B.
Josefa Naval Girbes, virgem secular
Mem. Fac.- Comum das Virgens.
Josefa Naval
Girbés nasceu em Algemesí (Valência - Espanha) no dia 11 de Dezembro de 1820.
Na sua adolescência consagrou-se a Deus com o voto perpétuo de castidade e
dedicou-se com generosidade às obras de apostolado no âmbito da comunidade
paroquial e como membro do Carmelo Secular. Fez da sua casa uma oficina e uma
escola de oração, onde numerosas jovens e mulheres adquiriram formação humana e
espiritual. Foi membro da Ordem Terceira da Virgem do Carmo e de Santa Teresa
de Jesus e professou uma íntima devoção à Virgem Mãe de Deus. Morreu piedosamente
no dia 24 de Fevereiro de 1893.
ORAÇÃO - Senhor, nosso Deus, que
estabelecestes a força do Evangelho como fermento no mundo,concedei aos que
chamastes ao apostolado paroquial que, pela intercessão da virgem secular
Josefa Naval, de tal modo se dediquem com espírito cristão ao ministério laical
que construam e proclamem o vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, ...
Terça-feira
da 31ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 14,15-24): Tendo ouvido isso, um dos que
estavam junto à mesa disse a Jesus: Feliz quem come o pão no Reino de Deus! Ele
respondeu: Alguém deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora do
banquete, mandou seu servo dizer aos convidados: Vinde! Tudo está pronto. Mas
todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: Comprei um campo e
preciso ir vê-lo. Peço que me desculpes. Um outro explicou: Comprei cinco
juntas de bois e vou experimentá-las. Peço que me desculpes. Um terceiro
justificou: Acabo de me casar e, por isso, não posso ir. O servo voltou e
contou tudo a seu senhor. Então o dono da casa ficou irritado e disse ao servo:
Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os
aleijados, os cegos e os coxos. E quando o servo comunicou: Senhor, o que
mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar, o senhor ordenou ao servo: Sai
pelas estradas e pelos cercados, e obriga as pessoas a entrar, para que minha
casa fique cheia. Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados
provará do meu banquete
Comentário: Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)
Sai pelas
estradas e pelos cercados, e obriga as pessoas a entrar, para que minha casa
fique cheia
Hoje o Senhor
oferece-nos uma imagem da eternidade representada por um banquete. O banquete
significa o lugar onde a família e os amigos se encontram juntos, gozando da
companhia, da conversa e da amizade à volta da mesma mesa. Esta imagem fala-nos
da intimidade com Deus trindade e do gozo que encontraremos na estância do Céu.
Tudo o fez para nós, e chama-nos porque tudo está pronto (Lc 14,17). Nos quer
com Ele; quer a todos os homens e mulheres do mundo ao seu lado, a cada um de
nós.
É necessário, no
entanto, que queiramos ir. E apesar de sabermos que é onde melhor se está,
porque o céu é a nossa morada eterna, que excede todas as mais nobres
aspirações humanas - o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos
jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu (1Cor
2,9) e portanto, nada lhe é comparável-; no entanto somos capazes de recusar o
convite divino e perder eternamente a melhor oferta que Deus nos podia fazer:
participar da sua casa, da sua mesa, da sua intimidade para sempre. Que grande
responsabilidade!
Somos,
decididamente, capazes de trocar a Deus por qualquer coisa. Uns, como lemos no
Evangelho de hoje, por um campo; outros por uns bois. E você e eu, pelo que é
que somos capazes de trocar aquele que é o nosso Deus e o seu convite? Há quem
por preguiça, por desleixo, por comodidade deixa de cumprir os seus deveres de
amor para com Deus. Deus vale tão pouco que o substituímos por qualquer outra
coisa? Que a nossa resposta ao oferecimento divino seja sempre um sim, cheio de
agradecimento e de admiração.
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
Reflexão Lucas
14,15-24
O evangelho de hoje continua a reflexão em
torno de assuntos ligados à mesa e à refeição. Jesus conta a parábola do
banquete. Muita gente tinha sido convidada, mas a maioria não veio. O dono da
festa ficou indignado com a desistência dos convidados e mandou chamar os
pobres, os aleijados, os cegos, os mancos. Mesmo assim sobrava lugar. Então,
mandou convidar todo mundo, até que a casa ficasse cheia. Esta parábola era uma
luz para comunidades do tempo de Lucas.
Nas comunidades do tempo de Lucas havia cristãos,
vindos do judaísmo e cristãos, vindos da gentilidade, chamados de pagãos.
Apesar das diferenças de raça, classe e gênero, eles tinham um grande ideal de
partilha e de comunhão (At 2,42; 4,32; 5,12). Mas havia muitas dificuldades,
pois os judeus normas de pureza legal que os impediam de comer com os pagãos.
Mesmo depois de terem entrado na comunidade cristã, alguns deles mantinham o
costume antigo de não sentar à mesma mesa com um pagão. Assim, Pedro teve
conflitos na comunidade de Jerusalém, por ter entrado na casa de Cornélio, um
pagão, e ter comido com ele (At 11,3). Em vista desta problemática das
comunidades, Lucas conservou uma série de palavras de Jesus a respeito da
comunhão de mesa (Lc 14,1-24). A parábola que aqui meditamos é um retrato do que
estava acontecendo nas comunidades.
* Lucas 14,15: Feliz quem come o pão no
Reino de Deus
Jesus tinha acabado de contar duas
parábolas: uma, sobre a escolha dos lugares (Lc 14,7-11), e outra, sobre a
escolha dos convidados (Lc 14,12-14). Ouvindo estas parábolas, alguém que
estava à mesa com Jesus deve ter percebido o alcance do ensinamento de Jesus e
disse: "Feliz quem come o pão no Reino de Deus!". Os judeus
comparavam o tempo futuro do Messias a um banquete, marcado pela fartura, pela
gratidão e pela comunhão (Is 25,6; 55,1-2; Sl 22,27). A fome, a pobreza e a
carestia faziam o povo esperar, para o futuro, aquilo que não podiam obter no
presente. A esperança dos bens messiânicos, comumente experimentadas nos
banquetes, era projetada para o final dos tempos.
* Lucas 14,16-20: O grande jantar está
pronto
Jesus responde
com uma parábola. "Um homem estava dando um grande jantar e convidou
muita gente". Mas os deveres de cada dia impedem os convidados de
aceitar o convite. O primeiro diz: “Comprei um terreno. Preciso vê-lo!” O
segundo: “Comprei cinco juntas de bois! Vou experimentá-las!” O terceiro:
“Casei. Não posso ir!”. Dentro das normas e costumes da época, aquelas pessoas
tinham o direito de recusar o convite (cf. Dt 20,5-7).
* Lucas 14,21-22: O convite permanece de
pé
O dono da festa fica indignado com a recusa.
No fundo, quem está indignado é o próprio Jesus, pois as normas da estrita
observância da lei reduziam o espaço para o povo viver a gratuidade de um
convite amigo que gerava fraternidade e partilha. Aí, o dono da festa mandou os
empregados convidar os pobres, os cegos, os aleijados e os mancos. Os que,
normalmente, eram excluídos como impuros, agora são convidados para sentar-se à
mesa do banquete.
* Lucas 14,23-24: Ainda tem lugar
A sala não ficou cheia. Ainda havia lugar.
Então, o dono da casa manda convidar os que andam pelo caminhos e trilhas. São
os pagãos. Eles também são convidados para sentar-se à mesa. Assim, no banquete
da parábola de Jesus, sentam todos juntos na mesma mesa, judeus e pagãos. No
tempo de Lucas havia muitos problemas que impediam a realização deste ideal da
mesa comum. Por meio da parábola, Lucas mostra que a prática da comunhão de
mesa vinha do próprio Jesus.
Depois da destruição de Jerusalém, no ano
70, os fariseus assumiram a liderança nas sinagogas, exigindo o cumprimento
rígido das normas que os identificavam como povo judeu. Os judeus que se
convertiam ao cristianismo eram vistos como uma ameaça, pois eles derrubavam os
muros que separavam Israel dos outros povos. Os fariseus tentavam obrigá-los a
abandonar a fé em Jesus. Como não o conseguiam, os expulsavam das sinagogas.
Tudo isto provocou uma lenta e progressiva separação entre judeus e cristãos e
era fonte de muito sofrimento, sobretudo, para os judeus convertidos (Rm
9,1-5). Na parábola, Lucas deixa bem claro que estes judeus convertidos não
eram infiéis ao seu povo. Pelo contrário! Eles são os convidados que não
recusaram o convite. Eles são os verdadeiros continuadores de Israel. Infiéis
foram os que recusaram o convite e não quiseram reconhecer em Jesus o Messias
(Lc 22,66; At 13,27).
Para um
confronto pessoal
1. Quais as pessoas que normalmente são
convidadas e quais as que não são convidadas para as nossas festas?
2. Quais os motivos que hoje limitam a
participação das pessoas na sociedade e na igreja? E quais os motivos que
alguns alegam para se excluir da comunidade? Será que são motivos justos?
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