Pedro
de pescador de peixes se transformou em pescador de homens (Mc 1.7). Era
casado (Mc 1, 30). Homem
bondoso, muito humano. Era levado naturalmente a liderar seus companheiros, os
doze primeiros discípulos de Jesus. Jesus respeito esta tendência natural e fez
de Pedro o animador de sua primeira comunidade (Jo 21.17).
Antes
de entrar na comunidade de Jesus, Pedro se chamava Simão bar Jonas (Mt 16, 17),
isto Simão filho de Jonas. Jesus lhe deu o apelido de Cefas ou Pedra, que
depois se tornou Pedro (L 6, 14).
Por
natureza, Pedro podia ser tudo, menos pedra. Era corajoso no falar, mas na hora
do perigo deixava-se levar pelo medo e fugia. Por exemplo, certa vez quando
Jesus chegou caminhando sobre as águas, Pedro pediu: “Jesus, posso também eu
vir contigo sobre as águas?” Jesus lhe respondeu: “Pode vir, Pedro!” Pedro,
deixando o barco, começou a caminhar sobre as águas. Mas quando veio uma onda
mais alta do normal, ficou com medo, começou a afundar e gritou: “Salva-me,
Senhor!” Jesus o agarrou e o salvou (Mt 14,28-31).
Na
última ceia, Pedro disse a Jesus “Eu nunca vou te renegar, Senhor!”
(Mc 14, 31); mas poucas horas depois, no palácio do sumo sacerdote, diante de
uma empregada, quando Jesus já tinha sido preso, Pedro negou com juramento de
ter alguma relação com Jesus (Mc 14,66-72).
No
jardim das Oliveiras, quando Jesus foi preso, ele chegou mesmo a pegar uma
espada (Jo 18.10), mas depois fugiu, deixando Jesus sozinho (Mc 14,50). Por
natureza, Pedro não era pedra! No entanto, este Pedro tão fraco e tão humano,
tão igual a nós, tornou-se pedra, porque Jesus rezou por ele dizendo: “Eu,
porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido,
confirma os teus irmãos” (Lc 22,32). Por isso, Jesus podia dizer: “Tu é
Pedra e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja” (Mt 16,18).
Jesus o ajudou a ser pedra.
Após
a ressurreição, na Galileia, Jesus apareceu a Pedro e lhe perguntou duas vezes:
“Pedro,
tu me amas?” E Pedro respondeu duas vezes: “Senhor, tu sabes que eu te amo”
(Jo 21,15.16). Quando Jesus a mesma pergunta pela terceira vez, Pedro ficou
triste. Deve ter lembrado o fato de ter renegado o Mestre por três vezes. À
terceira pergunta, ele respondeu: “Senhor, tu sabes tudo! Tu sabes que te
amo!” E foi naquele momento que Jesus lhe confiou o cuidado de suas
ovelhas, dizendo: “Pedro, apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21, 17).
Com
a ajuda de Jesus a firmeza da pedra ia crescendo em Pedro e se revelou no dia
de Pentecostes. No dia de Pentecostes, depois da descida do Espírito santo,
Pedro abriu a porta da sala, onde todos estavam reunidos, a portas fechadas por
medo dos judeus (Jo 20, 19), animou-se de coragem e começou o anúncio da Boa
Nova de Jesus ao povo (At 2,14-40). E não parou mais! Por causa deste anúncio
corajoso da ressurreição, dói preso (At 4,3). As autoridades religiosas lhe
proibiram de anunciar a boa nova (At 4,18), ma, Pedro nem ligou. Ele dizia: “Nós
pensamos que devemos obedecer mais a Deus que aos homens!” (At 4,19;
5,29). Foi novamente preso (At 5,18.26). Foi chicoteado (At 5,40). Mas ele
disse:
“Muito obrigado! Mas nós continuaremos!” (cfr. At 5,42).
A
tradição conta que, no final da vida, quando morava em Roma, teve ainda um
momento de medo. Mas depois voltou atrás; foi preso e condenado a morrer na
cruz. Ele pediu, porém, para ser crucificado com a cabeça para baixo. Pensava
que não era digno de morrer igual a Jesus. Pedro foi fiel a si mesmo até o fim!
Oração pelo Papa
Ó Jesus, Rei e Senhor da Igreja:
renovo, na vossa presença, a minha adesão incondicional ao vosso Vigário na
terra, o Papa Francisco. Nele, quisestes mostrar o caminho seguro e certo que
devemos seguir, em meio à desorientação, à inquietude e ao desassossego. Creio firmemente
que, por meio dele, vós nos govemais, ensinais e santificais, e que, sob o seu
cajado, formamos a verdadeira Igreja: una, santa, católica e apostólica.
Concedei-me a graça de amar, viver e
propagar, como filho fiel, os seus ensinamentos. Cuidai de sua vida, iluminai a
sua inteligência, fortalecei o seu espírito, defendei-o das calúnias e da
maldade. Aplacai os ventos erosivos da infidelidade e da desobediência, e
concedei que, em tomo a ele, a vossa Igreja se conserve unida, firme na fé e
nas obras, e seja assim o instrumento da vossa redenção. Assim seja.
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