MÊS DE MARIA
MEDITAÇÃO – 19º dia
Novena de
Pentecostes 2º dia
Sou pobre...
Talvez não me faltem os bens terrenos, porém, quão passageiros são. De que me
servirão eles no fim da minha vida? Oh! os verdadeiros bens são os da alma, os
da eternidade. E esses eu não possuo! Onde estão minhas virtudes, minha piedade,
minhas boas obras? Que proveito tenho tirado da graça de Deus?
Ai de mim! Talvez
o pecado mortal já me reduziu à maior miséria. Desabusemo-nos e não temamos fazer
ao Dispensador de todos os bens a humilde confissão de nossa extrema
indigência. - "Ego vir videns
paupertatem meam". - Longe de nós o orgulho!
Apressemo-nos em
sair desta deplorável indigência. Eis que chega o Dispensador das graças, das
virtudes e de todos os bens celestes. "Dator
múnerum", num instante Ele pode transformar a nossa indigência em
grande riqueza. Seus tesouros são inesgotáveis, sua liberalidade infinita. Se
permanecemos em nossa pobreza, será por negligência e tibieza nossa.
Não somente sou
pobre, como também cego. Que deplorável estado! Entretanto é real. Dentro de mim quantas
trevas para tudo o que diz respeito ao bem de minha alma e ao importante
negócio de minha salvação. Ter para com Deus um coração frio e gelado, não é
prova evidente que vivo sem conhecer a esse Deus, tão digno de ser amado sobre
todas as coisas?
Esquecer-me de
meus deveres para com meu Criador, até cometer o pecado mortal, não é prova de
que nunca conheci bem a deformidade, a malícia e a torpeza do pecado? Se uma
vez me tivesse compenetrado desta grande e terrível verdade: "Há um
inferno e um inferno eterno", me haveria exposto ao perigo de perder a
graça de meu Deus e com ela a eterna felicidade?
Quantos motivos
para levantar meus olhos ao Espírito de Luz e exclamar com o cego do Evangelho:
"Senhor, fazei que eu veja" e com o Rei Davi: "Ó Meu Deus, dai à
minha alma luz e inteligência!"
Segundo
Exame: Obstáculo
aos Dons do Espírito Santo - Os afetos desregrados
1- Não tenho demasiado apego ao dinheiro? Minhas despesas
são sempre necessárias, úteis, razoáveis?...
2- Não procuro demasiada satisfação de meus sentidos
e de minha moleza?
3- Não sou escravo do amor próprio, da vaidade, da
minha estima pessoal, ao passo que desaprovo e censuro meu próximo?
PROPÓSITO: A fim de arrancar as afeições
desordenadas que nascem da avareza, da sensualidade e do orgulho, farei algum
ato de mortificação, de caridade.
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