Santos Esposos
Maria e José
No
dia 23 de janeiro celebra-se a festa dos Esponsais de Maria e José.
Oração do dia
Pai
Santo que unistes em virginal matrimônio a gloriosa Mãe do vosso Filho com o homem
justo José para que fossem fiéis colaboradores do mistério do Verbo Encarnado. Concedei-nos,
unidos a vós pelo vínculo batismal, vivermos mais intensamente a nossa união
com Cristo e caminharmos alegremente na estrada do amor. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Evangelho (Mc 3,7-12): Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galileia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.
Evangelho (Mc 3,7-12): Jesus, então, com seus discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galileia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.
Comentário:
Rev. D. Melcior QUEROL i Solà (Ribes de Freser, Girona, Espanha)
Uma grande multidão da Galileia o seguia.
Também veio a ele muita gente da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e de além do
Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia
Hoje,
ainda temos recente o batismo de João nas águas do rio Jordão, deveríamos
recordar a relevância do nosso próprio batismo. Todos fomos batizados num só
Senhor, numa só fé, «num só Espírito para formar um só corpo» (1Cor 12,13). Eis
aqui o ideal de unidade: formar um só corpo, ser em Cristo uma só coisa, para
que o mundo acredite.
No
Evangelho de hoje vemos como «uma grande multidão da Galileia» e também muita
gente procedente de outros lugares (cf. Mc 3,7-8) se aproximam do Senhor. E Ele
acolhe e procura o bem para todos, sem exceção. Devemos ter isso muito presente
durante o oitavário de oração pela unidade dos cristãos.
Apercebamo-nos
como, no decorrer dos séculos, os cristãos nos dividimos em católicos,
ortodoxos, anglicanos, luteranos, e um largo etcetera de confissões cristãs.
Pecado histórico contra uma das notas essenciais da Igreja: a unidade.
Mas
aterremos na nossa realidade eclesial de hoje. A da nossa diocese, a da nossa paróquia.
A do nosso grupo cristão. Somos realmente uma só coisa? Realmente a nossa
relação de unidade é motivo de conversão para os afastados da Igreja? «Que
todos sejam um, para que o mundo acredite» (Jo 17,21), pede Jesus ao Pai. Este
é o reto. Que os pagãos vejam como se relaciona um grupo de crentes que,
congregados pelo Espírito Santo na Igreja de Cristo, têm um só coração e uma só
alma (cf. At 4,32-34).
Recordemos
que, como fruto da Eucaristia — em simultâneo com a união de cada um com Jesus—
deve manifestar-se a unidade da Assembleia pois, alimentamo-nos do mesmo Pão
para sermos um só corpo. Portanto, o que significam os sacramentos, e a graça
que contêm, exige de nós gestos de comunhão para com os outros. A nossa
conversão é à unidade trinitária (o qual é um dom que vem do alto) e a nossa
tarefa santificadora não pode obviar os gestos de comunhão, de compreensão, de
acolhimento e de perdão para com os demais.
Reflexões de Frei Carlos Mesters,
O.Carm
* A conclusão a que se chega, no fim destes cinco conflitos (Mc 2,1 a 3,6), é que a Boa Nova de Deus tal como era anunciada por Jesus dizia exatamente o contrário do ensinamento das autoridades religiosas da época. Por isso, no fim do último conflito, se prevê que Jesus não vai ter vida fácil e será combatido. A morte aparece no horizonte. Decidiram matá-lo (Mc 3,6). Sem uma conversão sincera não é possível às pessoas chegarem a uma compreensão correta da Boa Nova.
* Um resumo da ação evangelizadora de Jesus.
Os
versículos do evangelho de hoje (Mc 3,7-12) são um resumo da atividade de Jesus
e acentuam um enorme contraste. Um pouco antes, em Mc 2,1 a 3,6, só se falou em
conflitos, inclusive em conflito de vida e morte entre Jesus e as autoridades
civis e religiosas da Galileia (Mc 3,1-6). E aqui no resumo, aparece o
contrário: um movimento popular imenso, maior que o movimento de João Batista,
pois veio gente não só da Galileia, mas também da Judéia, de Jerusalém, da
Idumeia, da Transjordânia e até da região pagã de Tiro e Sidônia para
encontrar-se com Jesus! (Mc 3,7-12). Todos querem vê-lo e tocar nele. É tanta
gente, que o próprio Jesus fica preocupado. Ele corre o perigo de ser esmagado
pelo povo. Por isso, pediu aos discípulos para manter um barco à disposição a
fim de que o povo não o apertasse. E do barco falava à multidão. Eram,
sobretudo os excluídos e os marginalizados que vinham a ele com seus males: os
doentes e os possessos. Estes, que não eram acolhidos na convivência social da
sociedade da época, são acolhidos por Jesus. Eis o contraste: de um lado, a
liderança religiosa e civil que decide matar Jesus (Mc 3,6); do outro lado, um
movimento popular imenso que busca a salvação em Jesus. Quem vai ganhar?
* Os espíritos impuros e Jesus.
A
insistência de Marcos na expulsão dos demônios é muito grande. O primeiro
milagre de Jesus é a expulsão de um demônio (Mc 1,25). O primeiro impacto que
Jesus causa no povo é por causa da expulsão dos demônios (Mc 1,27). Uma das
principais causas da briga de Jesus com os escribas é a expulsão dos demônios
(Mc 3,22). O primeiro poder que os apóstolos vão receber quando são enviados em
missão é o poder de expulsar os demônios (Mc 6,7). O primeiro sinal que
acompanha o anúncio da ressurreição é a expulsão dos demônios (Mc 16,17). O que
significa expulsar os demônios no evangelho de Marcos?
*
No tempo de Marcos, o medo dos demônios estava aumentando. Algumas religiões,
em vez de libertar o povo, alimentavam nele o medo e a angústia. Um dos
objetivos da Boa Nova de Jesus era ajudar o povo a se libertar deste medo. A
chegada do Reino de Deus significou a chegada de um poder mais forte.
Jesus é “o homem mais forte” que chegou para amarrar o Satanás, o poder do mal,
e roubar dele a humanidade prisioneira do medo (Mc 3,27). Por isso, Marcos
insiste tanto, na vitória de Jesus sobre o poder do mal, sobre o demônio, sobre
o Satanás, sobre o pecado e sobre a morte. Do começo ao fim, com palavras quase
iguais, ele repete a mesma mensagem: “E Jesus expulsava os demônios!” (Mc
1,26.27.34.39; 3,11-12.15.22.30; 5,1-20; 6,7.13; 7,25-29; 9,25-27.38; 16,9.17).
Parece até um refrão! Hoje, em vez de usar sempre as mesmas palavras preferimos
usar palavras diferentes. Diríamos: “O poder do mal, o Satanás, que mete tanto
medo no povo, Jesus o venceu, dominou, amarrou, destronou, derrotou, expulsou,
eliminou, exterminou, aniquilou, abateu, destruiu e matou!” O que Marcos nos
quer dizer é isto: “Ao cristão é proibido ter medo de Satanás!” Depois que
Jesus ressuscitou, já é mania e falta de fé apelar, a toda hora, para Satanás,
como se ele ainda tivesse algum poder sobre nós. Insistir no perigo dos
demônios para chamar o povo de volta para as igrejas é desconhecer a Boa Nova
do Reino. É falta de fé na ressurreição de Jesus!
Para um confronto pessoal
1) Como você vive a sua fé na ressurreição de Jesus?
Contribui para vencer o medo?
2) Expulsão dos demônios. Como você faz para neutralizar
esse poder em sua vida?
"Virgem Santíssima, por aquele virginal
esponsal que celebraste com vosso castíssimo esposo São José, fazei que minha
alma se espose espiritualmente com vosso Filho e meu Senhor Jesus"
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