ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos,
ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Textos: Ex 12, 1-8. 11-14; 1 Co 11, 23-26; Jo 13,
1-15
Evangelho (Jo
13,1-15): Antes da festa da Páscoa,
sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o
Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a
ceia. O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. Sabendo
que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de junto de Deus saíra e para
Deus voltava, Jesus levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e
amarrou-a à cintura. Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos
discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura. Chegou assim a
Simão Pedro. Este disse: «Senhor, tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu:
«Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás». Pedro
disse: «Tu não me lavarás os pés nunca!». Mas Jesus respondeu: «Se eu não te
lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro disse: «Senhor, então lava-me não
só os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu: «Quem tomou banho
não precisa lavar senão os pés, pois está inteiramente limpo. Vós também estais
limpos, mas não todos». Ele já sabia quem o iria entregar. Por isso disse: «Não
estais todos limpos». Depois de lavar os
pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos
discípulos: «Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e
dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós
deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim
como eu fiz para vós».
«Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns aos outros»
Mons. Josep Àngel
SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa. (Barcelona, Espanha)
Hoje lembramos
aquela primeira Quinta-feira Santa da história, na qual Jesus Cristo se reúne
com os seus discípulos para celebrar a Páscoa. Então inaugurou a nova Páscoa da
nova Aliança, na que se oferece em sacrifício pela salvação de todos.
Na Santa Ceia, ao
mesmo tempo que a Eucaristia, Cristo institui o sacerdócio ministerial.
Mediante este, poderá se perpetuar o sacramento da Eucaristia. O prefácio da
Missa Crismal revela-nos o sentido: «Ele escolhe alguns para fazê-los
participes de seu ministério santo; para que renovem o sacrifício da redenção,
alimentem a teu povo com a tua Palavra e o reconfortem com os teus
sacramentos».
E aquela mesma
Quinta-feira, Jesus nos dá o mandamento do amor: «Amai-vos uns aos outros. Como
eu vos amei» (Jo 13,34). Antes, o amor fundamentava-se na recompensa esperada
em troca, ou no cumprimento de uma norma imposta. Agora, o amor cristão
fundamenta-se em Cristo. Ele nos ama até dar a vida: essa tem que ser a medida
do amor do discípulo, e esse tem que ser o sinal, a característica do
reconhecimento cristão.
Mas, o homem não
tem a capacidade para amar assim. Não é simplesmente o fruto de um esforço,
senão dom de Deus. Afortunadamente, Ele é amor e — ao mesmo tempo— fonte de
amor que se nos dá no Pão Eucarístico.
Finalmente, hoje
contemplamos o lavatório dos pés. Na atitude de servo, Jesus lava os pés dos
Apóstolos, e lhes recomenda que o façam uns aos outros (cf. Jo 13,14).
Há algo mais que
uma lição de humildade neste gesto do Mestre. É como uma antecipação, como um
símbolo da Paixão, da humilhação total que sofrerá para salvar todos os homens.
O teólogo Romano
Guardini diz que «a atitude do pequeno que se inclina ante o grande, ainda não
é humildade. É, simplesmente, verdade. O grande que se humilha ante o pequeno,
é o verdadeiro humilde». Por isto Jesus Cristo é autenticamente humilde. Ante
este Cristo humilde, nossos moldes se quebram. Jesus Cristo inverte os valores
humanos e convida-nos a segui-lo para construir um mundo novo e diferente desde
o serviço.
Tanto os gestos e ações, como as palavras e os
silêncios de Jesus são quase “sacramentos” de Cristo que realizam o que
significam e demostram a seriedade e a sublimidade do momento.
Pe. Antonio
Rivero, L.C.
Com a missa de
hoje damos por concluída a Quaresma e iniciamos o Tríduo Pascal, que abarcará
os três dias seguintes: Sexta-feira, Sábado e Domingo. Tradicionalmente na
manhã desta Quinta-feira se celebrava a missa de reconciliação dos que durante
a Quaresma tinham feito o caminho dos “penitentes”. A missa de hoje recorda a
instituição da Eucaristia, a mandamento do amor fraterno e a instituição do
ministério sacerdotal.
Em primeiro
lugar, os gestos. Primeiro gesto: Jesus se levanta da mesa, tira o manto, pega
a toalha, se cinge, põe ague num jarro e lava os pés dos discípulos. Todas as
ações são sinal visível de um significado invisível, portador da graça divina
aqui e agora para nós. Com esse primeiro gesto, Jesus estava entregando à sua
Igreja o mandamento da caridade fraterna e do serviço eclesial; todos somos
irmãos e com a mesma dignidade. Segundo gesto da Quinta-feira Santa: o pão e o
vinho que Ele consagra, convertendo-os no seu Corpo glorioso e no seu Sangue
abençoado para a nossa transformação Nele e alimento para o caminho. Terceiro
gesto: impõe as mãos sobre os doze discípulos, fazendo-os seus sacerdotes,
continuadores dos seus mistérios de salvação. E eles, a seu tempo, deverão
continuar com essa corrente, prolongando o sacerdócio de Cristo por todos os
cantos da terra, quem Deus chamou a tão sublime vocação.
Em segundo lugar,
as palavras que realizam o que significam, pois são eficazes. Primeira palavra:
“Amai-vos uns aos outros, como Eu vos tenho amado”, imperativo que podemos
viver com graça de Cristo. Segunda palavra: “Tomai e comei… Tomai e bebei”,
imperativo que transformou em realidade o que tinha sido uma figura na Páscoa
judaica; Cristo será o Cordeiro de Deus e em cada Eucaristia fazemos presentes
a nova ceia pascal inaugurada por Cristo nessa Quinta-feira Santa, pois cada
vez que se celebre este rito se recordará a morte do Senhor até o dia da sua
vinda. Terceira palavra: “Fazei isto em memoria de mim”; palavra esta que a
Igreja sempre meditou e na que fundamentou o sacramento da Ordem Sacerdotal,
pelo que um homem de carne e osso é configurado com Cristo Cabeça e Pastor,
quem com o seu ministério sacerdotal faz visível Cristo na comunidade.
Finalmente, os
silêncios. Quantos silêncios nesta noite santa da Quinta-feira! Silêncio da
alma e da sua vontade para não gritar ao Pai diante da Paixão que se avizinhava
e que seu Pai quis para nos redimir. Silêncio dos sentimentos que nesses
momentos estavam convulsionados diante da traição de Judas, a resistência de
Pedro, o abandono do resto dos apóstolos, a prisão e a agonia… Sentimentos para
serem controlados, sublimados. Silêncio das suas paixões irascíveis, submetidas
todas à força e ao bálsamo do amor. Silêncio dos olhos para ver todos com os
olhos misericordiosos do Pai, sem ódio, sem reprimendas; só derramariam
lágrimas e manifestavam um véu de tristeza. Silêncio da boca, para só pronunciar
essas palavras sacramentais, e guardar as suas palavras de queixas, para
crucificá-las na cruz na Sexta-Feira Santa. Silêncio dos pés para não ir
procurar consolos humanos, mas se prostrar no chão em oração ao Pai.
Para refletir: Agradeço todos os dias o dom da Eucaristia,
do Sacerdócio e do Mandamento da caridade? Vivo a Eucaristia cada com mais
fervor e me compromete a ser eu Eucaristia para os meus irmãos mediante o
sacrifício da minha vida? Trato todos os homens e mulheres como irmãos em Cristo
e os trato como trataria Cristo? Rezo todos os dias pelos sacerdotes e lhes
agradeço pelo serviço insubstituível que realizam para o bem da minha alma?
Para rezar: Senhor, obrigado pelo dom da Eucaristia, que
vos comamos e vos assimilemos com a alma limpa. Obrigado, pelo mandamento da
caridade fraterna que cura os nossos egoísmos e ambições. Obrigado, por dar-nos
sacerdotes segundo o vosso coração; guardai-os na fidelidade a Vós e a vossa
Igreja.
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e
neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se
abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo
tende piedade de nós.
Senhor tende
piedade de nós.
Jesus Cristo,
ouvi-nos.
Jesus Cristo,
escutai-nos.
Deus Pai do Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho,
Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito
Santo, tende piedade de nós.
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai
por nós.
São José,
Ilustre Filho de
Davi,
Luz dos
Patriarcas,
Esposo da mãe de
Deus,
Guarda da
puríssima Virgem,
Sustentador do
Filho de Deus,
Zeloso defensor
de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada
Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José
prudentíssimo,
José fortíssimo,
José
obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de
paciência,
Amante da
pobreza,
Modelo dos
operários,
Honra da vida de
família,
Guarda das
virgens,
Amparo das
famílias,
Alívio dos
sofredores,
Esperança dos
doentes,
Consolador dos
aflitos,
Patrono dos
moribundos,
Terror dos
demônios,
Protetor da Santa
Igreja,
Patrono da Ordem
Carmelita,
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus,
que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o
constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo
príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus,
que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São
José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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