M E D I T A Ç Õ E S
Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo XXIV
Solta-nos
Barrabás
Toda
a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás!... Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu
ainda. Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! (Lucas 23.18,20)
Ouvindo Pilatos o clamor do povo, ficou perplexo. Ele gritou ao povo: Que
farei, então, com Jesus? Que mal fez ele? Nada achei contra ele para condená-lo
à morte! A todas essas perguntas o povo respondia com um grosseiro e
violento: Crucifica-o! Crucifica-o! A consciência de Pilatos ficou ainda
mais tumultuada. Ele mandou açoitar a Jesus. Os guardas o levaram para dentro
do palácio, despojando-lhe as vestes o açoitaram. O açoite romano era terrível.
Tiras de couro com agulhas de chumbo nas pontas, a fim de rasgar a carne até
aos ossos. Tecendo-lhe uma coroa de espinhos, colocaram-na em sua cabeça e lhe
deram nas mãos um caniço. Então escarneciam dele, ajoelhando-se diante dele,
saudando-o, dizendo: Salve, rei dos judeus, e davam-lhe
bofetadas.
Os soldados, apesar de terem presenciado o julgamento, e visto a
inocência de Jesus, e ouvidas as palavras que ele era Rei e Filho de Deus, pois
em suas zombarias o trataram assim, não temeram em derramar sobre ele o
escárnio. Oh! Homem, de onde tu caíste? De predileto filho de Deus, para seres o
mais vil das criaturas. Para salvar essa criaturas caídas, míseros
pecadores, o Filho de Deus teve que
sair do seu trono celestial, vir à terra, tornar-se nosso irmão na carne e
expor-se à zombaria de sua criatura. Pelo salmista, Jesus diz: Mas
eu sou verme e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo (Salmos 22.6).
Assim maltratado, Pilatos o apresentou mais uma vez, tentando mover o povo à compaixão,
para que concordassem em soltá-lo. Mas o povo vendo Jesus tão maltratado gritou
com mais força: Crucifica-o! Crucifica-o! Alguém na multidão gritou: Temos uma lei, e, de conformidade com a lei,
ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus (João
19.7). Pilatos, ouvindo tal declaração, ainda mais atemorizado ficou (João
19.8). Ele ficou atemorizado até a alma. Deus cravou fundo na
consciência de Pilatos esta verdade de que Jesus era o Filho de Deus. Pilatos, tentou
tirar esse espinho. Ele interrogou Jesus novamente. Jesus guardou silencia.
Enfurecido, Pilatos lhe diz: Não me respondes? Não sabes que tenho
autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar? Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias
sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior
pecado tem (João 19.10-11). A partir deste momento, Jesus guardou
silêncio. A angústia de Pilatos aumentou, mas ele não deu ouvidos a Deus nem à
voz de sua consciência. Na hora sexta (9 horas da manhã), Pilatos foi para o
pavimento do Palácio. Pediu água. Lavou suas mãos diante do povo e lhes disse: Sou
inocente do sangue deste justo (Mateus 27.24). Com isto proferiu sua
própria sentença. Então disse ao povo: Eis aqui o vosso rei. Eles, porém, clamavam: Fora! Fora!
Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os
principais sacerdotes: Não temos rei, senão César! Então, Pilatos o entregou para ser
crucificado (João 19.14-16).
Quantos procedem hoje da mesma forma. Eu sei. Eu queria fazer. Mas os
outros me pressionaram, me empurraram, etc. E não chegam ao verdadeiro
arrependimento e a fé em Cristo. Que Deus nos guarde de tal e nos mantenha em
verdadeiro arrependimento e fé na graça de Cristo.
Pôncio
Pilatos
Quem era Pôncio Pilatos? Ele era filho do rei germânico Zirus de Mainz,
que teve um caso com a filha de um moleiro, que residia na encosta da floresta.
Deste encontro nasceu Pilatos.
O rapaz cresceu. Ele cobiçou o trono e assassinou o filho do rei, o
verdadeiro herdeiro do trono. Quando os romanos conquistaram a Germânia, o
falso herdeiro do trono foi levado como refém para Roma. Ali ele cometeu mais
alguns assassinatos e conseguiu certo prestígio. Ele foi, então, enviado para
Pontius, onde cumpriu com mão de ferro as ordens de Roma, eliminando as tribos
rebeldes. Com isso granjeou confiança do César, recebendo o cognome: Pontius.
Foi então mandado como governador para a Judéia, que até aqui tinha sido
governado por Valérius Gratus. Informações sobre ele temos de Josephus e
Eusébio.
Na Judéia cometeu diversos erros. Os Césares romanos colocavam a efígie
de seus bustos debaixo das insígnias romanas, no estandarte. Isto para os
judeus era um sacrilégio. Valérius havia respeitado os costumes religiosos dos
judeus. Pilatos mandou colocar, à noite, o estandarte romano com a efígie de
Cesar no Templo. Os judeus protestaram. Centenas de judeus foram até Cesaréia,
pedir que Pilatos retirasse esta efígie de Jerusalém, em respeito à fé de seus
pais. Eles se deitaram por cinco dias e cinco noites diante do palácio. Pilatos
mandou cercá-los por seus soldados e ameaçou matá-los. Eles não recuaram.
Impressionado com tal coragem, mandou retirar a efígie de César.
Após a morte de Jesus, ele teve outra rusga com os samaritanos, também
por causa de costumes religiosos. Pilatos não os acatou. Eles pediram: Não
inicie uma guerra, não use de violência, respeite a tradição de nossos pais.
Pilatos não lhes deu ouvidos e mandou seus soldados espalhar a multidão a
cacetadas. Houve mortes e muitos feridos. Os samaritanos mandaram uma carta ao
procurador da Síria, o qual informou a César a respeito. César mandou Pilatos
vir a Roma para se justificar dos problemas, tanto da morte de Jesus como do
levante e das atrocidades cometidas contra os samaritanos. Pilatos foi. Como a
viagem a Roma era demorada, nesse tempo o César Tibério veio a falecer e
Calígula, que já não era simpático a Pilatos, assumiu o trono. Pilatos caiu em
desgraça diante de César e foi condenado. Sendo lançado numa prisão, onde se
suicidou. Triste fim de Pilatos.
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