãos, supõe deixar Cristo sem estes
detalhes de amor devido: pecados de omissão.
O Concilio Vaticano II, e a Gaudium et
spes, ao explicar as exigências da caridade cristã, que dá sentido à chamada
assistência social, diz: «Sobretudo em nossos dias, urge a obrigação de nos
tornarmos o próximo de todo e qualquer homem, e de o servir efetivamente quando
vem ao nosso encontro, quer seja o ancião, abandonado de todos, ou o operário
estrangeiro injustamente desprezado, ou o exilado, ou o filho duma união
ilegítima que sofre injustamente por causa dum pecado que não cometeu, ou o
indigente que interpela a nossa consciência, recordando a palavra do Senhor:
«todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o
fizestes» (Mt 25,40)»
Recordemos que Cristo vive nos cristãos…
e diz-nos: «Eu estou convosco todos os dias até ao fim do mundo» (Mt 28,20).
O IV Concilio de Latrão define o juízo
final como verdade de fé: «Jesus Cristo há de vir no fim do mundo, para julgar
os vivos e os mortos, e para dar a cada um segundo as suas obras, tanto aos
condenados como aos eleitos (…) para receber segundo as suas obras, boas ou
más: aqueles com o diabo castigo eterno, e estes com Cristo glória eterna».
Peçamos a Maria que nos ajude nas ações
de serviço a seu Filho nos irmãos.
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
São Cirilo de Constantinopla III Prior Geral de nossa Ordem |
* O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o
novo Moisés. Como Moisés,
Jesus promulgou a Lei Deus. Como a antiga Lei, assim a nova lei dada por Jesus
tem cinco livros ou discursos. O Sermão da Montanha (Mt 5,1 a 7,27), o primeiro
discurso, abriu com as oito bem-aventuranças. O Sermão da Vigilância (Mt 24,1 a
25,46), o quinto e último discurso, encerra com a descrição do Juízo Final. As
bem-aventuranças descreveram a porta de entrada para o Reino de Deus, enumerando
oito categorias de pessoas: os pobres em espírito, os mansos, os aflitos, os
que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os de coração limpo, os
promotores da paz e os perseguidos por causa da justiça (Mt 5,3-10). A parábola
do Juízo Final conta o que devemos fazer para poder tomar posse do Reino:
acolher os famintos, os sedentos, os estrangeiros, os sem roupa, os doentes e
os prisioneiros (Mt 25,35-36). Tanto no começo como no fim da Nova Lei, estão
os excluídos e marginalizados.
* Mateus 25,31-33: Abertura do Juízo final. O Filho do Homem reúne ao seu redor todas as
nações do mundo. Separa as pessoas como o pastor separa as ovelhas dos
cabritos. O pastor sabe discernir. Ele não erra: ovelhas à direita, cabritos à
esquerda. Jesus não erra. Ele sabe discernir bons e maus. Jesus não julga nem
condena (cf. Jo 3,17; 12,47). Ele apenas separa. É a própria pessoa que se
julga ou se condena pela maneira como se comportou com relação aos pequenos e
excluídos.
* Mateus 25,34-36: A sentença para os que
estiverem à direita do Juiz. Os que estão à sua direita são chamados de
“Benditos de meu Pai!”, isto é, recebem a bênção que Deus prometeu à Abraão e à
sua descendência (Gn 12,3). Eles são convidados a tomar posse do Reino,
preparado para eles desde a fundação do mundo. O motivo da sentença é este:
"Tive fome e sede, era estrangeiro, nu, doente e preso, e vocês me
acolheram e ajudaram!” Esta sentença nos faz saber quem são as ovelhas. São as
pessoas que acolheram o próprio Juiz quando este estava faminto, sedento,
estrangeiro, nu, doente e preso. E pelo jeito de falar "meu Pai" e
"Filho do Homem", ficamos sabendo que o Juiz é o próprio Jesus. Ele
se identifica com os pequenos!
* Mateus 25,37-40: Um pedido de esclarecimento e
a resposta do Juiz: Os que acolheram os excluídos são chamados
“justos”. Isto significa que a justiça do Reino não se alcança observando
normas e prescrições, mas sim acolhendo os necessitados. Mas o curioso é que os
próprios justos não sabem quando foi que acolheram Jesus necessitado. Jesus
responde: "Toda vez que o fizestes a um destes meus irmãos mais
pequeninos, a mim o fizestes!" Quem são estes "meus irmãos mais
pequeninos"? Em outras passagens do Evangelho de Mateus, as expressões
"meus irmãos" e "pequeninos" indicam os discípulos (Mt
10,42; 12,48-50; 18,6.10.14; 28,10). Indicam também os membros mais abandonados
da comunidade, os desprezados que não recebem lugar e não são bem recebidos (Mt
10,40). Jesus se identifica com eles. Mas não é só isto. No contexto tão amplo
desta parábola final, a expressão "meus irmãos mais pequeninos" se
alarga e inclui todos aqueles que na sociedade não têm lugar. Indica todos os
pobres. E os "justos" e os "benditos de meu Pai" são todas
as pessoas de todas as nações que acolhem o outro na total gratuidade,
independente do fato de ser cristão ou não.
* Mateus 25,41-43: A sentença para os que
estiverem à sua esquerda. Os que estão do
outro lado do Juiz são chamados de “malditos” e são destinados ao fogo eterno,
preparado para o diabo e seus anjos. Jesus usa a linguagem simbólica comum
daquele tempo para dizer que estas pessoas não vão entrar no Reino. E aqui
também o motivo é um só: não acolheram Jesus faminto, sedento, estrangeiro, nu,
doente e preso. Não é Jesus que nos impede de entrar no Reino, mas sim a nossa
prática de não acolher o outro, a cegueira que nos impede de ver Jesus nos
pequeninos.
* Mateus 25,44-46: Um pedido de esclarecimento e
a resposta do Juiz. O pedido de
esclarecimento mostra que se trata de gente bem-comportada, pessoas que têm a
consciência em paz. Estão certas de terem praticado sempre o que Deus pedia
delas. Por isso estranham quando o Juiz diz que não o acolheram. O Juiz
responde: “Todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos,
foi a mim que não o fizeram!” A omissão! Não fizeram coisas más! Apenas
deixaram de praticar o bem aos pequeninos e de acolher os excluídos. E segue a
sentença final: estes vão para o fogo eterno, e os justos para a vida eterna.
Assim termina o quinto livro da Nova Lei!
Para um confronto pessoal
1) O que mais
chamou a sua atenção nesta parábola do Juízo Final?
2) Pare e pense: se
o Juízo final fosse hoje, você estaria do lado das ovelhas ou dos cabritos?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! Que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de
nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua
casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
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