Textos: Isaías 7,10-14; Romanos 1,1-7; Mateus
1,18-24
Evangelho (Mt
1,18-24): Ora, a origem de Jesus Cristo
foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de
passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo.
José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou
em despedi-la secretamente. Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe
em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas
receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito
Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai
salvar o seu povo dos seus pecados». Tudo isso aconteceu para se cumprir o que
o Senhor tinha dito pelo profeta: « Eis que a virgem ficará grávida e dará à
luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa:
‘Deus-conosco’». Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha
mandado e acolheu sua esposa.
«Quando acordou, José
fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado»
+ Rev. D. Pere GRAU i Andreu (Les Planes, Barcelona,
Espanha)
Hoje a
liturgia da Palavra convida-nos a considerar e a admirar a figura de são José,
um homem verdadeiramente bom. De Maria, a Mãe de Deus se diz que era bendita
entre todas as mulheres (cf. Lc 1,42). De José se escreveu que era justo (cf.
Mt 1,19).
Todos devemos
a Deus Pai Criador a nossa identidade individual como pessoas feitas à sua
imagem e semelhança, com real liberdade e radical. Como a resposta a esta
liberdade podemos dar glória a Deus, como se merece ou, também podemos fazer de
nós mesmos, alguma coisa não agradável aos olhos de Deus.
Não duvidemos
de que José, com o seu trabalho, com o seu compromisso familiar e social ganhou
o “Coração” do Criador, consideremo-lo como homem de confiança na colaboração
da Redenção humana por meio do seu Filho feito homem como nós.
Apreendemos,
pois, de são José sua fidelidade — provada já desde o princípio — e o seu bom
comportamento durante o resto da sua vida, unida —intimamente—a Jesus e a
Maria.
É padroeiro e
intercessor para todos os pais, biológicos ou não, que neste mundo ajudaram a
seus filhos a dar uma resposta semelhante à de ele. É o padroeiro da Igreja,
como identidade ligada estreitamente ao seu Filho e, continuamos a ouvir as
palavras de Maria quando encontra o Menino Jesus que se havia “perdido” no
Templo: «O teu pai e eu...» (Lc 2,48).
Com Maria,
nossa Mãe, encontramos a José como pai. Santa Teresa de Jesus deixou escrito:
«Tomei por advogado e senhor ao glorioso são José e encomendei-me muito a ele
(...). Não me lembro que lhe haja suplicado alguma coisa que a haja deixado de
fazer».
Especialmente
é pai para aqueles que tendo escutado a chamada do Senhor a ocupar, pelo
ministério sacerdotal, o lugar que nos cede Jesus Cristo para o bem da Igreja.
—São José glorioso: protege as nossas famílias, protege as nossas comunidades;
protege a todos aqueles que ouviram a chamada à vocação sacerdotal... E que
haja muitos.
Esse Deus que nasce é
Deus-conosco, Emanuel. Façamos-Lhe um lugar no nosso coração, como Maria.
Pe. Antonio Rivero, L.C
Depois de nos
ter convidado a despertar (primeiro domingo do advento), a converter-nos
(segundo domingo), e a alegrar-nos (terceiro domingo), hoje Deus nos convida a olhar
a Maria, pois através Dela nos veio o Emanuel.
Em primeiro
lugar, esse Deus que vem através de Maria não é somente “o Deus que é… o que
está… o que vê a dor do seu povo”, mas que é o “Deus conosco que nos salva”
(primeira leitura e evangelho). Deus feito homem, da estirpe de Davi (segunda
leitura), cujo último elo será José. É Emanu-El. Jesus é “Emanu”, isto é,
“conosco”; é um de nós, nosso irmão. Mas Jesus é “El”, isto é, Deus. Se
estivesse só “conosco”, mas não fosse “Deus”, não poderia salvar-nos. Se fosse
só “Deus”, mas não “conosco”, a sua salvação não nos interessaria; Ele seria
como um Deus desconhecido, longe das esperanças do homem. Dom gratuito de Deus
à Maria e à humanidade. Isso foi possível “por obra do Espírito Santo”, e isso
significa que está em processo uma “nova criação”. Este é o mistério teológico
e profundo do Natal: de Deus Altíssimo que se tornou um Deus próximo, um Deus
para os homens. Na primeira criação, Deus nos falava de um modo distante,
através dos profetas. Agora, na nova criação, é Deus que nos fala ao coração
através do seu filho.
Em segundo
lugar, fixemos o olhar em Maria, de que nos veio o Emanuel. Deixou-se invadir
pelo Espírito e pelo mistério. Engravidada por Deus, sem perder a virgindade.
Como é a minha relação com o Espírito Santo?
Finalmente,
se Deus está conosco e é o Emanuel, nada nem ninguém pode nos separar Dele.
Isso sim, nós podemos dar-lhe as costas, viver como se Ele nunca tivesse vindo,
como se nunca tivesse falado. Não nos serve para nada nem sequer que Deus
esteja conosco, se não queremos estar com Ele, estar do seu lado. Por isso, o
Natal é uma ocasião para sentir de novo a necessidade deste Salvador. E esta
Salvação nos oferece em cada Eucaristia.
Para refletir: deixar este Emanuel nascer na nossa
alma e estar conosco em casa, no nosso trabalho, nos nossos objetivos, nos
nossos projetos. Só nele está a salvação e a autêntica libertação. E com Ele
alcançaremos a santidade, a graça e a paz (segunda leitura).
Qualquer recomendação ou
pergunta podem comunicar-se com o Pe. Antônio pelo seguinte e-mail: arivero@legionaries.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO