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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Meditação sobre os Evangelhos do Natal

I Meditação

Textos: Isaías 9, 1-3.5-6; Tito 2, 11-14; Lucas 2, 1-14.

Ideia principal: nasce Cristo para nós e nos convida a festejar seu nascimento.
Pe. Antonio Rivero, L.C.

Resumo da mensagem: “Hoje” nasceu para nós o Salvador. Este “hoje” quer significar que o que celebramos no Natal não é um simples aniversário, mas um “sacramento’, ou seja, uma atualização sacramental do fato salvífico do nascimento humano do Filho de Deus.

Aspectos desta ideia:
Em primeiro lugar, o Natal é a condensação do “ontem” de Belém e do “amanhã” da última vinda do Senhor no “hoje” da celebração deste ano, um acontecimento sempre novo, não só uma lembrança folclórica dos fatos passados. “Hoje”, depois do duro e cruel desterro, estamos vendo uma Luz grande que brilha para nós e nos salva. “Hoje” encontramos o gozo e  a alegria por esta vitória e libertação. “Hoje”, da estirpe do Rei David, nasceu para nós um Menino, que é o Libertador, o Deus Forte, o Príncipe da Paz. “Hoje” esse menino instaura o seu Reino e nos traz a sua graça divina, o direito e a justiça (primeira leitura).

Em segundo lugar, este Deus que em Cristo nos traz “hoje” a salvação, o fez através da sua entrega. Assim, nos resgatou de toda iniquidade e nos purificou. Isto nos exige, hoje, levar uma vida digna, sóbria, justa e piedosa; renunciar á impiedade e aos desejos mundanos (segunda leitura).

Finalmente, “hoje” Maria continua buscando um lugar, um coração para colocar o seu Filho Jesus. “Hoje” José nos pede ajuda para limpar e preparar o nosso presépio interior. “Hoje” Maria nos oferece o seu Filho para a nossa adoração e admiração. “Hoje” cada um de nós pode envolvê-lo com as faixas do nosso amor e carinho. “Hoje” podemos cantar para Ele, como fizeram os anjos nesta noite bendita, com as vozes da nossa fé e da nossa humildade. “Hoje” devíamos ir correndo à gruta, como os pastores, para oferecer-lhe o melhor que temos e somos.

Para refletir: Tenho o coração aberto e limpo para receber este Menino Jesus, que vem humilde para trazer-me a salvação “hoje”? Existe algo que me impede “hoje” de abrir-lhe a porta da minha hospedaria? O que é? Maria terá que passar direto porque encontrou tudo fechado em mim?

II Meditação
Textos: Isaias 52, 7-10; Hebreus 1, 1-6; João 1, 1-18

Idéia Principal: Cristo é a Palavra definitiva e última que Deus Pai pronunciou.
Pe. Antonio Rivero, L.C.

Resumo da mensagem: Este menino que nasce em Belém é a Palavra definitiva do Pai que nos traz uma mensagem clara, nítida, inteligível e consoladora para todos: Deus nos ama, quer nos salvar e fazer participantes da filiação divina pela graça. As frases dos Santos Padres são muito atrevidas: “Deus se faz homem para que o homem se faça Deus pela graça e participe na vida divina... O homem é um ser que recebeu a ordem de fazer-se Deus... Eu sou homem por natureza e Deus pela graça.”

Aspectos desta ideia:
Em primeiro lugar, Deus nos falou em épocas passadas por outros mensageiros –os profetas-, mas agora o faz diretamente pelo seu Filho ao qual nomeou herdeiro de tudo, que é reflexo da sua glória, marca de seu ser, criador (segunda leitura). Palavra que anunciará a boa nova; pregará o direito, a justiça e a paz; nos consolará, nos resgatará e purificará (primeira e segunda leitura). Palavra que é Deus, vida, luz, e que se encarnou para se fazer audível, inteligível, habitar entre nós e nos fazer partícipes da filiação divina através da graça (evangelho). Palavra definitiva, última e perfeita; não esperamos outra. Esta Palavra explicará tudo e dará razão de tudo e a todos, sem exceção.

Em segundo lugar, essa Palavra definitiva necessita uns ouvidos novos que a escutem; uma mente aberta que a entenda e se deixe iluminar pela luz da fé; um coração limpo que rumine e que a interiorize e faça fecundar; uma vontade decidida para pôr em prática o que essa Palavra lhe peça; uma língua sem travas que, como autêntico mensageiro, a transmita por todas as partes com alegria, integridade e sem distorcer nem manipular.

Finalmente, como consequência, quem, podendo, não escute ou não aceite essa Palavra, e não a receba com amor e liberdade, ficará na escuridão, cairá no erro, sofrerá a tristeza, seguirá na escravidão. Como consequência não terá Natal no seu coração. Não poderá contagiar a alegria e a esperança que essa Palavra traz a todos. Não será salvo.

Para refletir: O que me impede escutar essa Palavra? Quais prejuízos há na minha mente que se fecha a esta Palavra? Por que não se fecunda essa Palavra no meu coração? Por que a minha vontade está presa a mil escravidões? De quais escravidões, Deus tem que me salvar este ano: materialismo, pessimismo, intolerância, rancor, preguiça, sensualidade, violência?

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