ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada,
minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me
sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do
céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo
das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção.
Amém.
Evangelho
(Mc 12,1-12): Jesus começou a falar-lhes
em parábolas: «Um homem plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou um
lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns
lavradores e viajou para longe. Depois
mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha.
Mas os agricultores o agarraram, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. O
proprietário mandou novamente outro servo. Este foi espancado na cabeça e ainda
o insultaram. Mandou ainda um outro, e a esse mataram. E assim diversos outros:
em uns bateram e a outros mataram. Agora restava ainda alguém: o filho amado.
Por último, então, enviou o filho aos agricultores, pensando: ‘A meu filho
respeitarão’. Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Este é o
herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. Agarraram o filho, mataram e
o lançaram fora da vinha. Que fará o
dono da vinha? Ele virá e fará perecer os agricultores, e entregará a vinha a
outros. Acaso não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores rejeitaram,
esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável
aos nossos olhos'?» Eles procuravam
prender Jesus, pois entenderam que tinha contado a parábola com referência a
eles. Mas ficaram com medo da multidão; por isso, deixaram Jesus e foram embora.
«Depois mandou um
servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha»
Fr. Alphonse DIAZ (Nairobi, Qunia)
Hoje,
o Senhor convida-nos a passear por sua vinha: «Um homem plantou uma vinha (...)
e ele a alugou a uns lavradores» (Mc 12,1). Todos somos arrendatários dessa
vinha. A vinha é o nosso próprio espírito, a Igreja e o mundo inteiro. Deus
quer nossos frutos. Primeiro, a nossa santidade pessoal; depois um constante
apostolado entre os meus amigos, a quem nosso exemplo e palavras devem
animá-los a aproximarem-se cada dia mais a Cristo; finalmente, o mundo, que se
converterá num lugar melhor para viver, se santificamos o nosso trabalho
profissional, nossas relações sociais e nosso dever para o bem comum.
Que
tipo de arrendatários somos? De aqueles que trabalham muito, ou daqueles quem
se irritam quando o dono envia seus empregados para cobrar-nos o aluguel?
Podemos nos opor aos que têm a responsabilidade de ajudar a proporcionar os
frutos que Deus espera de nós. Podemos pôr objeções aos ensinos da Santa Mãe
Igreja e do Papa, dos bispos, ou talvez, mais modestamente, dos nossos pais,
nosso diretor espiritual, ou daquele bom amigo que está tentando ajudar-nos.
Podemos, inclusive, voltarnos agressivos, e tentar ferí-los, ou até
"matá-los" com nossa critica e comentários negativos. Deveríamos
perguntar-nos os verdadeiros motivos desta postura. Talvez precisamos de um
conhecimento mais profundo da nossa fé; quiçá devemos aprender a conhecer-nos
melhor; fazer um melhor exame de consciência, para descobrir as razões pelas
que não queremos produzir frutos.
Peçamos
a nossa Mãe Maria ajuda para que possamos trabalhar com amor, sob a guia do
Papa. Todos podemos ser "bons pastores" e "pescadores" de
homens. «Então, vamos e peçamos ao Senhor que nos ajude a dar fruto, um fruto
que permaneça. Só assim a terra se transforma de vale de lágrimas em jardim de
Deus» (Papa Bento XVI). Nós poderíamos aproximar nosso espírito a Jesus Cristo,
o espírito de nossos amigos, ou o do mundo inteiro, se apenas lêssemos e
meditássemos os ensinos do Papa Bento, e tentássemos pô-los em prática.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
* Jesus está em Jerusalém. É a última semana da sua vida. Ele está de
volta na praça do Templo (Mc 11,27), onde agora começa o confronto direto com
as autoridades. Os capítulos 11 e 12 descrevem os vários aspectos deste
confronto: (1) com os vendedores do
Templo (Mc 12,11-26), (2) com os
sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 11,27 a 12,12), (3) com os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17) (4) com os saduceus (Mc 12,18-27), e (5) novamente, com os escribas
(Mc 12,28-40). No fim, depois da ruptura com todos eles, Jesus comenta o óbolo
da viúva (Mc 12,41-44). O evangelho de hoje descreve uma parte do conflito com
os sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 12,1-12). Através de todos estes
confrontos, fica mais claro para os discípulos e para todos nós qual o projeto
de Jesus e qual a intenção dos homens do poder.
* Marcos 12,1-9: A parábola da vinha: resposta indireta de Jesus aos homens do poder.
A
parábola da vinha é um resumo da história de Israel. Resumo bonito, tirado do
profeta Isaías (Is 5,1-7). Por meio dela Jesus dá uma resposta indireta aos
sacerdotes, escribas e anciãos que tinham perguntado a ele: "Com que
autoridade fazes tais coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?" (Mc
11,28). Nesta parábola, Jesus (1) revela qual a origem da sua autoridade: ele é
o filho, o herdeiro (Mc 12,6) (2) Denuncia o abuso da autoridade dos
vinhateiros, isto é, dos sacerdotes e anciãos que não cuidavam do povo de Deus
(Mc 12,3-8). (3) Defende a autoridade dos profetas, enviados por Deus, mas
massacrados pelos vinhateiros (Mc 12,2-5). (4) Desmascara as autoridades que manipulam
a religião e matam o filho, porque não querem perder a fonte de renda que
conseguiram acumular para si, ao longo dos séculos (Mc 12,7).
* Marcos 12,10-12. A decisão dos homens do
poder confirma a denúncia feita por Jesus.
Os
sacerdotes, escribas e anciãos entenderam muito bem o significado da parábola,
mas não se converteram. Pelo contrário! Mantiveram o seu projeto de prender
Jesus (Mc 12,12). Rejeitaram “a pedra fundamental” (Mc 12,10), mas não tiveram
a coragem de fazê-lo abertamente porque tinham medo do povo. Assim, os
discípulos e as discípulas devem saber o que os espera no seguimento de Jesus!
* Os homens do poder no tempo de Jesus
Nos
capítulos 11 e 12 de Marcos aparecem alguns dos homens do poder no tempo de
Jesus. No evangelho de hoje: os sacerdotes, os anciãos e os escribas (Mc
11,27); no de amanhã: os fariseus e os herodianos (Mc 12,13); no de depois de
amanhã: os saduceus (Mc 12,18).
Sacerdotes:
Eram os encarregados do culto no Templo, onde se recolhiam os dízimos. O
sumo sacerdote ocupava um lugar central no vida do povo, sobretudo depois do
exílio. Era escolhido entre as famílias, que detinham mais poder e riqueza.
Anciãos ou Chefes do
povo: Eram os líderes locais nas aldeias e cidades.
Sua origem vinha das chefias das tribos de antigamente.
Escribas ou doutores
da lei: Eram os encarregados do ensino. Dedicavam sua
vida ao estudo da Lei de Deus e ensinavam ao povo como observar em tudo a Lei
de Deus. Nem todos os escribas eram da mesma linha. Uns estavam ligados aos
fariseus, outros, aos saduceus.
Fariseus:
Fariseu significa: separado. Eles lutavam para que, através da
observância perfeita da lei da pureza, o povo chegasse a ser puro, separado e
santo como o exigiam a Lei e a Tradição! Por causa do testemunho exemplar da
sua vida dentro das normas da época, eles tinham muita liderança nas aldeias da
Galiléia.
Herodianos: Era um grupo ligado ao rei Herodes
Antipas da Galiléia que governou de 4 aC até 39 dC. Os herodianos formavam uma
elite que não esperava o Reino de Deus para o futuro, mas o consideravam já
presente no reino de Herodes.
Saduceus: Eram a elite leiga aristocrata de
ricos comerciantes ou latifundiários. Eram conservadores. Não aceitavam as
mudanças defendidas pelos fariseus, como por exemplo, a fé na ressurreição e a
existência dos anjos.
Sinédrio: Era o Supremo Tribunal dos judeus
com 71 membros entre sumo sacerdote, sacerdotes, anciãos, saduceus, fariseus e
escribas. Tinha grande liderança junto ao povo e representava a nação junto às
autoridades romanas.
Para um confronto
pessoal
1. Alguma vez, como Jesus, você já se
sentiu controlado/a indevidamente pelas autoridades do seu país, em casa na sua
família, no seu trabalho ou na igreja? Qual foi a sua reação?
2. O que esta parábola nos ensina
sobre a maneira de exercer a autoridade? E você, como exerce sua autoridade na
família, na comunidade e no trabalho?
ORAÇÃO
COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia,
antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje,
oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão
alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que,
depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da
felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V.
– Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos,
ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a
vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro,
tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós
e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem
das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas
ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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