MÊS DE MARIA
MEDITAÇÃO – 4º dia
CAPÍTULO
4 - A EXPERIENCIA MARIANA: O REINO DE MARIA E NÓS
Trata-se de viver, trabalhar, sofrer e
morrer por amor a Deus; e isto é também viver, trabalhar, sofrer e morrer por
amor a Maria, a nossa bondosa Mãe. De que maneira?
Como se pode deduzir pelo que foi dito
anteriormente, a alma que ama a Deus também pode viver em Maria. Pode-se
perguntar se cabe viver por amor a Maria, assim como é necessário viver por
amor a Deus. E eu respondo: sim. A alma que ama Deus vive por e para Deus, ou
seja, todas as suas atividades, esforços e afeições direcionam-se para a
glorificação de Deus de acordo com a sua vontade e para o amor. Do mesmo modo a
alma tenta viver com relação a Maria, isto é, todas as suas ações e paixões se
orientam para Maria e para Seu serviço, glorificação e amor. Também Maria deve
ser honrada, glorificada e amada. Deve-se promover o reino d’Ela, realizado e
ampliado no Reino de Jesus, Seu Filho. Assim como nós vivemos, trabalhamos,
sofremos e morremos por Jesus, assim também devemos viver, trabalhar, sofrer e
morrer por Maria. Assim como Jesus deve ter o Seu Reino em nós, assim Maria
deve também reinar em nós e dispor de nossos trabalhos e sofrimentos. Deste
modo, Ela deve, com nossa colaboração, tomar posse total de Seu reino, cujo
direito Ela possui como Rainha do céu e da terra e de todos os justos e santos.
Este título que Ela não possuiria se não coubesse a Ela o poder de reinar sobre
nós e nós não devêssemos viver segundo Sua complacência para Seu serviço e Sua
glorificação. Assim São Pedro Tomás, uma “joia” da Ordem do Carmo, estabeleceu
e venerou Maria como Rainha de sua alma, dedicando todo o seu trabalho e sua
vida, continuamente, à glorificação e amor de Maria. Como sinal do reinado
total d’Ela sobre ele, trazia gravado em seu coração o nome Santíssimo de
Maria. O santo carmelita Gerardo, como sinal de que a reconhecia como sua
Rainha, rezava diariamente o ofício da gloriosa Assunção de Maria ao céu para,
continuamente pensar em Maria como Rainha do céu e da terra. Ele levou também
Santo Estevão, rei da Hungria, e este reconhecimento e este consagrou, por
isso, o seu reino a Ela como Rainha e ordenou que seus súditos a chamassem
Senhora ou Rainha. Isto nos deve ensinar a orientar toda a nossa vida para a
glorificação de Maria. Além disso, sendo Ela a Mãe de todos os eleitos, é
evidente que nós devemos mostrar-lhe um afeto filial e terno amor em toda a
nossa vida, trabalhos, sofrimentos e morte. Assim, Ela será nosso desejo, nosso
ideal e nosso refúgio, estando convencidos que, enquanto vivemos, vivemos por
esta Rainha e Mãe, enquanto morremos, morremos por esta Mestra e Mãe. Quer
vivendo quer morrendo, queremos ser filhos desta Mãe. Por isso parece que a
estou ouvindo dizer-nos: “Ainda que tivésseis dez mil amas ou madrastas, não
tendes, todavia, muitas mães, pois Eu vos gerei em Cristo Jesus” (1Cor 4,15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO