No dia 6 de janeiro é celebrada a
festa da Epifania do Senhor. Qual a sua origem e qual seu significado?
História . As
primeiras referências a esta Solenidade
vêm do séc II, do Egito, onde a seita gnóstica dos basilidianos
celebrava o Batismo de Jesus.
Nos princípios do séc. IV, a festa do Natal começou a ser celebrada
pelos cristãos do Ocidente e do Oriente, como uma festa da “manifestação do
Senhor na carne” e da “revelação de sua divindade”.
Nesta única festa se celebrava Jesus que "manifestou a sua glória»
(Jo 2.11) em diferentes eventos:
- o nascimento em Belém,
- a adoração dos Magos,
- o Batismo no Jordão,
- o primeiro sinal em Caná,
- em algumas igrejas locais, celebrava-se também a Transfiguração e a
multiplicação dos pães.
No final do século IV, ocorre, no Ocidente a separação das festas da
Epifania e do Natal, embora tenham permanecido unidas no Oriente.
Assim, no Ocidente Latino, 25 de dezembro concentrou-se sobre a
Natividade de Jesus e 6 de janeiro, salientou a adoração dos Magos, o Batismo
do Senhor e o milagre de Caná.
A
realeza de Cristo.
O evangelho do dia é o da adoração dos Magos. Antigamente, pensava-se
que, sempre que um personagem importante, especialmente um rei, nascia, um astro novo aparecia no céu. Assim,
os Magos, vendo a estrela, disseram: “Este é o sinal do grande rei; Vamos ao seu encontro e lhe ofereçamos nossos
presentes” .
Seguindo a estrela até à terra de
Israel, eles foram direto para a corte de Jerusalém, em busca do Rei
recém-nascido. Ali descobrem que o Rei do mundo, ao qual todos os reis devem
veneração é a Criança que nasceu na pobreza da gruta e, como foi anunciado
pelos profetas: «esta estrela brilha como uma chama viva e revela o Senhor, o rei dos
Reis; os Magos a contemplaram e ofereceram
seus presentes ao grande rei».
Os
presentes dos Reis Magos.
Desde tempos antigos foram interpretados como uma manifestação da
identidade da Criança:
- ouro oferecidos o Rei,
- o incenso para Deus
- a mirra para o Homem, pois era usado para ungir os
corpos antes do enterro.
“Lhe ofereceram: ouro, como soberano rei; incenso, como verdadeiro
Deus; e mirra para o seu enterro.”
A
universalidade da salvação.
Os padres da Igreja viram nos Magos do Oriente uma antecipação dos povos
não-judeus, chamados para encontrar a salvação em Cristo. Assim interpreta são
Leão Magno: que «todos os povos venham
para se juntar à família dos patriarcas. Que todas as Nações, nas
pessoas dos três Reis Magos, adorem o autor do universo, e que Deus seja
conhecido em todo o mundo». Os Magos são
as primícias, às quais seguem muitos outros povos.
Porque se viu nestes personagens uma antecipação dos pagãos que se
haviam de converter ao Senhor, e indicar
que a salvação é para todos, começou-se a apresentá-los como um negro (africano),
outro de pele amarela (asiática) e um de raça branca (europeia), que
representavam os três continentes conhecidos na Antiguidade.
A Epifania anuncia a universalidade da Igreja Católica, chamada para
evangelizar todos os povos.
Uma
celebração de extraordinária riqueza.
Embora outros aspectos ficassem em segundo plano, nunca foram esquecidos
completamente, como se pode ver nos textos litúrgicos até aos nossos dias: “Veneremos
este dia Santo, honrado com três milagres: hoje a estrela conduziu os sábios à
manjedoura; hoje a água foi transformada em vinho no casamento em Caná; hoje,
Cristo foi batizado por João no Rio Jordão para nos salvar “. Esses
outros acontecientos são momentos diferentes de uma única realidade: a
manifestação de Jesus Cristo na nossa carne, na nossa história.
LEIA, ABAIXO, A LECTIO DIVINA PARA A SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
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