ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada,
minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me
sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do
céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo
das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção.
Amém.
Evangelho
(Mc 10,28-31): Pedro começou a
dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em
verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e
campos, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante
esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e,
no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos;
e muitos que são últimos serão primeiros».
«Todo aquele que deixa
casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante
esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»
Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell, Barcelona,
Espanha)
Hoje,
como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a
sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é
universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma
condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos
que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do
evangelho» (Mc 10,29).
Não
há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em
nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc
10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?
A
promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida
(…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em
generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer
enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades,
problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um
prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma
ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de
sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.
Estamos
sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo.
Estes tempos, todo o tempo permitem-nos - através da oração e dos sacramentos—
averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também
qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais
(como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs,
mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a
amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser seus testemunhos perante o
mundo. E isso é urgente, não achas?
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
* No
evangelho de ontem, Jesus falava da conversão que deve ocorrer no relacionamento
dos discípulos com os bens materiais: desapegar-se das coisas, vender tudo, dar
para os pobres e seguir Jesus. Ou seja, como Jesus, devem viver na total
gratuidade, entregando sua vida na mão de Deus e servindo aos irmãos e irmãs
(Mc 10,17-27). No evangelho de hoje Jesus explica melhor como deve ser esta
vida de gratuidade e de serviço dos que abandonam tudo por causa dele, Jesus, e
do Evangelho (Mc 10,28-31).
* Marcos
10,28-31: Cem vezes mais desde
agora, mas com perseguições.
Pedro
observa: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos". É
como se dissesse: “Fizemos o que o senhor pediu ao jovem rico. Deixamos tudo e
te seguimos. Explica para nós como deve ser esta nossa vida?” Pedro quer que
Jesus explicite um pouco mais o novo modo de viver no serviço e
na gratuidade. A resposta de Jesus é bonita, profunda e
simbólica: "Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos,
irmãs, mãe, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, vai receber cem
vezes mais. Agora, durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe,
filhos e campos, junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida
eterna”. O tipo de vida que resulta da entrega de tudo é a amostra do
Reino que Jesus quer realizar:
(1) Alarga a família e cria comunidade,
pois aumenta cem vezes o número de irmãos e irmãs.
(2) Provoca a partilha dos bens, pois
todos terão cem vezes mais casas e campos. A providência divina se encarna e
passa pela organização fraterna, onde tudo é de todos e já não haverá mais
necessitados. Eles realizam a lei de Deus que pede “entre vocês não pode haver
pobres” (Dt 15,4-11). Foi o que fizeram os primeiros cristãos (At 2,42-45). É a
vivência perfeita do serviço e da gratuidade.
(3) Não devem esperar nenhuma vantagem
em troca, nem segurança, nem promoção de nada. Pelo contrário, nesta vida terão
tudo isto, mas com perseguições. Pois os que, neste nosso mundo
organizado a partir do egoísmo e dos interesses de grupos e pessoas, vivem a
partir do amor gratuito e da entrega de si, estes, como Jesus, serão crucificados.
(4) Serão perseguidos neste mundo, mas,
no mundo futuro terão a vida eterna de que falava o jovem rico.
Jesus
e a opção pelos pobres
Um
duplo cativeiro marcava a situação do povo na época de Jesus: o cativeiro da
política de Herodes, apoiada pelo Império Romano e mantida por todo um sistema
bem organizado de exploração e de repressão, e o cativeiro da religião oficial,
mantida pelas autoridades religiosas da época. Por causa disso, o clã, a
família, a comunidade, estava sendo desintegrada e uma grande parte do povo
vivia excluída, marginalizada, sem lugar, nem na religião, nem na sociedade.
Por isso, havia vários movimentos que, como Jesus, procuravam uma nova maneira
de viver e conviver em comunidade: essênios, fariseus e, mais tarde, os zelotes.
Dentro da comunidade de Jesus, porém, havia algo novo que a diferenciava dos
outros grupos. Era a atitude frente aos pobres e excluídos. As comunidades dos
fariseus viviam separadas. A palavra “fariseu” quer dizer
“separado”. Viviam separadas do povo impuro. Muitos dos fariseus
consideravam o povo como ignorante e maldito (Jo 7,49), cheio de pecado (Jo
9,34). Jesus e a sua comunidade, ao contrário, viviam misturados com as pessoas
excluídas, consideradas impuras: publicanos, pecadores, prostitutas, leprosos
(Mc 2,16; 1,41; Lc 7,37). Jesus reconhece a riqueza e o valor que os pobres
possuem (Mt 11,25-26; Lc 21,1-4). Proclama-os felizes, porque o Reino é deles,
dos pobres (Lc 6,20; Mt 5,3). Define sua própria missão como “anunciar a Boa
Nova aos pobres” (Lc 4, 18). Ele mesmo vive como pobre. Não possui nada para
si, nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). E a quem quer
segui-lo para conviver com ele, manda escolher: ou Deus, ou o dinheiro! (Mt
6,24). Manda fazer opção pelos pobres! (Mc 10,21) A pobreza, que caracterizava
a vida de Jesus e dos discípulos, caracterizava também a missão. Ao contrário
dos outros missionários (Mt 23,15), os discípulos e as discípulas de Jesus não
podiam levar nada, nem ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sacola, nem
sandálias (Mt 10,9-10). Deviam confiar é na hospitalidade (Lc 9,4; 10,5-6). E
caso fossem acolhidos pelo povo, deviam trabalhar como todo mundo e viver do
que receberiam em troca (Lc 10,7-8). Além disso, deviam tratar dos doentes e
necessitados (Lc 10,9; Mt 10,8). Então podiam dizer ao povo: “O Reino chegou!”
(Lc 10,9).
Para
um confronto pessoal
1) Como você, na sua vida, realiza a
proposta de Pedro: “Deixamos tudo e te seguimos”?
2) Partilha, gratuidade, serviço,
acolhida aos excluídos são sinais do Reino. Como as vivo hoje?
ORAÇÃO
COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia,
antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje,
oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão
alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que,
depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da
felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V.
– Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós
e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem
das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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