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sábado, 12 de março de 2016

MÊS DE SÃO JOSÉ – V Domingo da Quaresma


ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.

LECTIO DIVINA

Textos: Is 43, 16-21; Fil 3, 8-14; Jo 8, 1-11

Evangelho (Jo 8,1-11): Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?». Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e disse: «Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!». Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com a mulher que estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor!» Jesus, então, lhe disse: «Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais».

«Eu também não te condeno»

 D. Pablo ARCE Gargollo (México, D. F., México)

Hoje vemos Jesus «escrever no chão, com o dedo» (Jo 8,6), como se estivesse ao mesmo tempo ocupado e divertido com algo mais do que escutar aos que acusam a mulher que lhe apresentam porque foi «apanhada em adultério» (Jo 8,3).

É de chamar a atenção a serenidade e inclusive o bom humor que vemos em Jesus Cristo, mesmo em momentos que, para outros, são de grande tensão. É um ensinamento prático para cada um de nós, nestes nossos dias de vertiginosa velocidade em que nos inquietam os nervos em um bom número de ocasiões.

A fuga sigilosa e divertida dos acusadores nos recorda de que quem julga é apenas Deus e que todos nós somos pecadores. Em nossa vida diária, por ocasião do trabalho, nas relações familiares ou de amizade, fazemos juízos de valor. Mas algumas vezes nossos juízos são errôneos e obscurecem a boa reputação dos demais. Trata-se de uma verdadeira injustiça que nos obriga a reparar, tarefa nem sempre fácil. Ao contemplar Jesus em meio a essa “matilha” de acusadores, entendemos muito bem o que assinalou Santo Tomás de Aquino: «A justiça e a misericórdia estão tão unidas que uma sustenta a outra. A justiça sem misericórdia é crueldade; e a misericórdia sem justiça é ruína, destruição».

Temos de nos encher de alegria ao saber, com certeza, que Deus perdoa-nos tudo, absolutamente tudo, no sacramento da confissão. Nestes dias de Quaresma, temos a oportunidade magnífica de acorrer a quem é rico em misericórdia no sacramento da reconciliação.

Além disso, um propósito concreto para o dia de hoje: ao ver os demais, direi, no interior de meu coração, as mesmas palavras de Jesus: «Eu também não te condeno» (Jo 8,11).

Vamos ver quem atira a primeira pedra contra o pecador.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

A liturgia de hoje continua dando pistas para viver melhor o ano da misericórdia. A misericórdia de Deus nos convida a não recordar o passado (1ª leitura), pois as águas impetuosas da sua graça limparam a nossa consciência no dia do batismo, abriram caminho no deserto da nossa vida e fizeram correr rios na terra árida do nosso coração. Essa misericórdia divina, como a São Paulo, alcançou-nos e nos conquistou, lançando-nos para frente, sem olhar para trás, rumo à meta da santidade (2ª leitura). Finalmente, essa misericórdia divina se encarnou em Cristo que não confissão nos absolve dos nossos pecados e nos coloca o compromisso: “Vai e não peques mais” (Evangelho) e também a não atirar a pedra da nossa condena a ninguém, pois não somos juízes.

Em primeiro lugar, quem pode atirar a primeira pedra contra esta mulher surpreendida em adultério? Esta mulher do evangelho é solteira, virgem e noiva. Por isso os acusadores, juristas de profissão, pedem contra ela a pena de morte a pedradas e, assim, por lapidação se executavam então a adultera solteira, virgem e noiva prometida (cf. Dt 22,24), porque a outra, a adúltera casada, era executada livremente (cf. Lv 20,10; Dt 22,22), ordinariamente por estrangulação. Que aqui tem adultério, sim tem, porque os acusadores sabem o que estão colocando em jogo se estiverem mentindo, porque ela sabe a morte que a espera e não se queixa, porque Jesus lhe diz: “Não peques mais”. Sinal de que tinha pecado. Sinal de que o adultério é pecado e, a julgar pelo castigo legal, pecado grave e, segundo a doutrina de São Paulo, pecado mortal de condenação eterna (cf. 1 Cor 6,9). E o que aconteceu com o homem que a adulterou? Talvez fosse um fugitivo porque, embora os pegassem em flagrante, nem rastro. Pulou a janela? Quando o marido entra pela porta, o adúltero pula pela janela, às vezes cai de mau jeito no chão e fica coxo para toda a sua vida. Este casado adúltero tem a seu favor a lei do funil: para o homem o amplio, para a mulher, o agudo. Muito se encasquetam os homens e as mulheres com a adúltera: elas, com as suas críticas a marcam com fogo, como uma res, para os restos. E eles, dispostos a apedrejá-la. Amigo, aqui ninguém atira uma pedra nem a pega do chão nem a toca nem a olha! Porque não existe um só inocente no mundo, aqui todos pecadores. E os piores, os pecadores do mesmo pau, que apedrejam os seus iguais para dissimular o seu pecado pessoal. Os piores são os jovens, ainda ingênuos, mas os velhos, com mais trapaças que anos, arteiros nisso de jogar pedra e esconder a mão.

Em segundo lugar, Jesus jogará a pedra? Se Jesus escolher deixar de lado o mandado bíblico poderia ser acusado de quebrantar a lei de Deus e, portanto, condenado; se escolher se afastar neste caso do que ensinado- amor e misericórdia- contradiria os seus próprios ensinamentos, perdendo assim toda autoridade. Porém, como ao longo de todo o evangelho, os inimigos se verão confundidos pela sabedoria do Mestre que os deixa sem resposta e os põe diante da obrigação de mudar, eles sim, de atitude diante da verdade que lhes é denunciada. Cristo usa com esses inimigos um técnica com estes passos: primeiro, a indiferença, “inclinando-se começou escrever no chão com o dedo”. Segundo, diante da insistência para atirar a pedra, Jesus dá uma resposta habilíssima que consegue três fins: colocar-se do lado da lei, com o qual não poderão acusá-lo; perdoar a pecadora, que é o que o seu coração quer, e confundir a maldade dos hipócritas: “O que não tiver pecado, que atire a primeira pedra”. Convida-os a entrar em si mesmos. Quem faz isto, descobre que é pecador também. Mas os fariseus e escribas estavam cegos pela soberba. Jesus, que condena o adultério, salva a adúltera: “Tampouco eu te condeno” à morte. Condena-se o pecado, mas não o pecador. Na história da humanidade, teve só um homem inocente que, chegado o momento de jogar a primeira pedra, agachou-se, rabiscava o chão, fez-se o distraído, espantou todos os acusadores e, erguido, disse à mulher já de pé: “Tampouco eu te condeno”.  

Finalmente, o que nós podemos aprender hoje? Quantos de nós talvez guardamos pedras para jogá-las contra os nossos irmãos pecadores! Quantos já atiraram pedras com a língua afiada, com atitudes de ódio, de desprezo e de silêncio! Quantos já estão dispostos a jogá-las contra os governantes, contra o Papa, os bispos, sacerdotes, chefes de trabalho, parentes, vizinhos, paroquianos, companheiros de grupo…! Aprendamos estas coisas: primeiro, não desesperemos diante dos nossos pecados, pois Deus é misericórdia. Segundo, não demoremos a conversão ao Senhor nem a atrasemos de um dia para outro. Terceiro, a finalidade da lei é a glória de Deus e a salvação do homem. Quem a aplica sem caridade, como estes fariseus do evangelho de hoje, sem buscar que o pecador se arrependa e recupere a dignidade de filho de Deus, contradiz a vontade do mesmo Deus, que quer que todos se salvem (1 Tm 2,4). Ai daquele que se cobre com a máscara da justiça e da virtude, sem caridade no coração! Sim, devemos ser inflexíveis com o pecado, mas cheios de misericórdia com o pecador.

Para refletir: Julgo os meus irmãos? Tenho misericórdia no meu coração? Meditei suficientemente nesta frase de Cristo: “Porque à medida com que medirdes, também vós sereis medidos” (Mt 7,2)?

Para rezar: Senhor, tende piedade de mim que sou um pecador. Neste ano da misericórdia, dai-me um coração misericordioso como o vosso.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.

LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.

V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.

ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.

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