ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Lc 11,29-32): E, ajuntando-se a multidão, começou a dizer: «Maligna é esta geração;
ela pede um sinal; e não lhe será dado outro sinal, senão o sinal do profeta
Jonas; Porquanto, assim como Jonas foi sinal para os ninivitas, assim o Filho
do homem o será também para esta geração. A rainha do sul se levantará no juízo
com os homens desta geração, e os condenará; pois até dos confins da terra veio
ouvir a sabedoria de Salomão; e eis aqui está quem é maior do que Salomão. Os
homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; pois
se converteram com a pregação de Jonas; e eis aqui está quem é maior do que
Jonas».
«Assim como Jonas
foi sinal para os ninivitas, assim o Filho do homem o será também para esta
geração»
Fr. Roger J. LANDRY (Hyannis, Massachusetts,
Estados Unidos)
Hoje, Jesus nos diz que o sinal que dará à
“geração malvada”, de fato, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas,
assim também será o Filho do Homem para esta geração (cf. Lc 11,30). Da mesma maneira
que Jonas deixou que o lançasse pela margem para acalmar a tempestade que
ameaçava com afundá-los — e, assim, salvar a vida da tripulação—, do mesmo modo
que Jesus permitiu que o lançassem pela margem para acalmar as tempestades do
pecado que põem em perigo nossas vidas. E, de igual forma que Jonas passou três
dias no ventre da baleia antes que esta o vomitara são e salvo a terra, assim
Jesus passaria três dias no seio da terra antes de abandonar a tumba (cf. Mt
12,40).
O sinal que Jesus dará aos “malvados” de cada
geração é sua morte e ressurreição. Sua morte, aceita livremente, é o sinal do
incrível amor de Deus por nós: Jesus deu sua vida para salvar a nossa. E sua
ressurreição de entre os mortos é o sinal de seu divino poder. Trata-se do
sinal mais poderoso e comovedor jamais dado.
Mas, Jesus é também a sinal de Jonas em outro
sentido. Jonas foi um ícone e um meio de conversação. Quando em suas prédicas
«Jonas entrou na cidade e começou a percorrê-la, caminhando um dia inteiro. Ele
dizia: «Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!» (Jn 3,4) adverte aos
ninivitas pagãos, estes se convertem, pois todos eles — desde o rei até as
crianças e animais— se cobrem com pó e cinzas. No dia do julgamento, os homens
da cidade de Nínive ficarão de pé contra esta geração. Porque eles fizeram
penitência quando ouviram Jonas pregar. E aqui está quem é maior do que Jonas.”
(cf. Lc 11,32) predicando a conversão a todos nós: Ele o próprio Jesus.
Portanto, nossa conversão deveria ser igualmente exaustiva.
«Pois Jonas era um servente», escreve São João
Crisóstomo na pessoa de Jesus Cristo, «mas eu sou o Mestre; e ele foi jogado
pela baleia, mas eu ressuscitei dos mortos; e ele proclamava a destruição, mas
vim a predicar a Boas Novas e o Reino».
Na semana passada, na quarta-feira de Cinza, nos
cobrimos com cinza, e cada um escutou as palavras da primeira homilia de Jesus
cristo, «O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e
acreditem na Boa Notícia» (cf. Mc 1,15). A pergunta que devemos fazer-nos é: —
Respondido já com uma profunda conversão como a dos ninivitas e abraçado aquele
Evangelho?
«Eis aqui está
quem é maior do que Salomão (...) e eis aqui está quem é maior do que Jonas»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat
del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos convida a centrar nossa
esperança no mesmo Jesus Cristo. O próprio João Paulo II escreveu que «não será
uma Fórmula a salvar-nos, mas uma Pessoa, e a certeza que Ela nos infunde: ‘Eu
estarei convosco!’».
Deus — que é Pai— não nos abandonou: «O
cristianismo é graça, é a surpresa de um Deus que, não satisfeito com criar o
mundo e o homem, saiu ao encontro da sua criatura» (João Paulo II).
Encontramo-nos começando a Quaresma: Não
deixemos passar a oportunidade que nos oferece a Igreja: «É agora o momento
favorável, é agora o dia da salvação» (2Cor 6,2) Depois de contemplar na Paixão
o rosto doloroso de Nosso Senhor Jesus Cristo, ainda pediremos mais sinais de
seu amor? «Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que
nele nos tornemos justiça de Deus» (2Cor 5,21). Mais ainda: «Deus, que não
poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele,
não nos daria tudo?» (Rm 8,32). Ainda queremos mais sinais?
No rosto ensanguentado de Cristo « Eis aqui
está quem é maior do que Salomão (...) e eis aqui está quem é maior do que
Jonas» (Lc 11,31-32). Este rosto sofrido da hora extrema, da hora da Cruz é
«Mistério no mistério, diante do qual o ser humano pode apenas prostrar-se em
adoração. De fato, «Para transmitir ao homem o rosto do Pai, Jesus teve não
apenas de assumir o rosto do homem, mas de tomar inclusivamente o ”rosto” do
pecado» (João Paulo II). Queremos mais sinais?
«Eis o homem!» (Jo 19,5): Eis aqui o grande
sinal. Contemplemo-lo desde o silêncio do “deserto” da oração: «O que todo
cristão deve fazer em qualquer tempo [rezar], agora deve fazê-lo com mais
solicitude e com mais devoção: assim cumpriremos a instituição apostólica dos
quarenta dias» (São Leão Magno, papa).
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
São João de Deus, religioso |
* Estamos no
tempo de quaresma. A liturgia privilegia os textos que possam
ajudar-nos na conversão e na mudança de vida. Aquilo que melhor ajuda na
conversão são os fatos da história do povo de Deus. No evangelho de hoje, Jesus
traz dois episódios do passado: de Jonas e da rainha de Sabá, e os transforma
em espelho para o povo olhar nele e descobrir o apelo de Deus à conversão.
* Lucas 11,29: A
geração má que pede um sinal. Jesus chama a geração de má, porque ela não
quer acreditar em Jesus e vive pedindo sinais que possam legitimar Jesus como
enviado de Deus. Mas Jesus recusa dar um sinal, pois, no fundo, se eles pedem
um sinal é porque não querem crer. O único sinal que vai ser dado é o sinal de
Jonas.
* Lucas 11,30: O
Sinal de Jonas. O sinal de Jonas tem dois aspectos. O
primeiro é o que afirma o texto de Lucas no evangelho de hoje. Jonas foi um
sinal para o povo de Nínive através da sua pregação. Ouvindo Jonas, o povo se
converteu. Assim, a pregação de Jesus estava sendo um sinal para o seu próprio
povo, mas o povo não dava sinais de conversão. O outro aspecto é o que afirma o
evangelho de Mateus por ocasião do mesmo episódio: “Assim como Jonas passou
três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem
passará três dias e três noites no seio da terra” (Mt 12,40). Quando Jonas foi
cuspido na praia, ele foi anunciar a palavra de Deus ao povo de Nínive. Da
mesma maneira, depois da morte e ressurreição no terceiro dia, A Boa Nova será
anunciada ao povo da Judéia.
* Lucas 11,31: A
Rainha de Sabá. Em seguida, Jesus evoca a história da Rainha
de Sabá que veio de longe para ver Salomão e aprender da sabedoria dele (cf.
1Rs 10,1-10). E por duas vezes Jesus afirma: “E aqui está quem é maior do que
Salomão”. “E aqui está quem é maior do
que Jonas”.
* Um aspecto muito
importante que está por detrás desta discussão entre Jesus os líderes do seu
povo é a maneira diferente como ele, Jesus, e os seus adversários se colocavam
frente a Deus. O livro de Jonas é uma parábola, que critica a mentalidade
daqueles que queriam Deus só para os Judeus. Na história de Jonas, os pagãos se
converteram diante da pregação de Jonas e Deus os acolheu na sua bondade e não
destruiu a cidade. Quando viu que Deus acolheu o povo de Nínive e não destruiu
a cidade, “Jonas ficou muito desgostoso e irado. E rezou a Javé: "Ah!
Javé! Não era justamente isso que eu dizia quando estava na minha terra? Foi
por isso que eu corri, tentando fugir para Társis, pois eu sabia que tu és um
Deus compassivo e clemente, lento para a ira e cheio de amor, e que voltas
atrás nas ameaças feitas. Se é assim, Javé, tira a minha vida, pois eu acho
melhor morrer do que ficar vivo" (Jonas 4,1-3). Por isso, Jonas era um
sinal para os judeus do tempo de Jesus e continua sendo um sinal também para
nós cristãos. Pois, imperceptivelmente, como em Jonas aparece também em nós uma
mentalidade de que nós cristãos temos uma espécie de monopólio de Deus e que
todos os outros devem tornar-se cristãos. Isto seria proselitismo. Jesus não
pede que todos sejam cristãos. Ele pede que todos se tornem discípulos (Mt
28,19), isto é, sejam pessoas que como ele, irradiem e anunciem a Boa Nova do
amor de Deus para todos os povos ao redor (Mc 16,15).
Para um confronto
pessoal
1) Quaresma, tempo
de conversão. O que deve mudar na imagem que tenho de Deus? Sou como Jonas ou
como Jesus?
2) Minha fé está
baseada em que? Em sinais ou na palavra do próprio Jesus?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
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