ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Textos: Is 43, 16-21; Fil 3, 8-14; Jo 8, 1-11
Evangelho (Jo
8,1-11): Jesus foi para o Monte das
Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor
dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram
uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus:
«Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos
mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?». Eles perguntavam isso para
experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a
escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e
disse: «Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!».
Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo
um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com a mulher que
estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: «Mulher, onde estão eles?
Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor!» Jesus, então, lhe
disse: «Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais».
«Eu também não te condeno»
D. Pablo ARCE Gargollo (México, D. F., México)
Hoje vemos Jesus
«escrever no chão, com o dedo» (Jo 8,6), como se estivesse ao mesmo tempo
ocupado e divertido com algo mais do que escutar aos que acusam a mulher que
lhe apresentam porque foi «apanhada em adultério» (Jo 8,3).
É de chamar a
atenção a serenidade e inclusive o bom humor que vemos em Jesus Cristo, mesmo
em momentos que, para outros, são de grande tensão. É um ensinamento prático
para cada um de nós, nestes nossos dias de vertiginosa velocidade em que nos
inquietam os nervos em um bom número de ocasiões.
A fuga sigilosa e
divertida dos acusadores nos recorda de que quem julga é apenas Deus e que
todos nós somos pecadores. Em nossa vida diária, por ocasião do trabalho, nas
relações familiares ou de amizade, fazemos juízos de valor. Mas algumas vezes
nossos juízos são errôneos e obscurecem a boa reputação dos demais. Trata-se de
uma verdadeira injustiça que nos obriga a reparar, tarefa nem sempre fácil. Ao
contemplar Jesus em meio a essa “matilha” de acusadores, entendemos muito bem o
que assinalou Santo Tomás de Aquino: «A justiça e a misericórdia estão tão
unidas que uma sustenta a outra. A justiça sem misericórdia é crueldade; e a
misericórdia sem justiça é ruína, destruição».
Temos de nos
encher de alegria ao saber, com certeza, que Deus perdoa-nos tudo,
absolutamente tudo, no sacramento da confissão. Nestes dias de Quaresma, temos
a oportunidade magnífica de acorrer a quem é rico em misericórdia no sacramento
da reconciliação.
Além disso, um
propósito concreto para o dia de hoje: ao ver os demais, direi, no interior de
meu coração, as mesmas palavras de Jesus: «Eu também não te condeno» (Jo 8,11).
Vamos ver quem atira a primeira pedra contra o
pecador.
Pe. Antonio
Rivero, L.C.
A liturgia de
hoje continua dando pistas para viver melhor o ano da misericórdia. A
misericórdia de Deus nos convida a não recordar o passado (1ª leitura), pois as
águas impetuosas da sua graça limparam a nossa consciência no dia do batismo,
abriram caminho no deserto da nossa vida e fizeram correr rios na terra árida
do nosso coração. Essa misericórdia divina, como a São Paulo, alcançou-nos e
nos conquistou, lançando-nos para frente, sem olhar para trás, rumo à meta da
santidade (2ª leitura). Finalmente, essa misericórdia divina se encarnou em
Cristo que não confissão nos absolve dos nossos pecados e nos coloca o
compromisso: “Vai e não peques mais” (Evangelho) e também a não atirar a pedra
da nossa condena a ninguém, pois não somos juízes.
Em primeiro
lugar, quem pode atirar a primeira pedra contra esta mulher surpreendida em
adultério? Esta mulher do evangelho é solteira, virgem e noiva. Por isso os
acusadores, juristas de profissão, pedem contra ela a pena de morte a pedradas
e, assim, por lapidação se executavam então a adultera solteira, virgem e noiva
prometida (cf. Dt 22,24), porque a outra, a adúltera casada, era executada
livremente (cf. Lv 20,10; Dt 22,22), ordinariamente por estrangulação. Que aqui
tem adultério, sim tem, porque os acusadores sabem o que estão colocando em
jogo se estiverem mentindo, porque ela sabe a morte que a espera e não se
queixa, porque Jesus lhe diz: “Não peques mais”. Sinal de que tinha pecado.
Sinal de que o adultério é pecado e, a julgar pelo castigo legal, pecado grave
e, segundo a doutrina de São Paulo, pecado mortal de condenação eterna (cf. 1
Cor 6,9). E o que aconteceu com o homem que a adulterou? Talvez fosse um
fugitivo porque, embora os pegassem em flagrante, nem rastro. Pulou a janela?
Quando o marido entra pela porta, o adúltero pula pela janela, às vezes cai de
mau jeito no chão e fica coxo para toda a sua vida. Este casado adúltero tem a
seu favor a lei do funil: para o homem o amplio, para a mulher, o agudo. Muito
se encasquetam os homens e as mulheres com a adúltera: elas, com as suas
críticas a marcam com fogo, como uma res, para os restos. E eles, dispostos a
apedrejá-la. Amigo, aqui ninguém atira uma pedra nem a pega do chão nem a toca
nem a olha! Porque não existe um só inocente no mundo, aqui todos pecadores. E
os piores, os pecadores do mesmo pau, que apedrejam os seus iguais para
dissimular o seu pecado pessoal. Os piores são os jovens, ainda ingênuos, mas
os velhos, com mais trapaças que anos, arteiros nisso de jogar pedra e esconder
a mão.
Em segundo lugar,
Jesus jogará a pedra? Se Jesus escolher deixar de lado o mandado bíblico
poderia ser acusado de quebrantar a lei de Deus e, portanto, condenado; se
escolher se afastar neste caso do que ensinado- amor e misericórdia-
contradiria os seus próprios ensinamentos, perdendo assim toda autoridade.
Porém, como ao longo de todo o evangelho, os inimigos se verão confundidos pela
sabedoria do Mestre que os deixa sem resposta e os põe diante da obrigação de
mudar, eles sim, de atitude diante da verdade que lhes é denunciada. Cristo usa
com esses inimigos um técnica com estes passos: primeiro, a indiferença,
“inclinando-se começou escrever no chão com o dedo”. Segundo, diante da
insistência para atirar a pedra, Jesus dá uma resposta habilíssima que consegue
três fins: colocar-se do lado da lei, com o qual não poderão acusá-lo; perdoar
a pecadora, que é o que o seu coração quer, e confundir a maldade dos
hipócritas: “O que não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. Convida-os a
entrar em si mesmos. Quem faz isto, descobre que é pecador também. Mas os
fariseus e escribas estavam cegos pela soberba. Jesus, que condena o adultério,
salva a adúltera: “Tampouco eu te condeno” à morte. Condena-se o pecado, mas
não o pecador. Na história da humanidade, teve só um homem inocente que,
chegado o momento de jogar a primeira pedra, agachou-se, rabiscava o chão,
fez-se o distraído, espantou todos os acusadores e, erguido, disse à mulher já
de pé: “Tampouco eu te condeno”.
Finalmente, o que
nós podemos aprender hoje? Quantos de nós talvez guardamos pedras para jogá-las
contra os nossos irmãos pecadores! Quantos já atiraram pedras com a língua
afiada, com atitudes de ódio, de desprezo e de silêncio! Quantos já estão
dispostos a jogá-las contra os governantes, contra o Papa, os bispos,
sacerdotes, chefes de trabalho, parentes, vizinhos, paroquianos, companheiros
de grupo…! Aprendamos estas coisas: primeiro, não desesperemos diante dos
nossos pecados, pois Deus é misericórdia. Segundo, não demoremos a conversão ao
Senhor nem a atrasemos de um dia para outro. Terceiro, a finalidade da lei é a
glória de Deus e a salvação do homem. Quem a aplica sem caridade, como estes
fariseus do evangelho de hoje, sem buscar que o pecador se arrependa e recupere
a dignidade de filho de Deus, contradiz a vontade do mesmo Deus, que quer que
todos se salvem (1 Tm 2,4). Ai daquele que se cobre com a máscara da justiça e
da virtude, sem caridade no coração! Sim, devemos ser inflexíveis com o pecado,
mas cheios de misericórdia com o pecador.
Para refletir: Julgo os meus irmãos? Tenho misericórdia no
meu coração? Meditei suficientemente nesta frase de Cristo: “Porque à medida
com que medirdes, também vós sereis medidos” (Mt 7,2)?
Para rezar: Senhor, tende piedade de mim que sou um pecador.
Neste ano da misericórdia, dai-me um coração misericordioso como o vosso.
Qualquer sugestão ou dúvida
podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e
neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se
abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
tende piedade de nós.
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Deus Pai do Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai
por nós.
São José,
Ilustre Filho de
Davi,
Luz dos
Patriarcas,
Esposo da mãe de
Deus,
Guarda da
puríssima Virgem,
Sustentador do
Filho de Deus,
Zeloso defensor
de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada
Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José
prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de
paciência,
Amante da
pobreza,
Modelo dos
operários,
Honra da vida de
família,
Guarda das
virgens,
Amparo das
famílias,
Alívio dos
sofredores,
Esperança dos
doentes,
Consolador dos
aflitos,
Patrono dos
moribundos,
Terror dos
demônios,
Protetor da Santa
Igreja,
Patrono da Ordem
Carmelita,
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o
constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo
príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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